Vasco

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domingo, 29 de setembro de 2013

ANIVERSARIANTE DO DIA - MIGUEL

Ele foi “SuperSuperCampeão”a carioca-1958,  título que os cruzmaltinos sempre etãso a “maiscular”, subvertendo regras gamatiais. Perdoável! Afinal, não é diariamente que se fica “supertaceiro”, convenhamos. Caso dao goleiro e Miguel Ferreira de Lima, um potiguar nascido em 29 de setembro de 1937, mais precisamente em Macaíba, no Rio Grande do Norte. Estava escrito que Miguel seria um “footballer”. Desde garotinho, sem luz elétrica em casa,  se ligava no rádio à bateria de um ‘amigo rico”, escutando o rolar da bola no distante Rio de Janeiro. Nem imaginava que, um dia, ele seria um dos caras que estariam por lá, fazendo a galera vibrar. Filho de Diocleciano Fererrira de Sousa, apelidado por “Seu Lucas”, e de Maria Madalena de Mederios, o garoto Miguel teve cinco irmãos, mas só ele, o mais velho, e Francisco de Assis sobrevieram. A sua infância foai dura, piois o seu pai, qaue era analfabeto, vivia percorrendo feiras livres, pelo interior potiguar, levando as suas bugingangas em jumentos. O máximo que pôde dar-lhe foi o estudo até o antigo ginasial, do  Grupo Escolar Auta de Souza.

Chegada a adolescência, Miguel tornou-se goleiro do Cruzeiro FC, de sua cidade. Por se revelar bom pegador de bolas, o presidente do time, o tabelião Raimundo Barros Cavalcanti, arrumou-lhe um emprego no cartório de Macaíba. Em seguida, ele foi para o time juvenil do Santa Cruz, de Natal, aonde profissionalizou-se, pelo Alecrim Futebol Clube. Aos 18 anos, na idade do serviço militar, via que a rapaziada de sua terra só tinha duas chances de progredir: tentando uma vaga na Marinha, ou sendo atleta de futebol. “E fiz as duas coisas”, contou ele, ao jornalista Rômulo Estânrley.
FUZILARIA - Como os candidatos a marinheiros alistados em Natal teriam que fazer o curso de fuzileiro naval no Rio de Janeiro, o recruta Miguel foi nessa. Era 1955 e ele pegou, logo, uma vaguinha no time do seu quartel. De quebra, apareceu um santo para ajudá-lo, São Januário. A história contada pelo repórter Rômulo Estânrley é a seguinte: ao comandante doas fuzileiros navais, o Cândido da Costa Aragão, era torcedor vascaíno, mantinha um bom relacionamento com a “Turma da Colina e, em razão disso, arrumava o gramado cruzmaltino para as disputas dos “recos”. Como Miguel fechava o gol, um olheiro do Vasco chegou-lhe em seus oritimbós e convidou-lhe a fazer um teste no clube.
Após três anos na Marinha, Miguel trocou a farda branca da corporação pela camisa preta de goleiro das divisões de base do Vasco. De 1955 a 1962, foi campeão por todas as equipes vascaínas que defendeu -  juvenil, aspirante e profissional. Em 1956, quando osa vascaáinos sagraram-sea campeões cariocas, o goleiro titular era Carlos Alberto Cavalheiro, da seleção brasileira olímpica e atleta amador, por ser da Aeronáutica. Então, Miguel teve de esperar pela sua vez, para brigar pela camisa 1, que a agarrou em 1958.     

SUPERSUPERMIGUEL -  A temporada-1958 estava sendo mágica para o Vasco. Campeão do Torneio Início-RJ e do Torneio Rio--São Paulo (principal disputa da época), só faltava o título estadual. Por todo o primeiro turno do Campeonato Carioca, o veterano Moacir Barbosa tomou conta da meta cruzmaltina, fazendo 10 jogos – Hélio entrou em um outro. Veio o returno, e Barbosa fez mais dois jogos, e Hélio um. Na quinta rodada, o treinador Gradim (Francisco de Sousa Ferreira) decidiu dar uma chance ao goleiro potiguara – Vasco 2 x 1 Portuguesa (01.11) e Vasco 1 x 0 Madureira (09.11) . Mas, como o jogo seguinte seria um clássico, contra o Fluminense (16.11),  Barbosa, maias experiente, voltou ao “Arco da Colina”.
Gradim, no entanto,  acenou com uma nova chance para Miguel, em Vasco 2 x 0 América (23.11). E o manteve titular pelas  três últimas partidas do returno – 4 x 0 Olaria (3011); 0 x 2 Botafogo (07.12) e 1 x 3 Flamengo (14.12).  Por ter sofrido cinco gols em dois jogos, o garoto potiguar viu Hélio começar o “SuperSuperCampeonato”, nos 2 x 1 sobre ao Botafogo.  Mas, no encerramento da disputa (17.01.1959) ,em Vasco 1 x 1 Flamengo,  era ele o goleiro “SuperSuperCampeão”, de uma formação inesquecível: Miguel,  Paulinho de Almeida, Bellini  e Coronel; Écio Capiovilla e Orlando Peçanha; Sabará,  Almir Albuquerque, Roberto Pinto, Valdemar  e Pinga.
FORASTEIRO – Encerrado o seu ciclo na Colina, Miguel foi para a Colômbia, em 1963, defender o Deportivo Cali. Depois, esteve no Millonários. Em 1965, subiu no mapa e foi para o Koln, da Alemanha. Voltou, em 1967, para defender um rival cruzmaltino, o Botafogo. Ficou pouco e seguiu para o Saint Louis Stars-EUA. Por fim, vestiu a camisa do  New York Generals (EUA), em 1968.  
Como treinador, informa Rômulo Estânrley, que Miguel conquistou vários títulos com o Saint Louis University-EUA, de 1962 a 1978; New York Cosmos-EUA, de 1979 a 1984, e o Brazilian Masters Soccer Team, como treinador de goleiro. “Ele aposentou-se, em 1999, pelas leis norte-americanas”, acrescenta, com mais um dado: “Miguel casou-se com Maria das Graças de Lima e gerou Laina, Aline e Letícia.

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