Vasco

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domingo, 11 de novembro de 2018

139 - DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - AS YANOMAMI SÃO DISCRETAS NO 'WAMU'

                      Reproduzido de www.niceimgro.pv - agradecimento
Mulher bonita deve ter corpo forte e roliço. É assim que manda a cartilha das índias iyanomami. Elas se embelezam usando pequenos palitos de talo de capim seco, enfiados sob o lábio inferior, no qual há três orifícios abertos  quando chegam à puberdade. Para isso, um índio especialista no assunto usas o “ruhumasi”, estilete de ponta afiadíssima, de casca de inajá (palmeira).
 Quando fazem o “wámu” (sexo), elas são discretas, pudicas. Isso rola escondidinho, pelo meio da floresta. Se durante a noite, dentro da maloca, um assanhadinho tentar faturar a sua companheira, quem sacar, logo aumenta a fogueira para o ambiente ficar mais claro e empatar o lance. E todos começam a curtir com a cara do interrompido.
 As yanomami casam-se após a primeira menstruação. Os maridos são escolhidos por seus pais. Não se faz cerimônias. A mulher pega a sua rede e a leva para junto de onde dorme o marido. Isso, se o cara for de sua mesma aldeia. No caso de ser de outra, ele se muda para a “yaño” (casa) da família dela. Nunca ocorre um incesto. O parentesco é controlado para garantir a evolução genética do grupo.
 Anticoncepcional, também, faz parte das vida delas. Este é o “manacase”, uma batatinha, que é ralada, depois de seca, junto com mingau. Elas acham que ficam mais tesudas quando passam o “manacase” na “perseguida”.
 Só depois de 1.085 dias após o nascimento de um filho, elas concebem o próximo. Se o menino já estiver sabendo se virar. Amamentam as suas crianças durante 910 dias, para elas não terem problemas digestivos.
No cardápio delas, a pupunha, palmeira que produz entre abril e maio,  é como se fosse caviar. É degustada cozida, ou em calda, que sai de amasso do fruto e mistura com água. O desjejum matinal é à base de beiju, mingau de banana, frutas silvestres, banana assada e carne, caso tenha sobrado da caçada dos maridos no dia anterior.
No que diz respeito a problemas de saúde, para elas, isso é coisa mandada por espíritos maus, ou feitiçaria da parte de alguém  de outra aldeia. Para elas, o feiticeiro envia o feitiço na forma de fumaça.
 Se contraem algumas “merma”, seus maridos chamam os “xapuris” que, para atendê-las, pintam o corpo com urucu e carajiru. Mais: enfeitam-se com arixixina, araxina e horóma-ép, ficando bastante coloridos. As yanomami acreditam que os seus médicos possuem vários “hekurab” (espíritos) morando dentro deles. Razão de esperarem a cura dos males com muita crença.
Reprodução de www.canoncollege.
 Quando estão para dar a luz a uma criança, o momento do “kepari” (parto) para elas é tranquilo, pois sabem do exato dia que isso vai acontecer.  Nesse grandioso dia, elas vão para a floresta, sozinhas, e ficam de cócoras até a criança nascer.
Então, cortam o cordão umbilical  com um talo de inajá, limpam o rebento  com folhas encontradas ao redor volta e voltam para a maloca, para fazer a apresentação do filho a todos .
O resguardo de uma yanomami dura só três luas. Ficam em uma rede, perto do fogo, cozinhando ou tecendo. Passados os três dias, a mulher vai para o rio, se lavar e fazer o primeiro banho do filho. Uma semana depois, ela já está carregando lenha, levando a criança em uma “lainate” (tipóia).     
 Uma yanomami jamais informa o seu nome. Elas se tratam por apelidos, ou pelo parentesco – pai, mãe, filho, irmão, cunhado, tio. O nome pertence ao seu interior e tem o que elas chamam de “rixi”, isto é, a representação do espírito de um animal. Mas os seus “rixis” não são iguais aos dos homens. Cada sexo tem uma classe. Só quem pode menciona-los são os “xapuris”, os pajés.
 As yanomami acreditam haver três mundos: o dos vivos, o “yaño”; o do inconsciente, o “hekura” e o das sobras, o “hutumus”, onde estão os que partiram do “yaño”.  Mas este último não tem forma indesejável para elas, pois acreditam que por lá exista mulheres bonitas, alimentos abundantes e homens muito fortes. Todos são sombras, eternamente jovens, leves e felizes.

Festejo em Roraima, reproduzido de www.anarcocapitalismo - agradecimento
Uma das festas que as yanomami mais gostam é a “reahamu”, comemorando a colheita  da pupunha, e realizada, ainda, quando é época de muita banana e macaxera. Os maridos convidam amigos de outras tribos, que irão comer o que eles caçaram durante até 10 luas: carne de anta, macacos, queixada, porco do mato, caititu, veado, jabuti, aves, enfim, tudo o que conseguem matar, menos onça e gato, o que eles não comem.

 Com tudo isso lhes entregue, as yanomami preparam moquecas, cozidos,  assados, minguais de pupunha e banana, além de beiju, para a festa que dura de três a oito dias. Elas  hospedam os visitantes em suas malocas e trocam presentes. Quando eles vão embora, lhe presenteiam com  beiju em folha de bananeiras, carne de macaco cozida e pupunha, Os que vão partir colocam os presentes em seus ‘wu-a” (cestas), a colocam nas costas e voltam para as suas aldeias – as mulheres yanomami se dizem felizes onde vivem, se dando muito bem com o natural, o sol e a chuva.                         

3 comentários:

  1. Postagem machista e pedófila

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  2. A ideia é só registrar um aspecto cultural no tema abordado. Machismo e pedofilia são algo que jamais terão vez neste blog, pois o Kike tem horror, principalmente, da segunda iten. Talvez, o leitor não tenha nível cultural elevado pra perceber o que passa o texto. Que pena!

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  3. "...e o das sobras, o “hutumus..."
    Não seria sombras?

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