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Rainha, a partir de 1553, a terrível Mary começou a perseguir os protestantes, fanatizada pelo restabelecimento do catolicismo entre os ingleses. Além de sanguinária, ela era, também, bonita e gostosa, despertando o apetite e olhares gulosos de quem a via. Tinha um par de peitos alucinantes, segundos taradinhos do reino, embora eles estivesse sempre cobertos pelos vestidões daquele tempo.
Pelas alcovas, as encarregadas de vestir Mary Tudor fuxicavam que ela já raspava as axilas e as perfumava com sumo de pétalas de rosa. Esticava-se, nuazinha na cama, com os braços estendidos para trás, a fim de o parceiro cheirar as suas "axes", triplicar a potência sexual e dar-lhe orgasmos múltiplos, a cada "umazinha", durante várias sessões de uma mesma orgia. Falavam também que, para manter a sua tremenda beleza, Mary banhava-se com o sangue de meninas jovens e virgens.
Um dia, porém, Maria Tudor teve, também, o seu sangue derramado. Pelo filho de Carlos V, o conquistador Felipe II, futuro rei da Espanha e de Portugal. O carinha arrombou-lhe a "perseguida", em 1554, matando os súditos dela de ciúme. União muito pior para os ingleses como nação, pois eles, quando foram à guerra, contra a França, perderam a cidade de Calais, em 1558.
Cena do filme "Elizabeth" - Divulgação |
Em torno de “Bloody Mary” há várias lendas. Uma delas livra a cara de Maria Tudor e transfere a conta para uma mulher acusada de ser bruxa e que teria sido queimada viva na fogueira acesa pela Inquisição. Enquanto esquentava a pele, ela teria amaldiçoado todos os que repetissem o se nome, que seria Mary, evidentemente.
Uma outra versão entrega o caso a Elizabeth Bathory, uma Drácula de saias. Há uma, também, contando que uma outra Mary teria sido uma linda mulher que ficara com o rosto desfigurado por um acidente. Em razão disso, sobraram-lhe cicatrizes que levavam as pessoas zombarem dela. Indignada, ela teria feito um pacto com o demônio para vingar-se de quem a tripudiasse.
Cartaz do filme Elizabeth -Divulgação |
NO CINEMA – Em 1998, os norte-americanos levaram Maria
Tudor para as telas, em uma produção de 124 minutos, com direção do indiano Schekhar
Kapur e com Cate Blahchett no papel principal. Recebeu o título de "Elizabeth", pois deu mais destaque para a irmã que a sucedeu, dentro de um drama em meio a desavenças religiosas.
Em 1999, o filme concorreu ao “Oscar” – principal premiação
do cinema nos EUA e mundial – , tendo sido premiado no critério “Melhor
Maquiagem”. No mesmo ano, uma outra importante premiação, a “Globo de Ouro”, valeu a Cate Blanchett
o título de Malhor Atriz”, mesma
honradez do BAFTA-1999, que premiou a película, ainda, como melhores filme britânico,
trilha sonora, fotografia, maquiagem e a ator coadjuvante, Geoffrey Rush –
Maria Tudor foi uma figura curiosa. Nos bares brasileiros, Bloody Mary segue viva. Basta pedir um coquetel à base de vodka, molho de tabasco, suco de tomate, suco de limão, pimenta e molho Worcestershire. De sua parte, o Kike produz uma versão que chama de “Sangue de Vampiro”, misturando aguardente com Campari. Fica vermelhinho – de vergonha, da parte de quem não molhar o pescoço por dentro.
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