A revista "Esporte Ilustrado" Nº 620, de 23 de fevereiro de 1950, traz na sua penúltima página o garoto Orlandinho, de 8 anos de idade, que estava deixando de ser mascote do time cruzmaltino, porque seus pais queriam que ele se dedicasse mais aos estudos. Fã do goleador Ademir Menezes, o guri pretendia entrar para um time da base vascaína, a partir dos 13, para ser, também, um ídolo da galera.
Os mascotes foram adotados pelos times brasileiros desde os inícios de suas trajetórias. Para os torcedores, eram um talismã, dotados de uma força estranha, podendo transformar resultados. Com o passar do tempo, os mascotes foram substituídos por animais exóticos no futebol carioca. O Botafogo, por exemplo, teve o mais famoso deles, o cachorro vira-latas Biriba. O Flamengo arranjou uma dupla de cães; o São Cristóvão entrava em campo com um carneiro à frente e o Bangu com um lagarto. O Vasco, no entanto, jamais deixou de prestigiar as crianças.
Orlandinho começou a entrar em campo com a "Turma da Colina" aos cinco anos, em 1947, quando o time cruzmaltino foi campeão carioca invicto, com sete pontos à frente do segundo colocado. Naquele ano, a rapaziada aplicou a maior goleada da história dos estaduais-RJ, os 14 x 0 sobre o Canto do Rio, em 6 de setembro, e passou pelos maiores rivais, com 2 x 1 e 5 x 2 sobre os rubro-negros, e 5 x 3 e 2 x 0, respectivamente, sobre tricolores e alvinegros. Assim, Orlandinho foi ganhando a fama de pé quente. Na foto abaixo, ele aparece agachado, entre o massagista Mário Américo e o atacantes Nestor. Naquele dia, 24 de junho de 1947, esta turma venceu o português Porto, amistosamente, por 2 x 0, com gols de Maneca e de Chico. O treinador era Flávio Costa e a turma que está em pé, da esquerda para a direita, é: Ely do Amparo, Augusto, Rafagnelli, Danilo Alvim, Barbosa e Jorge Sacramento. Agachados, na mesma ordem, também estão: Maneca, Friaça, Lelé e Chico.Além da penúltima página, Orlandinho ganhou um ensaio, com mais oito fotos, nas folhas 13 a 15.
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