Vasco

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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

CASAMENTO DE VASCAÍNOS - MÁRIO 'TILICO'

A noite de 18 de abril de 1964 foi de comemoração para o futebol e o basquete cruzmaltino. A partir das 19 horas, o goleador Mário ‘Tilico’ – Amaro de Sousa Gomes, de 21 anos de idade – casava-se, na catedral metropolitana do Rio de Janeiro, com da bola ao cesto Valquíria Andrade de Oliveira Gomes, de 25. 
 O atacante pintou na área bem calmo, diferente de quando fustigava defesas. Teve, no entanto, que ter paciência para fazer tabelinha com a Val, pois um casamento anterior atrasou, em 15 minutos, a entrada dela no recinto. E ela já estava mais cinco atrasada. Como manda a tradição. Entrada triunfal, ao som da “Aleluia”, de Handel. Ela sorria, mas não escondia o nervosismo.
 Lourival Souza Neto, de 3, e Rosângelo Almeida Santos, de 2, sobrinhos de Val, foram os “mascotes” condutores da salva de prata com as alianças. Ela usava um vestido de abrocado banco, com uma capa, com um véu de 10 metros, também acompanhado de mais capa, ambos franceses. A cauda do vestido tinha 4,5 metros de comprimento. A confecção ficou por conta da mãe da noiva, a Dona Carminha, que desembolsou Cr$ 200 mil cruzeiros para deixara a filha mais linda, ainda. O brique, com a coroa, era de flores de laranjeiras.
De sua parte, Mário trajou paletó de lã cinza, feito pelo alfaiate Saraiva, que atendia aos jogadores vascaínos, em Copacabana. Cobrou Cr$ 80 mil pelo serviço. A calça foi de  casimira listrada e a camisa de cambraia de linho. Os sapatos e as meias eram pretos.
 Grande número de amigos do casal compareceram ao casamento. A diretoria do Vasco foi representada por Artur Pereira Rajão, diretor de futebol. O presidente ofereceu, de presente, uma caixa de uísque nacional. A recepção aos convidados foi na residência da noiva, com a presença dos jogadores Humberto Torgado, Maranhão, Da Silva e Maurinho, além de alguns juvenis. Os demais não puderam comparecer, pois a equipe havia viajado para cumprir compromisso, em Belo Horizonte.      Valquíria teve por padrinhos Antenor Francisco de Andrade/senhora, e Mário os irmãos José Maria e Maria Crescêncio Melo. Seus pais, residentes em Recife, não puderam comparecer. A lua-de—mel foi na Ilha do Governador, em casa cedida por um amigo.   
  Mário sentiu que estava arriado por Valquíria, em fevereiro de 1963, quando almoçava com Lourival, o pai dela. Antes, a conhecera na secrataria do Club de Regatas Vasco da Gama, onde ela trabalhava. Quando ele declarou-se para ela, a resposta foi mesma. Aconteceu antes de uma concentração para jogo do Campeonato Carioca. Ficaram noivos em dezembro de 1963. 

 


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