Vasco

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terça-feira, 14 de junho de 2022

                                                14 DE JUNHO


O goleiro Carlos Alberto Cavalheiro e o zagueirão Ortunho foram aos gramados europeus buscar canecos

A data 14 de junho é uma das mais importantes na história internacional cruzmaltina. Em 1957, o time do técnico Martim Francisco botou na roda o considerado melhor time do mundo, o espanhol Real Madrid, na decisão do Torneio de Paris. Foi como se o Vasco tivesse sido campeão mundial interclubes. Além daquilo, rendeu vitórias sobre quatro tradicionais adversários cariocas:  América, Fluminense, Bangu e Portuguesa. Tem lances interessantes pra conferir.

VASCO 2 X 1 AMÉRICA-RJ - O treinador era o uruguaio Ondino Vieira; o goleador o argentino Villadoniga e a disputa o carioquíssimo campeonato estadual-1942. A  rapaziada:  Roberto, Osvaldo Carvalho, Florindo, Birila, Figliola Zarzur, Ademir Menezes, Violladonigas, Orlando e Ruy.

VASCO 2 X 1 FLUMINENSE -  Rivadávia Corea Meyer, o Rivinha, era botafoguense. Inclusive, jogara futebol pelo clube alvinegro, desde os infantis, em 1910. Mais tarde, foi seu dirigente e chegou à presidência da então Confederação Brasileira de Desportos-CBD, entre 1943 e 1955. Pois o Vasco tem uma taça  em sua homenagem. E uma “taçaça”, diga-se! A história desse trofeu é interessante. Após a II Copa Rio, grande competição internacional, promovida pela CBD, cinco clubes cariocas e cinco paulistas queriam mais bola rolando. Foi criado o Torneio Octogonal Rivadávia Correa Meyer, com dois times cariocas e dois paulistas (antes era um de cada estado), além dos convidados internacionais. E criou-se nova fórmula de disputa. Assim, entre 7 de junho e 4 de julho de 1953, a bola rolou. Em 14 de junho, o Vasco mandou 2 x 1 no Fluminense, no Maracanã, em clássico que rendeu Cr$ 1.141.694, 00 (cruzeiros). Sabará e Pinga, que ainda não era ponta-esquerda, mas meia,  marcaram os gols cruzmaltainos, que tiveram o zagueirão Bellini entrando como ateral-direito, no decorrer da partida. A galera era: Ernâni Augusto (Bellini) e Haroldo; Mirim, Danilo e Jorege; Sabará (Alfredo II), Ipojucan, Maneca, Pingas e Chico.    

