Vasco

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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

ANIVERSARIANTE - DUNGA

 DUNGA -  Nascido em 31 de outubro de 1963, em Porto Alegre-RS, o capitão do tetra da Seleção Brasileira-1994 foi campeão estadual, em 1987, pela "Turma da Colina". Estreou como cruzmaltino em 26 de fevereiro daquele ano, dirigido por Joel Santana, nos 3 x 0 contra o  Goytacaz.  Naquele dia, valendo pela Taça Guanabara, o primeiro turno do Estadual-RJ, o jogo foi em São Januário, apitado por Aluísio Felisberto da Silva, teve público de 1.499 pagantes e os tentos marcados por Lira, aos 25, e por Vivinho, aos 42 minutos do primeiro tempo, além de Romário, aos 10 da etapa final. O Vasco teve: Acácio; Mílton Mendes, Donato, Morôni e Lira; Dunga (Mazinho), Geovani e Vivinho; Mauricinho, Romário e Zé Sérgio (William).
TODOS OS JOGOS - Dunga disputou 23 partidas cruzmaltinas, marcando três gols. Deixou São Januário com quatro títulos: Taça Guanabara, Campeonato Estadual-1987, Copa de Ouro e a Copa TAP. Foram três amistosos nacionais, dois internacionais e 18 jogos oficiais pelo Estadual-RJ. Confira:
26.02.1987 - 3 x 0 Goytacaz;  08.03.1987 0 x 0 Americano-RJ; 15.03.1987 - 0 x 0 Botafogo; 18.03.1987 - 4 x 1 Mesquita; 21.03.1987 - 3 x 0 América; 25.03.1987 =- 1 x 0 Avaí-(SC (amistoso); 29.03.1987 - 3 x 0 Bangu; 01.04.1987 - 3 x 0 Porto Alegre-RJ; 05.04.1987 - 2 x 2 Campo Grande-RJ; 08.04.1987 - 3 x 0 Portuguesa-RJ - 12.04.1987  - 0 x 3 Fluminense; 15.04.1987 - 2 x 0 Cabofriense; 19.04.1987 - 0 x 0 Flamengo; 23.04.1987 - 1 x 1 Olaria; 26.04.1987 - 2 x 1 Botafogo; 29.04.1987 - 6 x 0 Cabofriense; 03.05.1987 - 0 x 0 Fluminense; 06.05.1987 - 6 x 0 Mesquita; 11.06.1987 -  5 x 0 América-MEX (Copa de Ouro); 14.06.1987 - 3 x 0 Benfica-POR (First Annual TAP CUP 1987); 09.07.1987 - 0 x 0 Rio Negro-AM (amistoso); 11.07.1987 - 4 x 0 Ribeiro Junqueira-MG (amistoso); 19.07.1987 - 0 x 0 Flamengo.

 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

BASQUETE VASCAÍNO ENCAROU SPURS

O Vasco já viveu uma aventura inusitada no basquete. Fez um esforço interplanetário e chegou a uma final de torneio contra um time da NBA (Norte American Basket Association). Explica-se abaixo:  
Iniciado em 1987, havia uma disputa entre campeões continentais e um time da “enebiêi. Era o McDonald’s Championship, ou McDonald’s Open, promovida pela multinacional comestível”. A Federação Internacional de Basquete não reconhece o vencedor como campeão mundial, embora não houvesse uma disputa mundial e se jogasse com regras misturadas da FIBA e da NBA, que ganhava todas. Mas a disputa fora bolada pelo seu secretário geral, Boris Satankovic, juntamente com o comissário David Stern, da NBA, quando profissionais ainda não participavam de Olimpíadas e a meta era ver como isso rolaria.
Assim, na última disputa, entre 14 e 16 de outubro de 1999, o Vasco, campeão sul-americano, teve por adversários o Spurs (NBA) e os  campeões asiático (Sagesse, do Líbano); da Oceania (Adelaide 36ers,  da Austrália); italiano (Varese Roosters), e da Euroleague (Zalgiris Kaunas, da Lituânia).
No primeiro dia, a rapaziada mandou 90 x 79 no Adelaide, após 23 x 23 no primeiro quarto; 49 x  37 no segundo e  70 x 61 no terceiro. Dali até o final, a moçada administrou a vantagem até fechar a conta. No dia seguinte, Vasco 92 x 86 Zalgiris Kaunas, com os australianos fazendo 24 x 14, no primeiro quarto; 40 x 36 no segundo e 60 x 52 no terceiro. No quarto final, 76 x 76, gerando prorrogação, que o Vasco faturou, com grandes atuações do ala Rogerio Klafke, do pivô Vargas, do armador americano Charles Byrd  e do  ala-armador Demetrius.
Na final, a diferença técnica era imensa entre os norte-amnericanos e os demais. Então, San Antonio Spurs 103 X 68 Vasco. A moçada até encostou no palcar, no início do segundo período, reduzindo a diferença para cinco pontos. Perto do final do terciro período, voltou a  aproximar-se, mas não dava. O San Antonio Spurs era muito mais forte.
Para ser convidado àquela disputa, o Vasco sagrou-se bicampeão da Copa dos Campeões Sul-Americanos de Basquete Masculino-1998/1999, o torneio continental mais importante,  entre 1946 e 2008. Por sinal, o bi está fazendo hoje 13 anos. Em 5 de setembro de 1999, a “Turma da Colina” batia o Bauru-SP, 82 x 76, para carregar a taça. E, para completar a festa, no 5 de setembro de 1965, a moçada vencia o Botafogo, por 2 x 1, conquistando a I Taça Guanabara. LEIA em "Campeão da Taça Guanabara", clicando no arquivo do bog.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O IMBARRÁVEL ORLANDO ROSA PINTO

