Vasco

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terça-feira, 26 de março de 2013

ANIVERSARIANTE DO DIA – ODVAN

No dia 1º de agosto de 1974, o Vasco conquistava o seu primeiro título do Brasileirão. Em 28 jogos, tivera 42,86% de aproveitamento (empates idem) e 14,29% de perdas. Como o seu ataque marcara 33 vezes (média de 1,18 por partida), os 18 tentos sofridos poderiam ser perdoados, pois a média era de 0,64 por compromisso. Tava bom! Mas o torcedor queria uma zaga muito mais “paredona”.
Por aqueles inícios de semestre em que a rapaziada comemorava o “agarro do caneco”, a Dona Cegonha sobrevoava o Maracanã. A sacou parte da festa provocada pelos 2 x 1 sobre o Cruzeiro. Foi quando lembrou-se de que, em 26 de março, exatos 95 dias antes, ela zanzava atrás de um endereço, em Campos dos Goytacazes, quando escutou uma sonzeira. Era o cantor vascaíno Roberto Carlos cantando um dos seus sucessos, “O Divã”. Gostou, resolveu descer, para curtir melhore, já que tinha uma encomenda a entregar, rasgou o endereço que levava e resolveu deixar um garotão forte e saudável com uma parturiente que cantava, também. Dias depois, o garoto era espargido na pia batismal como Odvan Gomes da Silva.
Se a galera cruzmaltina achava que a média de gols sofridos pelo time poderia ser melhorada, futuramente, ela teria um “zageiro-zagueiro” pra encarar. De 1997 a 2001, Odvan botou moral no pedaço. Zagueirando, zagueirando, foi campeão brasileiro-1997; carioca e da Taça Libertadores-1998; do Torneio Rio-São Paulo-1999 e do Brasileirão e da Copa Mercusul-2000 . Portanto, um título por ano, antes de sair, na temporada seguinte.
Foi por ver em Odvan um“zagueiro-zagueiro”, que o treinador da Seleção Brasileira, Vandrlei Luxemburgo, mandou chamá-lo, em São Januário, para ajudá-lo a buscar a Copa América-1999– estreou em 14 de outubro de 1998, nos 5 x 1 sobre o Equador, amistosamente, em Washington-EUA e totalizou 12 envergaduras camnarinhas, com nove vitórias, um empate e duas quedas. Mas, até chegar nisso, a caminhada não fora fácil. Revelado pelo campista Americano, em 1993, Odvan teve de ralar no Mineiros-GO, em 1995, e Mimosense-ES, em 1996. Estava escrito, porém, que ele voltaria ao Americano e arrebentaria no Estadual-RJ de 1997, para o Vasco levá-lo.
Como o futebol é muito “motelense”, de alta rotatividade, Odvan, também, fez o seu “passeiozinho” por fora da Colina. Entre 2002 e 2008, temporada em que voltou a vestir a jaqueta cruzmaltina, aprontou uma verdadeira "ciganada", defendendo Santos, Botafogo, Coritiba, Fluminense, DC United-EUA, Náutico-PE, Estrela da Amadora-POR, Madureira, Rio Bananal-ES, Ituano-SP e Cabofriense-RJ. Nessas saídas da Colina, ajudou o Madureira a conquistar a Taça Rio-2006 e terminou vice-campeão estadual. Após a segunda debandada da Rua General Abílio de Moura, quando fez apenas sete jogos, ainda passou pelo União de Rondonóolis-MT, em 2009; por um outro time capixaba, Armando Zanta,em 2010; pelo São João da Barra-RJ, em 2011, e pelo Goytacaz, encerrando a carreira em sua terra. Mas foi em São Januário que escreveu as melhors páginas de sua história: 280 jogos e 13 gols, assim distribuidos: 36 x 2, em 1997; 60 x 1, em 1998; 65 x 4, em 1999; 78 x 5, em 2000; 34 x 1, em 2001. Valeu, garoto! 














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