Vasco

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quarta-feira, 17 de julho de 2013

HISTÓRIAS DO KIKE - TREINADORES ESTRANGEIROS QUE CANARINHARAM

 Muitos são contra, mas dois deles já dirigiram a Seleção Brasileira

 

Desportistas - exageradamente - nacionalistas defendem que a Seleção Brasileira de futebol deve continuar sendo a “pátria de chuteiras”

 e nunca ter treinador estrangeiro. Pois já teve dois: o português Jorge Gomes de Lima, o Joreca (com  bola na mão), e o argentino Ernesto Filpo Nuñez (de óculus). O primeiro, em 1944, e o segundo em 1965.

portuga Joreca era radialista esportivo e graduado pela Escola de Educação Física do Estado de São Paulo. Como fazia respeitados comentários, foi convidado a treinar a seleção paulista de amadores, em 1940. Em 1943, o convite já foi para dirigir o time o São Paulo que, sob sua direção, ganhou  quase todos os jogos, só empatando o último, que valeu-lhe o titulo do campeonato estadual. Repetiu a dose, em 1945,  perdendo só uma partida, e em 1946, ficando invicto até 1947.


Jorge Gomes de Lima, o Joreca, reproduzido do Jornal de Brasília

Quando dirigiu a Seleção Brasileira o português Joreca o fez em conjunto com Flávio Costa, em 14 e 17 de maio de 1944, vencendo o Uruguai, respectivamente, por 6 x 1, no vascaíno estádio de São Januário, e no paulistano Pacaembu, em partidas amistosas – Oberdan (Jurandir), Piolin (Norival) e Begliomini;  Zezé Procópio (Alfredo dos Santo), Rui (Ávila) e Noronha;  Tesourinha (Luisinho Pequeno Polegar), Lelé,  Isaías (Heleno de Freitas), Jair Rossa Pinto e Eduardo Lima foram os atletas que atuaram nas duas partidas. 

Além de comentarista esportivo e treinador de futebol, o Joreca foi, também, juiz de futebol. Inclusive, apitou a estreia de Leônidas da Silva, no São Paulo, em maio de 1942. Mais? Dra fã de boxe, tendo disputado e vencido duas lutas. Viveu até 1949, deixando em sua história 172 jogos e 115 vitórias para o time são-paulino e 52 partidas e 28 triunfos como técnico do Corinthians.

                   Filpo Nuñez (de óculos) reproduzido de www.memoriasdoesporte

O argentino Filpo Nuñez, nascido em Buenos Aires, não treinou bem a Seleção Brasileira, mas comandou o Palmeiras que tinha um dos melhores times do Brasil e foi desgsacado pela  Confederação Brasileira de Desportos para representá-la durante os jogos de inauguração do estádio Mineirão, em Belo Horizonte. Rolou em 7 de setembro de 1965, estando no livro de história da CBD como Brasil 3 x 0 Uruguai – Valdir (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina (Procópio) e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Julinho Botelho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera) e   

E Rinaldo (Dario Paracatu).

Em 1965, o Palmeiras formou o que foi chamado por Primeira Academia. Dos 78 jogos disputados, venceu 53, tendo conquistado o Torneio Rio-São Paulo (o Brasileirão da época, com oito vitórias, dois empates e 27 dos 32 pontos possíveis), e o segundo Torneio Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro, mandando 5 x 2 Seleção paraguaia e batendo o uruguaio Penãrol, nos pênaltis, após 0 x 0 regulamentar. Mais: mandou 5 x 0 Santos, de Pelé, pela Taça Brasil (atual Copa do Brasil). Filpo Nuñez ficou até a 18ª rodada do Campeonato Paulista e pediu demissão devido três escorregadas seguidas para times bem inferiores. 

Enquanto alguns são contra técnico estrangeiro no escrete nacional, vale lembrar que a seleção canarinha feminina de futebol já foi dirigida pela sueca Bia Sundhage, o time de basquete masculino pelo argentino Rubén Magnano o de vôlei masculino pelo coreano Young Wan Sohn.    











 
 
 





 

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