
O atacante pintou na área bem calmo, diferente
de quando fustigava defesas. Teve, no entanto, que ter paciência para fazer
tabelinha com a Val, pois um casamento anterior atrasou, em 15 minutos, a
entrada dela no recinto. E ela já estava mais cinco atrasada. Como manda a
tradição. Entrada triunfal, ao som da “Aleluia”, de Handel. Ela sorria, mas não
escondia o nervosismo.
Lourival Souza Neto, de 3, e Rosângelo Almeida
Santos, de 2, sobrinhos de Val, foram os “mascotes” condutores da salva de
prata com as alianças. Ela usava um vestido de abrocado banco, com uma capa,
com um véu de 10 metros, também acompanhado de mais capa, ambos franceses. A
cauda do vestido tinha 4,5 metros de comprimento. A confecção ficou por conta
da mãe da noiva, a Dona Carminha, que desembolsou Cr$ 200 mil cruzeiros para
deixara a filha mais linda, ainda. O brique, com a coroa, era de flores de
laranjeiras.
De sua parte, Mário
trajou paletó de lã cinza, feito pelo alfaiate Saraiva, que atendia aos
jogadores vascaínos, em Copacabana. Cobrou Cr$ 80 mil pelo serviço. A calça foi
de casimira listrada e a camisa de
cambraia de linho. Os sapatos e as meias eram pretos.

Mário sentiu
que estava arriado por Valquíria, em fevereiro de 1963, quando almoçava com
Lourival, o pai dela. Antes, a conhecera na secrataria do Club de Regatas Vasco
da Gama, onde ela trabalhava. Quando ele declarou-se para ela, a resposta foi
mesma. Aconteceu antes de uma concentração para jogo do Campeonato Carioca. Ficaram
noivos em dezembro de 1963.
Nenhum comentário:
Postar um comentário