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domingo, 19 de fevereiro de 2017

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - NÉLA PAULA USOU 1º BIKINI EM COPA


No cartório de registros civis de Niterói-RJ, ela foi inscrita como a vivente Nélia Faria. Mas tornou-se Nélia Paula, para ser atriz, vedete e humorista. E, ficar na história de praia de Copacabana como a primeira “sereia”, de bikini,  a molhar as suas linhas anatômicas nas águas da "Princesinha do Mar".
Reproduzido de
 www.radiomonguaba.com.br
Menina, Nélia já planejava ser triz e bailarina. Em 1947, aprovada em um teste para bailarina da turma da vedete chilena Eva Stachino, ela fugiu para São Paulo e iniciou a vida artística, na Boate Cairo. Para isso, alterou a data de nascimento (26.10.1930), pois só tinha 16 aninhos, o que faria dela um “gato”, no futebol. Sem dar bolas para a bola fora, Nélia era uma “gata”. Indiscutível!
 Sorte na malandragem, nem tanto no amor. Uma grande paixão de Nélia foi pro o espaço e ela, tristinha,  tornou-se aeromoça  da ponte aérea Rio-São Paulo. Em 1949,  conheceu a atriz Wahita Brasill e foi desfilar modelos e em chás-dançantes da boate carioca Night and Day. Depois,  cantou na Boate Casablanca, onde Renata Fronzi e César Ladeira viram o seu veneno e o levaram para matar em “Café Concerto Nº 1", quando virou Nelly Faria.
Reproduzido de www.baudomaga.com.br

Próximo passo? Teatro de revista, já como Nélia Paula,  em "Zum, Zum!", com Dercy Gonçalves mandando ver. Mas logo ganhou espação em "Ó de Penacho" e convite para a turma do comediante Colé , que estava em cartaz com "Boca de Siri". Encontro que rendeu um caso sério, com o cara casado com a vedete Celeste Aída. Sendo a “outra”, Nélia faturou papéis de destaque em "Um Milhão de Mulçheres" e em "Tô aí Nessa Caixinha".
 Em 1951, com Virginia Lane rainha, Nélia Paula foi eleita "Princesa das Vedetes" do “Baile das Atrizes". Em 1952, já era a estrela de "Há Sinceridade Nisso?", aparecendo em cena de biquíni recoberto por brilhantes. E, como o casamento de Colé ruindo, ela torna-se a principal vedete da companhia dele, em vários sucessos, como "Follies"; "Glória"; "Cararossel de 53"; "Brotos em 3D"; "Mulheres Cheguei" e "Mamãe Vote em Mim". De quebra, casou-se com Colé, ficando nessa até 1955.
 
Com Colé, de quem foi amante e espossa
Na década-1950 a inícios da 1960, além de Cole, Nélia trabalhou, também, para Walter Pinto, tendo feito  as peças "Eu quero é me Badalar". "Eva no Brasil" (filme); "Botando Pra Jambrar"; "É de Xurupito!"; "Daquilo que Você Gosta"; "Eu Quero é Fofocar" e "É Xique, Xique no Pixoxó". Em 1962, deixou o teatro de revista e desembarcou na TV, pelos programas "Noites Cariocas" e  "Praça 11", grandes lances do momento.
 Em 1966, Nélia estava de volta ao teatro, substituindo Bibi Ferreira, em "Hello, Dolly!". Na década-1970,  fez as peças "Longe Daqui, Aqui Mesmo", e "A Gaiola das Loucas". Em 1985, Aguinaldo Silva escreveu um papel, exclusivamente para ela, na novela televisiva global “Roque Santeiro”. Antes, em 1983, havia participado de “Guerra dos Sexos”. Por último, trabalhou, com Chico Anísio, na “Escolinha do Professor Raimundo”, no início dos anos 90. Em 1994, devido a problemas financeiros, foi morar no carioca Retiro dos Artistas, onde viveu até no dia 8 de setembro de 2002.


 

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