Em bons tempos, capa de revista do clube |
A história de Felipe na ”Turma da Colina”
começa quando o técnico
Antônio Lopes abriu-lhe uma chance no time A. Garoto, encantou a galera.
Driblava, eficientemente, para o mesmo lado, mas ninguém lhe segurava.
Resultado de uma técnica desenvolvida em seus inícios de vida boleira no
futebol de salão. Era 1996, já era um ídolo. Dois anos depois, estava na
Seleção Brasileira. Foi por ali que começou a deixar a lateral, para ser
segundo volante.
Com um jogador imparável, de alta criatividade, Antônio Lopes
levou-o para o meio do campo. “Na lateral, ele ficava com espaço restrito...
como segundo volante... teve mais liberdade para criar”, explicou o treinador”,
ao diário “Lance” Nº 4882, Ano 13, páginas 4 e 5, de 5 de abril de 2011. “Ele
confiava muito em si e partia para cima dos adversários. Segurava um pouco mais
a bola pois a responsabilidade de armar as jogadas não era dele”, comentou o
então companheiro e apoiador Luisinho Quintanilha, pela mesma reportagem.
Felipe, como muitos outros vascaínos que saíram e voltaram, também,
fez os seus rolés por fora da Colina. Esteve no Palmeiras e no Atlético-MG, em
2001. Em 2004, quando defendia o rival Flamengo, o treinador Abel Braga (zagueiro
vascaíno na década-1970), experimentou-o no ataque. Acertou e valeu-lhe uma
nova vaga com a camisa canarinha. “Ele tem facilidade par driblar e coloca a
bola onde quer. O Felipe é um dos jogadores mais geniais com quem trabalhei”,
disse Abel, ao “Lance” daquele abril de 2011.
Além do Fla, ao polivalente Felipe
esteve, por duas vezes, em um outro rival carioca, o Fluminense. Contudo sem
ser o astro aguardado nas Laranjeiras, devido muitas lesões. Da segunda vez, neaste2013, nem vem sendo titular “Já sabia que o Felipe era diferenciado. Acho que ele não
se acertou (no Flu) porque não conseguiu ter uma sequência (de jogos). Se
ficasse mais tempo, tenho certeza de que ia ter o mesmo rendimento que teve no
Vasco. A qualidade técnica dele é e sempre foi indiscutível”, elogiou (em 2012),
o ex-companheiro e apoiador Marcão, de tempos tricolores.
Ao chegar, para a sua última passagem pela Colina, em 2010, depois
de atuara, também, pelo Galatasaray, da Turquia, e o Al-Saad, do Katar, o último Felipe vascaíno foi um dos
mais vaiados, quando aconteceram quatro derrotas consecutivas, no início da
Taça Guanabara-2011. Chegou a ser afastado do grupo. Só com a chegada do
técnico Ricardo Gomes (estreou em 6 de fevereiro daquele ano, reabilitando a
equipe), foi reintegrado, a pedido do treinador, e voltou a crescer. “É difícil
encontrar um jogador ... hoje, com a mesma qualidade ... do Felipe. Com ele no
meio do campo, qualquer equipe vai ganhar em criatividade..”, disse Ricardo
Gomes, na época.
Felipe voltou ao Vasco sem o mesmo fôlego dos anos 1990, quando
conquistou a camisa 6 cruzmaltina. Entrou na meia-cancha, para organizar as
jogadas e, aos poucos, foi reconquistando a torcida.
Nascido em 2 de setembro de 1977, no Rio de Janeiro, o lateral-esquerdo Felipe que começou a encantar no time
titular de 1996, sagrou-se campeão da temporada regional de 1997, no time em
que o astro era Edmundo. Em 1998, bisou o feito, no centenário vascaíno. E,
ainda, ganhou o maior título da história do clube, o da Taça Libertadores da
América. A partir daquele ano, passou para ao meio-de-campo e chegou à Seleção
Brasileira, convocado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. Em 1999, o título que
conquistava era o do Torneio Rio-São Paulo. Em 2000, outra conquista, a da Taça
Guanabara, com goleada, por 5 x 1 sobre o Flamengo, e um gol dele.
Felipe chegou à Colina com
seis anos de idade. Ficou entre 1983 a 1995, como amador. Profissionalizado, em
1996, esteve cruzmaltino até 2002. Após a volta de 2010, totalizou 362 jogos e
33 gols com a camisa da “Turma da Colina”. Pela Seleção Brasileira, foram sete jogos, duas vitórias, três empates e três
pisadas na bola. Tem um título canarinho, o da Copa América-2004. Suas partidas
pela ”seleça” foram: 23.08.1998 – Brasil 1 x 1 Iugoslávia; 28.03.1999 - Brasil
0 x 1 Coréia do Sul; 31.03.1999 – Brasil 2 x 0 Japão; 09.10.1999 – Brasil 2 x 2
Holanda; 28.04.04 – Brasil 4 x 1 Hungria; 14.07.04 – Brasil 1 x 2 Paraguai;
25.07.04 – Brasil 2 x 2 Argentina.
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