1800 - O filósofo prussiano Immanuel Kant,
que viveu entre 1724 e 1804, foi considerado o principal da era moderna, Pai
da filosofia crítica, fez uma síntese entre o racionalismo continental e a
tradição empírica inglesa. Diariamente, ele fazia um passeio, em Koenigsberg,
onde residia. Um dia, não o fez. Naquele dia, começou a Revolução Francesa, que
mudou a história do século 18. As 11 temporadas seguintes mudaram o mundo.
1948 - O presidente da Academia Brasileira
de Letras, Austragésilo de Atahyde, às 15 horas de todas as quintas-feiras,
chegava à casa, assinava o livro de ponto, passava pela sala da secretária e ia
sentar-se em sua cadeira presidencial. Deixava a porta entreaberta para não
perder um fuxico. Quem entrava, quem saía? Ficava ligado.
Foto oficial da Academia Brasileira de Letras |
1951 - Batizado e registrado por Belarmino
Maria Austragésilo Augusto de Atahyde, ele era acadêmico desde 1951, na vaga de
Oliveira Viana. Quando presidente, um repórter perguntou-lhe o que ele havia
feito ela sua terra – Caruaru, em Pernambuco.
O homem que fora uma das lideranças
na redação da Declaração Universal dos Direitos
Humanos, em 1948, ao lado do jurista e filósofo francês René Cassin, respondeu:
“Nasci lá”.
Quase sacerdote ordenado pelo Seminário da Prainha, em
Fortaleza-CE, Atahyde largou tudo pelo jornalismo e tornou-se uma das penas
mais brilhantes destas plagas. Parecia ser um sujeito sisudo – nem tanto.
Constatou o mesmo repórter que
fez-lhe a pergunta acima e disse-lhe estar em dúvida sobre algo que conversavam.
Ao que ele disse-lhe: "Não se preocupe com a sua duvida, Deus acredita em você”–
sisudo muito engraçado!
1990
- Frase do deputado Roberto Campos, na década-1990: “Abundam em nossa paisagem
dois tipos de inocentes perigosos: o burro honesto e o benemerente cruel. Ambos
sucumbem a ilusões incorrigíveis”. Deu pra entender? Caso não, recorre ao
terreiro espírita mais próximo e chame o
homem no saco, para explicar isso ao povão que votou nele, aquele mesmo
que não sabe votar, como disse o gênio (do futebol) Pelé.
1990
- A deputada Marilu Guimarães, por volta da primeira metade da década-1990
presidia uma CPI que investigava a exploração sexual de crianças e
adolescentes. Ela acreditava que isso só ocorresse na região amazônica. Com
certeza, São Paulo e Rio de Janeiro não deveriam fazer parte do mapa do Brasil
dela, que era parlamentar do PFL-Mato Grosso do Sul.
1991 - Assim que a União Soviética acabou,
a Rússia voltou e a sua presidência ficou com Boris Yeltsin, este convidou o antes
dissidente Aleksandr Soljenitzyn a voltar à sua terra, da qual fora expulso, em
1974, pelo então líder comunista Leonid Brejnev. Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura,
em 1970, ele aceitou voltar, mas não para se candidatar a cargo político.
Apenas para escrever um ciclo de obras iniciadas – cá entre nos: falar de um
sujeito que brigava contra a tirania absolutista, com o presidente Michel
Temer, que faz tudo para se manter no poder, inclusive propor lei que
dificulta a verificação de trabalho escravo
é muita baixaria, não é?
1993
– O presidente do PMDB, deputado Luís Henrique-SC, dizia que seria dificílimo
devolver cargos ao governo. Motivo: o partido nem sabia quantos detinha. Para
ele, se isso acontecesse, seria instalada uma desorganização administrativa no
país, com tantos cargos vagos ao mesmo tempo. Dizia, também, que nomear e
demitir eram fáceis. Substituir todo um quadro administrativo era
complicadíssimo no Brasil.
Reproduzido de www.movsocial.org |
1993
– O governador-RJ Leonel Brizola e o sindicalista Luís Inácio Lula da Silva
lideravam campanha contra a revisão da Constituição-1988, projeto do senador
Humberto Lucena-PB e do deputado Inocêncio de Oliveira-PE.
A revisão estava
marcada para começar em 6 de outubro, um dia depois do aniversário de cinco
temporadas vigentes do livrinho editado pelo Doutor Ulysses (Guimarães).
PDT e PT eram apoiados nisso pela OAB e anunciavam ir ao STF para tentar barrar a
revisão, da qual era a favor PMDB, PFL, PPR e PSDB.
O motivo pelo qual Lula era
contra estava ligado à proibição, por uma nova lei eleitoral, de
imagens de comício, caravanas e
quaisquer outras filmagens externas a estúdios no horário gratuito da TV. Lula
já havia feito duas caravanas e filmado encontros com lideranças pelo Brasil a
fora. Não pretendia perder tudo aquilo que pudesse enriquecer os programas do
PT. O novo texto permitia só a foto e o
nome do candidato.
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