FHC, o sociólogo que só liderava o seu governo |
Lembro-me que eu ouvia, pela década-1960, que o Brasil tinha a primeira dama – Maria Thereza Goulart – mais linda do mundo. Poderia até ser, mas padrão de beleza é
avaliação pessoal, nunca coletiva. Eu, por exemplo, considerava a norte-americana Jacqueline Kennedy
a primeira dama mais linda que já pintou por este planeta. Outro poderia e ainda pode achar a Isabelita Perón. E por aí vai.
Já houve um tempo, por
sinal recente, em que José Serra era cunhado
“melhor ministro da Saúde do mundo”. Cansei de receber pedidos de assessores ministeriais para eu falar isso pela Rádio Nacional, principalmente, durante a "Voz do Brasil".
Como se poderia classificar atuações de ministros de Saúde? A
do brasileiro fora confrontada com a dos colegas dos Estados Unidos, da
Inglaterra, da Alemanha, da França ou do Japão? - duvido!
Lula, sujeito de "menas" cultura |
O FHC, como a “Folha
de São Paulo” o titulava, por escassez de espaço em títulos de muitas chamadas, era
visto, pelos europeus, como culto, inteligente, mas nunca um líder planetário.
Como não colara com o sociólogo, tentaram fazer o mesmo, depois, com o menos culto Luis
Lula da Silva, o sucessor. A Europa o respeitava, devido a sua caminhada, de operário, até o Palácio do
Planalto, sobretudo, por ser um sujeito ético e honesto, o que não era a prioridade do seu partido. Se bem que já existisse ilegalidades na vida
política “brasuca” antes e depois do PT. Lula, porém, pareceu um candidato
suprapartidário, em 2006, quando tentou
a reeleição. As denúncias de corrupção contra a sua patota não o atingiram na
boca da urna.
Reeleito, Lula contava
com simpatias explicitas do presidente francês Jacques Chirac e do chanceler inglês
Gordon Brown. Mas isso não foi suficiente para ele colocar o Brasil no Conselho
de Segurança das Nações Unidas – Estados
Unidos, Rússia, França, Reino Unido e Chinam, além de mais 10 com só 730 dias de mandato.
Pelas bandas de cá, Lula não teve o apoio dos vizinhos Argentina e Uruguai, e
nem o do México. Logo não era um líder mundial.
Collor, o presidente que queria ser "super" |
Luis Lula era líder mundial
só para o Itamaraty. Na França, quem tinha relações estreitas com com a patota
da hora era Leonel Brizola, a quem o presidente François Mitterrand convidava para
almoçar, assim que o “engenheiro” chegava ao país. O Fernando Collor, antes de
usar a faixa presidencial, vencendo Lula e Brizola, em 1990, levou, de
Mitterrand, chá de cadeira que durou 10 dias. E não foi recebido.
Pelo estilo de marketing
de Colllor – deslizando pelo Lago Paranoá, em jet ski; voando em avião de caça;
fazendo corridas pelo bairro onde morava, aos domingos; jogando futebol com os
craques do selecionado brasileiro, e etc, etc -, era perigoso ser mais um “o
maior do mundo”, se não sofresse “empeachment”, em 2002 - chega, né!
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