O goleiro e o pai da fera |
Foi por ali que o planeta começou a conhecer
um nome até então inexistente e que ficou tão conhecido quanto a árvore mais
conhecida do planeta. Sim! Pelé, o apelido do garoto Edson Arantes do
Nascimento roda o globo terrestre, sem precisar de explicações.
Quis o destino que o sujeito que gerou o
apelido do “Rei do Futebol” jamais tivesse encontrado ou visto Pelé jogar,
depois que o garoto foi embora para a
paulita Bauru, dizendo que, quando crescesse, queria ser Bilé. Não era para
menos. Da arquibancada do estádio onde o Vasco jogava, o garoto, levado pelo
tio Jorge Arantes, ouvia a torcida gritar: “Segura, Bilé! Sai do gol, Bilé!
Vai na bola, Bilé!”, etc. etc e se entusiasmava com aquilo.
Entre os 3, 4 de idade, o Dico – apelido caseiro
de Pelé – tinha a língua enrolada e falava “Pilé”, em vez de Bilé. A história,
muito contada por antigos moradores de São Lourenço, foi confirmada à revista
paulistana “Placar” – N 1149, de março de 1999 – por Maria da Conceição
Faustino, irmã de Bilé, e por José Benedito Mota Silva, que fora zagueiro do Vasco-SL/MG.
Até aquela edição da revista paulista, o torcedor
de fora de São Lourenço não conhecia nenhuma foto de Bilé, o que foi mostrado
ao país por “Placar”, que o circulou (bem como a Dondinho) na imagem que o Kike
reproduz pra você ver.
Tempos
depois, quando a bola não queria mais saber de Bilé, o “moleque” que queria ser
ele iria despontar para a glória de “maior do mundo”, vestindo a camisa 10 do
Vasco da Gama “original”, em três partidas do Combinado Vasco/Santos:
19.06.1957 - 6 x 1 Belenenses, de Portugal, marcando três gols; 22.06.1957 - 1 x 1 Dínamo Zagreb, da então Iugoslávia, fazendo mais um, e em 26.06.1957 - 1 x 1 Flamengo, deixando um outro na rede. Um mês depois, estreava pela Seleção Brasileira, marcando um tento. E o restante da história todo o planeta conhece.
19.06.1957 - 6 x 1 Belenenses, de Portugal, marcando três gols; 22.06.1957 - 1 x 1 Dínamo Zagreb, da então Iugoslávia, fazendo mais um, e em 26.06.1957 - 1 x 1 Flamengo, deixando um outro na rede. Um mês depois, estreava pela Seleção Brasileira, marcando um tento. E o restante da história todo o planeta conhece.
Quanto
a Bilé, isto é, Jose Lino da Conceição Faustino, depois de São Lourenço, foi morar em Volta Redonda-RJ e ganhar a vida como
eletricista. Quando contava que fora o seu apelido que gerara o de Pelé, ninguém lhe dava bolas. Viveu “inacreditável”
até 1975 - 53 temporadas neste planeta - até quando Pelé já havia colocado
1.200 colegas dele pra chorar.
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