Mulher bonita deve ter corpo forte e roliço. É assim que manda a
cartilha das índias iyanomami. Elas se embelezam usando pequenos palitos de
talo de capim seco, enfiados sob o lábio inferior, no qual há três orifícios
abertos quando chegam à puberdade. Para
isso, um índio especialista no assunto usas o “ruhumasi”, estilete de ponta
afiadíssima, de casca de inajá (palmeira).
Quando fazem o “wámu”
(sexo), elas são discretas, pudicas. Isso rola escondidinho, pelo meio da
floresta. Se durante a noite, dentro da maloca, um assanhadinho tentar
faturar a sua companheira, quem sacar, logo aumenta a fogueira
para o ambiente ficar mais claro e empatar o lance. E todos começam a
curtir com a cara do interrompido.
As yanomami casam-se após
a primeira menstruação. Os maridos são escolhidos por seus pais. Não se faz
cerimônias. A mulher pega a sua rede e a leva para junto de onde dorme o marido.
Isso, se o cara for de sua mesma aldeia. No caso de ser de outra, ele se muda
para a “yaño” (casa) da família dela. Nunca ocorre um incesto. O parentesco é
controlado para garantir a evolução genética do grupo.
Anticoncepcional, também, faz parte das vida delas. Este é o “manacase”, uma batatinha, que é ralada, depois de
seca, junto com mingau. Elas acham que ficam mais tesudas quando passam o
“manacase” na “perseguida”.
Só depois de 1.085 dias
após o nascimento de um filho, elas concebem o próximo. Se o menino já estiver
sabendo se virar. Amamentam as suas crianças durante 910 dias, para elas não
terem problemas digestivos.
No cardápio delas, a pupunha, palmeira que produz entre abril e
maio, é como se fosse caviar. É
degustada cozida, ou em calda, que sai de amasso do fruto e mistura com água.
O desjejum matinal é à base de beiju, mingau de banana, frutas silvestres,
banana assada e carne, caso tenha sobrado da caçada dos maridos no dia
anterior.
No que diz respeito a problemas de saúde, para elas, isso é
coisa mandada por espíritos maus, ou feitiçaria da parte de alguém de outra aldeia. Para elas, o feiticeiro
envia o feitiço na forma de fumaça.
Se contraem algumas “merma”, seus maridos
chamam os “xapuris” que, para atendê-las, pintam o corpo com urucu e carajiru.
Mais: enfeitam-se com arixixina, araxina e horóma-ép, ficando bastante
coloridos. As yanomami acreditam que os seus médicos possuem vários “hekurab”
(espíritos) morando dentro deles. Razão de esperarem a cura dos males com muita
crença.
Reprodução de www.canoncollege. |
Quando estão para dar a
luz a uma criança, o momento do “kepari” (parto) para elas é tranquilo, pois sabem
do exato dia que isso vai acontecer. Nesse grandioso dia, elas vão para a floresta,
sozinhas, e ficam de cócoras até a criança nascer.
Então, cortam o cordão
umbilical com um talo de inajá, limpam o
rebento com folhas encontradas ao redor
volta e voltam para a maloca, para fazer a apresentação do filho a todos .
O resguardo de uma yanomami dura só três luas. Ficam em uma
rede, perto do fogo, cozinhando ou tecendo. Passados os três dias, a mulher vai
para o rio, se lavar e fazer o primeiro banho do filho. Uma semana depois, ela
já está carregando lenha, levando a criança em uma “lainate” (tipóia).
Uma yanomami jamais
informa o seu nome. Elas se tratam por apelidos, ou pelo parentesco – pai, mãe,
filho, irmão, cunhado, tio. O nome pertence ao seu interior e tem o que elas
chamam de “rixi”, isto é, a representação do espírito de um animal. Mas os seus
“rixis” não são iguais aos dos homens. Cada sexo tem uma classe. Só quem pode
menciona-los são os “xapuris”, os pajés.
As yanomami acreditam
haver três mundos: o dos vivos, o “yaño”; o do inconsciente, o “hekura” e o
das sobras, o “hutumus”, onde estão os que partiram do “yaño”. Mas este último não tem forma indesejável
para elas, pois acreditam que por lá exista mulheres bonitas, alimentos
abundantes e homens muito fortes. Todos são sombras, eternamente jovens, leves
e felizes.
Uma das festas que as yanomami mais gostam é a “reahamu”,
comemorando a colheita da pupunha, e
realizada, ainda, quando é época de muita banana e macaxera. Os maridos
convidam amigos de outras tribos, que irão comer o que eles caçaram durante até
10 luas: carne de anta, macacos, queixada, porco do mato, caititu, veado,
jabuti, aves, enfim, tudo o que conseguem matar, menos onça e gato, o que eles
não comem.
Festejo em Roraima, reproduzido de www.anarcocapitalismo - agradecimento |
Com tudo isso lhes entregue, as yanomami preparam moquecas, cozidos, assados, minguais de pupunha e banana, além de beiju, para a festa que dura de três a oito dias. Elas hospedam os visitantes em suas malocas e trocam presentes. Quando eles vão embora, lhe presenteiam com beiju em folha de bananeiras, carne de macaco cozida e pupunha, Os que vão partir colocam os presentes em seus ‘wu-a” (cestas), a colocam nas costas e voltam para as suas aldeias – as mulheres yanomami se dizem felizes onde vivem, se dando muito bem com o natural, o sol e a chuva.
Com tudo isso lhes entregue, as yanomami preparam moquecas, cozidos, assados, minguais de pupunha e banana, além de beiju, para a festa que dura de três a oito dias. Elas hospedam os visitantes em suas malocas e trocam presentes. Quando eles vão embora, lhe presenteiam com beiju em folha de bananeiras, carne de macaco cozida e pupunha, Os que vão partir colocam os presentes em seus ‘wu-a” (cestas), a colocam nas costas e voltam para as suas aldeias – as mulheres yanomami se dizem felizes onde vivem, se dando muito bem com o natural, o sol e a chuva.
Postagem machista e pedófila
ResponderExcluirA ideia é só registrar um aspecto cultural no tema abordado. Machismo e pedofilia são algo que jamais terão vez neste blog, pois o Kike tem horror, principalmente, da segunda iten. Talvez, o leitor não tenha nível cultural elevado pra perceber o que passa o texto. Que pena!
ResponderExcluir"...e o das sobras, o “hutumus..."
ResponderExcluirNão seria sombras?