       VASCO 4 X 3 REAL MADRID FOI UM ESPETÁCULO CRUZMALTINO EM PARIS
 O Torneio de Paris fora projetada, pelos franceses, para ser a principal do seu calendário. Para tanto, convidaram o quatro melhores times europeus e mais quatro sul-americanos, que se enfrentaram no Estádio Parc des Princes. Até  1959, quando surgiu a Copa Intercontinental, foi a única disputa com status de mundial de clubes. Na seleção dos convidados, levou-se em conta que o Vasco era o único campeão sul-americano (1948) e o campeão carioca de 1956; o Real Madri ganhara três títulos europeus (1955/56/57), além do bi da Pequena Copa do Mundo e do Campeonato Espanhol; o Rot-Weiss Essen tinha o título alemão da temporada e o Racing Club de Paris vinha sendo um dos melhores times da França.
A rapaziada chegou a Paris procedente de uma cansativa viagem ao Caribe e aos Estados Unidos. Na bagagem, levava vitórias sobre a seleção de Curaçao (2 x 1), e o Hakoach, em Nova York (6 x 2). Mesmo desgastada, a equipe encantou 52 mil espectadores, em 12 de junho, mandando 3 x 1 sobre o Racing – gols de Pinga, aos 13; Livinho, aos 22, e de Vavá, aos 67 minutos. Os anfitriões só conseguiram chegar às redes na penúltima volta do ponteiro do relógio do juiz. Enquanto isso, o Real goleava o Rot-Weiss, por 5 x 0.
FAVORITOS NO PAPEL -  A decisão, contra os espanhóis, foi à noite, perante 38 mil almas. Para a imprensa francesa, os merengues eram os favoritos. E pareciam mesmo, pois, aos quatro minutos, Di Stefano aproveitou-se da bobeada do zagueiro Viana e abriu o placar. O técnico Martim Francisco, porém, sabia que tinha um time habilidoso, capaz de domar o adversário no toque de bola. E deu a resposta, aos 16 minutos, quando o lateral Dario serviu ao zagueiro Ortunho, que mandou Pinga correr, para receber o passe, ir até à linha de fundo. Dali, o José Robles cruzou para trás, onde estava Válter Marciano, que empatou: 1 x 1. Doze minutos depois, Pinga lançou e Vavá, que virou o placar: Vasco 2 x 1, resultado do primeiro tempo.
 Para a etapa final, o Real Madrid voltou decidido a recuperar a honra de melhor do mundo. Empatou, aos oito minutos, com Mateos. Depois daquilo, Gento deu uma cabeçada em Pinga, generalizando uma briga, por 10 minutos. Reiniciado o jogo, Ortunho entrou pra quebrar Mateos. Era clima de guerra. Tanto que os cruzmaltinos não permitiram a substituição de ‘quebrado’, pois os espanhois já haviam feito as duas trocas regulamentares da época.
 E a ‘guerra’ prosseguiu. Aos 21 minutos, Válter Marciano fez um passe, de curva, para Livinho, pela esquerda do ataque vascaíno. Bem marcado, Livinho deu um toque na bola, pelo alto, encobrindo o goleiro: 3 x 2. Aos 39, colocando o Real Madri “pra dançar”, como se dizia, quando um time “dava um baile” no outro, Válter aumentou: 4 x 2. Aos 44, Kopa fechou o placar: Vasco 4 x 3, jogando com: Carlos Alberto; Dario, Viana, Orlando e Ortunho; Laerte e Valter Marciano; Sabará, Livinho, Vavá e Pinga. O Real Madrid foi: Alonso; Torres, Marquitos (Santamaria), Lesmes e Munoz; Ruiz e Mateos; Kopa, Di Stefano, Rial (Marshal) e Gento.
VASCO  5 X 4 ATLÉTICO MADRID -   Amistosamente, foi mais um adversário espanhol pelo qual a rapaziada passou por cima, em um 14 de junho. Aconteceu em um domingo de 1959, na casa do adversário e no único amistoso entre os dois times. Sabará (2), Pinga e Delém foram os caras nas redes.

VASCO 4 X 1 COMBINADO IFK/AIK - A “Turma da Colina”  não gastou todo o seu estoque de gols dos 14 de junho diante de espanhóis e portugueses. Teve muito mais balaiadas em cima dos europeus. Como esta de 1961, sobre um combinado sueco. O sacode foi em Malmoe, com gols de Lorico (2) , Pinga e Saulzinho. Estes 4 x 1 fizeram parte de uma excursão iniciada em 21 de maio, com 1 x 0 sobre o alemão Kickers, em Offenbach. Até chegar a Malmoe, houve 2 x 0 sobre o Saint Paul, em Hamburgo; 3 x 2 contra o Alemannia Aachen, em Auchen, todas em gramados alemãs; 11 x 0 diante do norueguês Trondheim, em Oslo, mesmo local dos 2 x 0 em cima do Combinado de Skeid, e dos 4 x 1 frente ao finlandês Fren. Pior aquele tempo, o Vasco era presidido por Allah Batista e tinha Martim Francisco por seu treinador. O time-base do giro vinha sendo: Miguel, Paulinho de Almeida e Bellini; Écio, Barbosinha e Edílson; Sabará, Saulzinho, Pacoti, Roberto Pinto e Pinga.

