Vasco

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domingo, 1 de outubro de 2017

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - AS PRESIDENTES MAL AMADAS PELO PODER

A dançarina Isabelita dançou feio.
Foto de divulgação oficial
  O tenente-general Juan Domingos Perón passou 10 temporadas no poder argentino, sem resolver os grandes problemas do país. Mesmo assim, tornou-se um mito, entre 1946 e 1955, quando um golpe miliar o derrubou. Voltou, em 1973, e ganhou mais um mandato presidencial.
Perón tinha estilo Getúlio Vargas, de beneficiar os trabalhadores. Após a queda, exilou-se por Panamá, Venezuela, República Dominicana e Espanha, virando o calendário por 18 vezes, sem jamais deixar de sonhar com volta ao poder, o que tornou-se viável durante o governo do presidente Alexandre Lanusse.
Mesmo com um oceano entre Perón e a Argentina, o peronismo seguiu vivo no país e  ajudou seu líder a negociar a sua volta.  Voltou e impôs a sua mulher, Maria Estela Martinez de Perón, a Isabelita, como companheira da chapa vitoriosa. Mas só viveu mais oito meses de poder. Aos 78 de idade,  “El Hombre” saiu desta vida para viver na história que os livros contam.
E, por aqui, Perón sai deste texto e uma nova história começa: a das mulheres latino-americanas pouco amadas pelo poder.
PRIMEIRONA - Isabelita, nascida em (04.02.1931) em La Rioja, foi a primeira “cucaracha” presidente. Era dançarina e casou-se, em 1960, com Perón. Governou a Argentina – 01.07 de 1974 a 24.03.1976, promovendo reformas econômicas e arrumando a cassa, que ficou com economia estável e produção industrial crescendo 8,3%. O segundo ao de mandato teve produto interno bruto crescendo 4,9%, exportações 12,7%, balança comercial superavitária, em US$ 2,5 bilhões, desemprego caindo a 3,2% e inflação a 0,17%.
Problemas de saúde obrigaram Isabelita a licenciar-se do cargo, entre 13 de setembro a 16 de outubro de 1975. Em fevereiro de 1976, ela  lançou um pacote de leis sociais, ao estilo de “El Hombre”. Em março, o general Jorge Rafael Videla, comandante do Exército, exigiu a sua demissão. Ela prometeu antecipar eleições, para o final de 1976, mas não adiantou. Foi para prisão domiciliar, em Neuquén, e depois em uma chácara, em San Vicente, perto de Buenos Aires.
 Condenada, por corrupção, em 1981, em julho do mesmo período, foi libertada e mudou-se para Madrid, levando na bagagem a proibição de exercer  atividades políticas em sua terra. Indultada, em 1983, jamais voltou à vida política.
AS OUTRAS - Das mulheres latino-americanas que presidiram seu povo, a nicaraguense Violeta Chamorro foi primeira eleita por ele. Venceu Daniel Ortega, presidente desde 1984 e tentando reelerger-se, invocando ter sido um dos líderes da revolução sandinista que derrubara o ditador Anastácio Somoza.
A bela Laura Chinchilla, mais linda presidente, reproduzida do seu blog 
Janet Jagan, na Guiana, bem como Isabelita, também herdou o prestígio político do marido, Cheddi Jagan, presidente, de 1992 e 1997, quando saiu desta vida. Elegeu-se, pouco depois sua substituta, mas o poder não a amou. O renunciou, em 1999, por motivos de saúde.
De sua parte, a panamenha Mireya Moscozo ficou sem o amor do poder e de dois maridos. Um partiu desta vida e o outro divorciou-se dela.
Quanto ao cargo, a primeira mulher a governar o Panamá – 01.09.1999 a 01.09.2004 – foi acusada por nepotismo e de comandar governo “abundantemente corrupto, incompetente, fraco e ineficaz.".  Terminou impedida, constitucionalmente, de concorrer a um segundo mandato consecutivo.
Menina pobre, nascida, em Pedasi (01.07.1946), casou-se, aos 23 de idade, com o recordista em derrubadas por golpe militares (três), Arnulfo Arias, golpeado, pela última vez, com apenas nove dias de poder, em 1968.
Na Costa Rica, a linda Laura Chinchilla tinha estampa de modelo fotográfico, o que não impediu o marido Mário Alberto Madrigal Díaz de chuta-la, passados menos de 1.100 dias dividindo a mesma cama. Em 1996, ela foi engravidada pelo advogado espanhol José Maria Rico Cueto, que só decidiu-se  a casar-se com ela quatro temporadas depois.
Culturalmente, a linda Laura era forte. Cientista política especializada em sistema judicial e segurança pública, trabalhou par ONGS latino-americanas e africanas, e, antes de presidir o seu país – 08.05.2010 a 08.05.2014 – ocupou cargos políticos ministeriais, em dois governos.
Lídia, uma linda mulher, menos para um primo,
em reprodução de foto oficial  de divulgação.
Nascida no distrito Carmem, em San José (28.03.1959), Laura Chichilla Miranda teve experiência, ainda, como deputada à Assembleia Nacional da Costa Rica. Parcialmente infeliz no amor, foi das poucas “cucas” se darem bem com o poder. 
INTERINAMENTE - Única mulher a governar a Bolívia, a também linda (quando jovem), Lidia Gueiler tinha a beleza por dom familiar, como ainda comprova a sua parente e triz Rachel Welch, isto é, Jo Raquel Tejada.   
Antes de ser presidente constitucional interina, Lidia fora importante dirigente da revolução socialista boliviana de 1952. Mas levou 17 temporadas para chegar à presidência da república, após a tentativa do fracassado golpe militar de Alberto Natusch Busch, em 1979.
Nascida em Cochabamba (28.08.1921), Lidia Gueiler Tejada governou, entre 16 de novembro de 1979 a 17 de julho de 1980, quando foi derrubada por golpe militar liderado pelo primo e general de divisão Luís Garcia Meza Tejada, que impediu a posse de Hernán Siles Zuazo, eleito 18 dias antes.  
Além dela, o continente americano teve mais duas presidentes interinas, Ertha Pascal-Trouillot, no Haiti,  entre 1990 a 1991, e Rosalia Arteada, no Equador, em 1997. Esta era vice do presidente eleito, Abadala Bucaram, e o substituiu por deposição do mesmo, pelo Congresso Nacional que, dois dias depois, elegeu um novo interino, Fabián Alacrón Rivera – Rosalia voltou a uma insignificante ser vice.
A belíssima atriz Rachel Welch, isto é, Jo Raquel Tejada, prima da presidente Lídia. Em matéria de beleza, a família só deu de feio o "narcopresidente" e general Garcia Meza  
      O PRÓXIMO DOMINGO TERÁ CRISTINA, MICHELLE E DILMA 



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