Durante as semanas que antecederam ao início do Campeonato Carioca-1961, o Vasco
da Gama vivia dias de entusiasmo. Graças às mexidas do vice-presidente
João Silva, do setor de Interesses Profissionais. Ele
convidou Adriano Rodrigues, para diretor de futebol, e o treinador Martim Francisco, substituindo ao argentino Abel Picabéa.
Rapidamente, o grupo ganhou alma nova e passou a ser apontado como um
dos sérios candidatos ao título da temporada.
Martim
Francisco era considerado um dos melhores treinadores do
planeta e rescindira contrato com o espanhol Atletic Bilbao, "não
só por causa do convite vascaíno, mas para não prejudicar o futuro do meu filho (Martinzinho)". Era a hora de voltar ao Brasil, garantia.
É por aqui, rapaziada! |
Naquele prélio, Martim, que
chegara 48 horas antes à Colina, lançou o meia Lorico, descoberto na Portuguesa
Santista-SP, e ficou tão entusiasmado com a atuação do rapaz, que previu vê-lo ídolo da torcida, rapidamente.
Para reforçar o seu trabalho, conseguiu recuperar o centroavante Pacoti, que vinha sendo desprezado pelos seus antecessores, e avisou aos dirigentes e jogadores:
Para reforçar o seu trabalho, conseguiu recuperar o centroavante Pacoti, que vinha sendo desprezado pelos seus antecessores, e avisou aos dirigentes e jogadores:
– Preciso de um bom departamento médico e de atletas com muita
saúde e boas preparação físico-atlético, físico-técnico, físico-tático e
psicológica. Além de todos vocês entenderem a minha teoria.
Além de Lorico, Martim recebeu o reforço de um ponteiro revelação, Da Silva. De sua parte, o médico Valdir Luz prometia entregar-lhe, sem demora, os contundidos, entre eles o meia Roberto Pinto, remanescente do grupo campeão-1958.
Além de Lorico, Martim recebeu o reforço de um ponteiro revelação, Da Silva. De sua parte, o médico Valdir Luz prometia entregar-lhe, sem demora, os contundidos, entre eles o meia Roberto Pinto, remanescente do grupo campeão-1958.
ESQUEMA TÁTICO - Para colocar faixas no Vasco-1956, Martim Francisco bolou um esquema diferente para os períodos de
concentração. Na antevéspera de jogos, a moçada apresentava-se às 8h30, para
o treino diário, de uma hora. Após duas de prática, uma rápida
revisão médica e almoço, programado para o meio-dia.
Rango
devorado, Martim levava a rapaziada para um passeio pelas proximidades do estádio da Colina, a fim
de ativar a digestão. Isso rolava entre re
13h e 13h30. Em seguida, uma grande novidade: visita a familiares dos
jogadores, com duração de quatro horas e obedecendo a um rodízio.
Por volta das 18h, todos
estavam de volta a São Januário, para o jantar, às 19h. A seguir, um
novo passeio pelas beiradas de São Januário. Das 20h30 às 22h era permitido aos
concentrados jogarem sinuca, ping-pong, xadrez, dominó, ou assistir TV, ouvir
rádio ou ficar lendo – deu certo e rolou caneco.
FOTO REPRODUZIDA DE MANCHETE ESPORTIVA
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