VASCO 1 X 0 BANGU – Foi um golzinho solitário, do principal atacante cruzmaltino da década de 1960, Célio Taveira Filho. Colega de time de Pelé, nos tempos do serviço militar, Célio o reencontrou na Seleção Brasileira-1966, mas foi ao lado dos parceiros Saulzinho e Mário ‘Tilico” que mais fustigou os zagueiros. A vitória sobre os banguenses, em 14 de junho de 1964, foi amistosas. Por sinal, o penúltimo dos cinco amistosos disputados pelos dois times. Teve público de 2.093 pagantes, em um domingo, em São Januário, com arbitragem de Luciano Segismundo. Anote Vasco x Bangu  desse gênero: 15.06.1919 – Vasco 1 x 4; 09.101921 – Vasco 4 x 1; 22.01.1941 – Vasco 9 x 2; 14.06.1964 – Vasco 1 x 0; 18.06.1964 – Vasco 2 x 1. Desses jogos, o primeiro rolou na Rua Campos Salles; o segundo em Figueira de Mello; o terceiro e o quarto em São Januário e o último em Moça Bonita. Portanto, há 51 anos não há amistosos entre cruzmaltinos e “Mulatinhos Rosados de Moça Bonita”.

VASCO 2 X 0 PORTUGUESA-RJ valeu pelo Estadual-1979. Era uma quinta-feira, com 5.980 presentes em São Januário, ouvindo o apito de Valquir Pimentel e assistindo Paulinho e Dudu estufando as redes da “Lusa da Ilha do Governador”. Treinado pelo gaucho Carlos Froner, o “Time da Colina” bateu com: Leão; Orlando ‘Lelé’ (Paulinho Pereira), Abel, Gaúcho e Marco Antônio; Helinho e Dudu ‘Coelhão’;  Jader, Guina, Paulinho (Ramon Pernambucano)  e Wilsinho.  VASCO 3 X 0 SELEÇÃO DO KUWIT - Em junho de 1980, os times cariocas estavam sem competições oficiais, aguardando o início da Taça Guanabara, marcado para ao início de julho. Como a Seleção do Kuwait andava pelo Brasil, o Vasco chamou-a para um amistoso, em São Januário. Era um sábado e, na oportunidade, Roberto Dinamite marcou o seu gol 333. Como havia se despedido do Campeonato Brasileiro, desde 7 de maio, quando goleara o Vitória-BA, por 5 x 0, os vascaínos saíram fazendo amistosos pelo país a fora, dois antes e dois depois de pegar os kwaitianos, na fase que antecedeu à chegada de Mário Jorge Lobo Zagallo, em julho. Naqueles jogos, a base era: Mazaropi; Orlando ‘Lelé”, Ivã, Léo e  Marco Antônio; Carlos Alberto Pintinho, Dudu e Guina; Wilsinho, Roberto Dinamite e Paulo César “Caju”. Na reserva, havia Peribaldo, Paulo Roberto, Zandonaide, Jorge Luís, Aílton e Paulinho Pereira, entre outros. Quanto à seleção do Kwait, encarou o Vasco sem nenhum astro: Tarabulsi, Fleita, Maabo, Gmal, Waled; Saad, Ploosky, Karn , Faty, Feissal e Yassen.   
VASCO 2 X 1 PORTO-POR -– Equipe portuguesa abatida pelos vascaínos, um "beradeira" afogada no 14 de junho de  1981, um domingo, amistosamente, em São Januário. Catinha e Roberto Dinamite mataram. O chefe da rapaziada era Mário Jorge Lobo Zagallo e os seus pupilos atendiam pelos nomes (ou apelidos) de: Jair Bragança, Rosemiro, Orlando ‘Fumaça’, Léo, Sérgio Pinto, Dudu, Renato Sá, Catinha, Roberto Dinamite, César (Silvinho) e Zadonaide.  

