Vasco

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sábado, 28 de setembro de 2013

ANIVERSARIANTE HOJE: BIANCHINI

Bianchini é o terceiro agachado, com Mané Garrincha na ponta-direita
O atacante Bianchini, artilheiro do Campeonato Carioca de 1963, com 18 gols, com o prestígio que conquistou balançando redes, foi parar no Botafogo de uma forma inusitada. Depois, defendeu o Vasco e as duas transferências lhe deram fama de, inteligentemente, saber trocar de camisa, para ganhar os 15% que a antiga Lei do Passe dava direito ao atleta. No entanto, enganava--se quem pensava aquilo. O ‘Bianca’ não ficou rico, quando trocou  Bangu, por General Severiano,  e este, por São Januário, pois abriu mão do que tinha direito, para facilitar as respectivas transferências, já que os vendedores não se  mostravam dispostos a abrirem seus cofres. Embolsou, apenas, as "luvas".
Os cartolas da década de 1960 diziam que a legislação esportiva só servia para gerar  indisciplina. Para eles, os jogadores faziam tudo para serem negociados e levarem o seu. Bianchini achava os 15% que um atleta levava em uma transferência algo irrisório, pois considerava a carreira muito curta para se ter tempo de formar um bom pecúlio e ter um futuro tranquilo. Para ele, uma ilusão. Na opinião dele, goleador que passou, também, pelo Flamengo, em vez dos 15%, a lei deveria conceder 90%  ao atleta trocante de clube. “Ou criar um compensatório amparador do profissional que não conseguia sair dos pequenos clubes, sendo obrigado a trabalhar após as pernas não dar mais para correr, em empregos que não lhes permitisse manter o status anterior”, defendia ele, que via muitos jornalistas “tentando deturpar a verdade, deixando a opinião pública contra os atletas”.
ÚLTIMO A SABER – Até chegar a São Januário, Bianchini percorreu uma estrada complicada. O América, do México, o tirou do Bangu, e lhe permitiu ir a Cordeiro-RJ,  em 19 de janeiro de 1965, acertar negócios, com o irmão Vicente, seu sócio em uma padaria. Oito dias depois, recebeu um telefonema, de Irineu Chaves, o representante, no Rio, do empresário Cacildo Osés, avisando-o que deveria se apresentar, imediatamente, ao Botafogo, para submeter-se a exames médicos e assinar um outro contrato. Antes de viajar, entrou em uma negociação que levava o meia alvinegro Arlindo para o México. Assim, no dia 28,  foi a clube e acertou tudo com o presidente Nei Cidade Palmeiro e o diretor Brandão Filho: Cr$ 10 milhões de cruzeiros, de luvas, metade na assinatura do contrato, e a outra parte em parcelas mensais, a partir de março, com salário de Cr$ 200 mil mensais, por dois anos de vínculo.
Bianchini (D) jogou com Mané durente um amistoso em Cordeiro-RJ
Bianchini havia assinado contrato com o América mexicano após Bangu x Bonsucesso, pelo returno do Carioca-1964. O acerto foi à noite, no Copacabana Palace, onde Cacildo Osés se hospedava. Teria salário de US$ 500 dólares e levou, de cara, um cheque de US$ 7 mil e 500 dólares. "Eu ganharia bem, mas não era muita vantagem, pois gastaria muito na capital mexicana, pagando todas as minhas despesas”’, explicou  Bianchini à Revista do Esporte, garantindo que a proposta para ficar no Rio de Janeiro era boa.
CANARINHO - Por já ter sido convocado para a Seleção Brasileira, Bianchini ganharia, do Botafogo, Cr$ 70 mil cruzeiros sempre que entrasse em campo. Como Arlindo era meia, pouco de fazer gols, ao contrário dele, “Bianca” achava que cairia, rápido, no gosto da torcida do novo clube, balançando muitas redes. Malmente sabia ele que, logo, estaria a caminho de São Januário.
Adhemar Bianchini de Carvalho era o nome do atleta, nascido em 28 de setembro de 1940, em Euclidelândia-RJ. Filho de Vicente Domingos Carvalho e de Ana Bianchini Carvalho, media 1m68cm, calcava chuteiras de nº 38 e seu peso ideal era 65 quilos. Cria do Cordeiro Futebol Clube, assinou o seu primeiro contrato, em 1960, com o Bangu, pelo qual jogou até 1964 e foi o principal artilheiro do Campeonato Carioca de 1963, com 18 gols. Esteve vascaíno, inicialmente, em 1966, temporada em que participou do título do Torneio Rio-São Paulo (o Vasco terminou empatado com Botafogo, Santos e Corinthians). No ano seguinte, defendeu o Sport-PE e o Atlético-MG, para voltar à Colina em 1968. Viveu até 27 de outubro de 2005. Até encerar a carreira, ainda vestiu as camisas do Flamengo (1969/1970), São José-SP e Red Star, da França, e Puebla, do México, os três no mesmo 1970. (fotos do arquivo do ex-goleiro cruzmaltino Valdir Appel). Agradecimento. 

 


 


 

 

Um comentário:

  1. NETVASCO - 28/10/2005 - 12:55 - Bianchini, ex-atacante do Vasco, morre aos 65 anos

    Adhemar Bianchini de Carvalho, o grande atacante Bianchini, do Bangu, Botafogo, Vasco, Flamengo e Seleção Brasileira, nascido no dia 28 de setembro de 1940, morreu no dia 27 de outubro de 2005, aos 65 anos, não resistindo a uma operação de coração, no Hospital São Lucas, na cidade de Nova Friburgo (RJ).
    Bianchini morava na cidade de Cordeiro (RJ), região serrana do Rio, a três horas de carro da cidade maravilhosa. Ele era casado com Dona Fernanda e deixou duas filhas (Fabíola e Verônica) e dois lindos netos (Samyr e Alice, ambos filhos de Fabíola e de Samyr Dabul Stork, fanático flamenguista)

    O perigosíssimo matador Bianchini, que esteve nas cogitações do Santos por insistentes pedidos de Pelé, defendeu, entre 58 e 73, as seguintes equipes, como profissional: Bangu Atlético Clube, Botafogo, Vasco, Flamengo, Sport do Recife, Atlético Mineiro, Red Star (Paris/França) e Puebla (México), onde encerrou sua brilhante carreira.

    Também teve passagem pela Seleção Brasileira, já que entre 64 e 67 era um dos grandes artilheiros do Brasil ao lado de Flávio, Silva, Toninho Guerreiro, Aírton Beleza (já falecido, assim como Toninho Guerreiro), César Maluco, Fio Maravilha, Artime e etc...

    Bianchini, que foi dono de padaria em Cordeiro (RJ), revelava jogadores e trabalhava como técnico profissional. Ele até pretendia assumir um time no Oriente Médio, especialmente no Catar, um país que adoraria ter conhecido.

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