Um exemplo de mulher. É o
mínimo que se pode dizer de uma atleta carregadora de muitas glórias para São Januário:
Aida Menezes dos Santos. Nascida em 1º de março de 1937, em Niteroi-RJ, é o maior nome feminino do atletismo cruzmaltino. Assim como a
nadadora Maria Lenk fora, em 1932, a única mulher da delegação brasileira nos
Jogos Olímpicos, ela a repetiu, em Tóquio-1964, no Japão. Competiu no
salto em altura, sem nenhum apoio – em 1968, nos Jogos da Cidade do México,
obteve a 20ª colocação no pentatlon. Por tudo o que fez, recebeu, em 2006, o
Troféu Adhemar Ferreira da Silva, do Prêmio Brasil Olímpico, e, em 2009, o
Diploma Mundial Mulher e Esporte, uma premiação especial do Comitê Olímpico
Internacional.
Por dois centímetros, Aidna não trouxe uma medalha dos Jogos de Tóquio |
FANTÁSTICA - A história da participação de Aída nos Jogos
de Tóquio é inacreditável. Detentora do índice de 1m65cm, sem treinador e nem material adequado à
competição, ela encarou adversárias assistidas por psicólogos, treinadores e
fisioterapeutas. Para desestimular mais, o seu almoço havia sido apenas chuchu
com camarão, e chegara à pista usando sapatilhas para provas de velocidade (sem
pregos). Pior? Durante as eliminatórias, torceu um dos pés. Fera que era, no
entanto, foi em frente e saltou 1m70cm, classificando-se para as finais.
Superou a dor e cravar 1m74cm. Se subisse mais dois centímetros, traria a
medalha de bronze. Quando nada, foi a primeira vez que uma brasileira se aproximou do pódio
olímpico, com a melhor classificação olímpica feminino do atletismo brasileira em
todos os tempos.
Disputante, também, de provas nos 100 metros
rasos e no lançamento do dardo, Aída teve entre as suas principais medalhas,
dois bronzes pan-americanos: no
pentatlo dos Jogos canadenses de Winnipeg-1967 e dos colombianos de Calí-1971.
Na sua especialidade, o salto em altura, foi campeã estadual, brasileira,
sul-americana e pan-americana. Depois do Vasco, ainda defendeu o Botafogo. Chegou
a decacampeã carioca, sendo que os dois primeiros títulos foram com a jaqueta
cruzmaltina. Quando cruzmaltina, um dos seus grandes feitos acopnteceu em 1958. Quebrou o recorde, de Crisca Jane, de 1943, no salto em altura: 1m54cm – um cm a mais do que o anterior e 10 à frente da segunda colocada. (foto reproduzida do livro "Sonhos e Conquistas - O Brasil nos Jogos Olímpicos do Século XX", editado pelo Comitê Olímpico Brasileiro). Agradecimento.
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