O malandro espalhador de que Deus é brasileiro
matou a cobra e mostrou a morena. Taí! Esmeralda Barros, a mulata mais famosa
do planeta na década 1960, uma rainha. Sim! Rainha do Café, título que lhe
deram por aqui, antes de mostrar a graça e a belezas da mulher “brasuca” aos
italianos.
Encantos
à parte, uma outra característica que Esmeralda mostrou às mulheres da década
em que o mundo ficou de cabeça para baixo foi a sua raça. Sem saber uma
palavrinha sequer do italiano, rumou para Roma e foi disputar o fechadíssimo
mercado artístico da “bota” com a patota de lá. E foi muito disposta. Batia de
porta em porta levando as suas fotografias, dizendo que poderia trabalhar como
modelo ou atriz. Botava fé em seu aspecto exótico que agradam muito aos
produtores do Velho Mundo.
Indo à luta, Esmeralda jogou duro com quem
queria gracinhas com ela. Nem vem, que não tem, avisava, logo. Por causa da sua
seriedade, perdeu o papel em um filme por recusar-se a jantar com o diretor. E
olha que ela guardava as frutas do café da manhã para servirem de almoço, pois
a suas grana era curta. Jantar? De vez em quando.
Por entrevista à extinta revista carioca Fatos
& Fotos, do grupo Adolpho Bloch, durona Esmeralda
espinafrou os diretores e produtores de cinema que encontrou pela frente: “...se
aproveitam da posição para fazerem com nós mulheres uma espécie de mercado...Eles
preferem o sexo”, chutou o pau da barraca. E, com um jogo de cinturas igual aos
craques canarinho, quando recebia uma cantada tirava de letra, deixando o cara desarmado.
O carinha via aquele mulherão moreníssimo e brasileiríssimo, pensando que era
fácil, e se animava. Num lance de mestre, Esmeralda o tratava por ‘titio’, ‘padrinho”
e o estatelava de vergonha diante de sua patota.
Esmeralda Barros
participava de uma filmagem italiana, no Brasil, quando um sujeito da produção
e a mulher dele viram nela o tipo que o europeu gosta de ver nas telas. Convidaram-na
a ir tentar a sorte e até a hospedaram em sua casa. Pra viajar, vendeu o seu
carro. Valeu a pena, pois, passada a ralação inicial e ao ser estrela de filmes
do faroeste italiano, tornou-se cobiçada por príncipes e marqueses. Parte pela sua beleza e parte pelo seu talento indiscutível.
ÍNCRIVEL! ESTA BELA MORENA NAMOROU POUCO
Esmeralda disse em suas
entrevistas que não foi garota de muitos namorados, mas aos três anos de
idade já tinha um namoradinho na rua. O seu ideal de homem? O ex-presidente dos
Estados Unidos, John Kennedy. Na telona,
entre 1965 e 1982, ela participou de 22 filmes, sendo oito na Itália, um deles (1971)
da série “Django”, que fez muito sucesso na fase dos “faroeste spaghetti”, ou bang bang à italiana. Na TV
brasileira, esteve presente em três novelas, entre 196 e 1986.ÍNCRIVEL! ESTA BELA MORENA NAMOROU POUCO
Baiana, nascida em Ilhéus, em 1942, Esmeralda de
Barros, depois abreviado sem o “de”, fez teatro de revistas musicais com Carlos
Machado, o “Rei da Noite” carioca e chegou a disputar o título de Miss
Renascença, em 1964, ficando em segundo lugar. Em julho de 1976, foi capa da
revista “Playboy”.
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