VASCO 3 X 0 BENFICA - Além do Torneio de Paris, a data 14 de junho registra mais um baile cruzmaltino. Em 1987, pegou o português Benfica e  o fez dançar um fado. De quebra,  levou, para São Januário, a Copa TAP- Transportes Aéreos Portugueses, com gols marcados por Vivinho, aos 20; Maricinho, aos 41 e Tita, aos 45, todos do segundo tempo. Joel Santana era o treinador que escalou: Acácio; Paulo Roberto, Moroni, Donato e Pedrinho; Dunga, Geovani e Tita: Mauricinho, Romário (Henrique) e Vivinho. Na ocasião desta conquista, o time vascaíno, campeão da Taça Guanabara-1987, disputava a Copa Ouro, em Los Angeles, nos Estados Unidos, e havia goleado o América, do México, por 5 x 0. Em seguida, viajou por quatro mil quilômetros, encarando três horas de mudança nos fusos horários, para jogar, em New Jersey, três dias depois, pela ‘Los Angeles Gold Cup.

 VASCO 2 X 1 PORTO-POR -– Uma outra equipe portuguesa abatida pelos vascaínos, foi a "beradeira". Afogada na praia, no 14 de junho de  1981, um domingo, amistosamente, em São Januário. Catinha e Roberto Dinamite mataram. O chefe da rapaziada era Mário Jorge Lobo Zagallo e os seus pupilos atendiam pelos nomes (ou apelidos) de: Jair Bragança, Rosemiro, Orlando ‘Fumaça’, Léo, Sérgio Pinto, Dudu, Renato Sá, Catinha, Roberto Dinamite, César (Silvinho) e Zadonaide.  

Valeu pena nona rodadas do Campeonato Brasileiro da Série B, representando a recuperação do vexame sofrido, no sábado passado, ante o Atlético-GO. Com o placar, o "Almirante!" sobe aos 22 pontos, mantendo a liderança. Os gols foram marcados por Andreznho, Rodrigo e Éder Luís. No sábado que vem os vascaínos se pegam contra o paraense Paysandu, a partir das às 16h30, novamente no gramado da Rua General Almério de Mourd, que faz fundos com a São Januário.
 O primeiro gol vascaíno saiu aos 12 minutos. Madson cobrou lateral, jogando a bola dentro da área pernambucana. Lá estava Andrezinho, para pegar na bola, de primeira, batendo sem chance de defesa para o goleiro.
Paulo Fernandes, de www.crvascodagama.com.br,
captou a bola na rede mandada por Andreznho. Leandrão
pega carona na alegria.
 O segundo foi marcado pelo zagueiro Rodrigo, que redimiu-se da entregada que derrubou o Vasco, ante os goianos, no jogo passado. No lance Nenê cobrou falta para a área e Rodrigo subiu mais para cabecear e balançar a rede.
O terceiro tento saiu com Éder Luís, que saíra do banco dos reservas e deu mais velocidade ao time.tacante brilhou. Em lance vertical no campo ofensivo, Madson ajeitou a bola para William lançar Éder. Este driblou o goleiro alvirrubro e saiu para o abraço.


FICHA TÉCNICA – 14.06.2016 (terça-feira) -VASCO 3 X 2 NÁUTICO. 9ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Local: São Januário-RJ. Juiz: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS)Público total: 3.483. Pagantes: 3.096. Renda: R$93.710,00. Gols: Andrezinho, aos 12, e  Rafael Pereira, aos 33 min do 1º tempo;  Rodrigo, a 1; Éder Luís, aos 32, e Renan Oliveira, aos 47 min do 2º tempo. VASCO: Jordi; Madson, Luan, Rodrigo e Julio César (Henrique); Marcelo Mattos, William, Nenê e Andrezinho (Eder Luis); Jorge Henrique e Leandrão (Thalles). Técnico: Jorginho Amorim. NÁUTICO-PE: Júlio César; Joazi, Eduardo, Rafael Pereira e Mateus Muller; Gastón (Eurico), Maylson, Bergson (Odilávio) e Roni. Jefferson Nem e Taiberson (Renan Oliveira). Técnico: Alexandre Gallo. 

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