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sábado, 18 de março de 2017

KIKE EDITORIAL-15, OU O VENENO DO ESCORPÍÃO - O GRANDE MENTECAPTO

 No dia 15 deste março, o líder do Governo n Senado, Romero Jucá, envergonhando o povo de Roraima, que o elegeu, mostrou ao país até onde pode ir a falta de uso de “óleo de peroba” entre os políticos destas plagas. Teve a coragem de apresentar Proposta de Emenda Constitucional-PEC, deixando os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado e do Tupremo Tribunaol Federal fora de investigações por atos passados ao exercício de suas funções, durante o mandato.
Está na caderneta que a proposta acima só vale para o “cara”, o  presidente da República. Ignorando-a, o líder governista jogou o vidro de óleo no lixo e disse, em plenário: “Se os senhores (senadores) tiverem a coragem de restabelecer a seriedade, o compromisso e a responsabilidade da instituição, votarão comigo!” – discurso de um grande mentecapto, maior do que o personagem do livro de Fernando Sabino.
De acordo com o sociólogo Vamiré  Chacon, da Univerdade de Brasília, um povo gasta três séculos para mudar a sua mentaliudade. Logo, até chegarmos aos nossos “hexanetos” – já somos penta! – as futuras gerações de brasileirinhos ainda terão muito que conviver com cabeças que deveriam ter vivido à época da Revolução Francesa (1789/1799), quando, seguramente, seguiriam a de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre.
O líder governista é alvo de oito inquéritos criminais no Supremo Tribunal federal e contou com o apoio assinado de 28 senadores de nove partidos das base governista, entre eles Renan Calheiros, aquele  que pagava as despesas de uma capa de Playboy com grana entregue por um lobista; Aécio Neves, o inventor do 13º salário para deputados federais, e Edison Lobão, ex-jornalista e amigão do ex-presidente-ditador Ernesto Geisel. Quem não se lembra destes “grandes brasileiros, em abril de 2016? Votaram – Jucá e Lobão, inclusive, foram ministros do governo do PT – pelo “impeachment” da então presidente da República, Dilma Roussef, alegando ser necessário a volta da ética e da moral que, segundo eles, a mulher teria mandado para Plutão.
A meta da PEC “jucariana”, retirada de circulação, pouco depois de apresentada, seria, evidentemente, atrapalhar a investigação contra corruptos na chamada Operação Lava Jato. O dito cujo, por sinal, antes já havia comparecido ao recinto senatorial, levando aos seus pares proposta de incluir parentes de políticos dentro do projeto que propunha regime diferenciado para regularizar contas bancárias no exterior sem o conhecimento da Receita Federal, a chamada por Lei de Repatriações de Recursos.
Se emplacasse a sua vergonhosa blindagem, o líder governista impediria, por exemplo, investigações contra o deputado carioca Rodrigo Maia e o senador cearense Eunício de Oliveira, respectivamente, presidentes da Câmara e do Senado, citados, como a imprensa já divulgou, por várias vezes, amaciados para não serem tão fanáticos durante depoimentos contra investigados pela Lava Jato.
Pernambucano, nascido em 1954, o líder governistas graduou-se em Economia e cumpre o seu terceiro mandato no Senado. Antes do atual cargo, foi ministro do Planejamento do presidente Michel Temer, tendo saído após a divulgação de conversa publicada pela imprensa na qual ele sugeria “um pacto para barrar a Lava Jato”. Ele foi para Roraima, em 1988, como último governador do então território e, pouco depois, primeiro do recém-criado Estado. Seu primeiro grande voo político em Brasília foi ser ministro da Previdência Social do governo do presidente Lula. É proprietário da principal cadeia de comunicação de Roraima – duas TVs, um jornal diário e duas emissoras de rádio, em Boa Vista – depois da proposta de blindagem aos políticos investigados pro currupção,  é um ótimo candaidato a judas, neste sábado de aleluia que vem por aí. Confere?

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