Orlando Rosa Pinto era daqueles jogadores que os treinadores viviam ameaçando se livrar dele. Floriano Peixoto, Harry Welfare, Ramón Platero e Telêmaco  Lima foram alguns dos que tentaram tirar-lhe a vaga de titular da ponta esquerda vascaína. Mas não adiantava. Chegasse quem chegasse a São Januário, não conseguia ser mais eficiente. Orlando Rosa Pinto estava lá firme, jogando com regularidade. Era até convocado para a Seleção Carioca.
Orlando nunca se machucava e nem dava trabalho ao Vasco para renovar contratos. Por 10 anos, entre 1932 e 1942, quando encerrou a carreira, esteve como efetivo, como se falava, no time  cruzmaltino.
 Nesta foto (página 3, Nº 221 de Esporte Ilustrado) ele aparece disputando um lance com Domingos das Guia, em um clássico contra o Flamengo. Quando Orlando jogava, os times ainda não usavam a numeração nas camisa. O irmão dele, Jair Rosa Pinto, um dos grandes craques das décadas de 1940/1950, foi o primeiro camisa 10 da Seleção Brasileira

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O VENENO DO ESCORPIÃO. MARECHAL GOLPISTA ERA UM CARA BOLA MURCHA

O jornalista mineiro Murilo Felisberto já havia passado por redações paulistanas, quando o Jornal do Brasil-JB o convidou para montar o seu Departamento de Pesquisa e Documentação-DPA. Topou e, para os amigos, fizera grande loucura, pois o cargo era para colegas em final de carreira .

 Murilo começou a servir ao Jornal do Brasil duas semanas antes do golpe militar que derrubara o presidente João Goulart. No 7 de abril, os comandantes supremos da ação – tenente-brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo (Aeronáutica), vice-almirante Augusto Rademaker (Marinha) e o general Artur da Costa e Silva (Exército) ungiram o marechal cearense Humberto de Alencar Castelo Branco novo chefe da nação – quemmmm!

 A imprensa brasileira desconhecia, completamente, nada sabia do homem, enquanto o presidente deposto debandava, do Rio de Janeiro, para Brasilia e Porto Algre, razão para o Senado declarar vaga a presidência da república e a Câmara dos Deputados emprestar o seu presidente, Ranieri Mazzilli, para tomar conta do Palácio o Planalto, interinamente.


Reprodução de https://rabinovicimoises.com/category/murilo-felisberto 
 Agradecimento

Golpe na praça, começara a rolar violentas repressões a setores de esquerda, como Confederação Geral dos Trabalhadores, União Nacional dos Estudantes, ligas camponesas e grupos religiosos tipo Juventude Universitária Católica e Ação Popular. Milhares de pessoas foram presas, irregularmente, sem fundamentos jurídicos, e abertos centenas de inquéritos policiais-militares “para apurar atividades subversivas”, além, de  milhares de brasileiros terem direitos políticos suspensos, e funcionários públicos civis e militares demitidos ou aposentados.

No entanto, importantes setores da vida nacional saudaram o golpe, bem como parte da classe média, pedindo aos militares que pusessem fim às ameaças de esquerdização do governo e para controlar a crise econômica do país.  Rola rolo daqui, rolo dali, o país pegava fogo. E o tal de Castelo Branco, quem seria? Informação que os jornais ainda ficavam devendo aos seus leitores. Até o dia em que um “foca” (como eram chamados os estagiários) entrou no DPD do JB, no instante m que o Felisberto falava ao telefone com o editor de Política.

Ao ouvir a conversa entre o Felisberto e o colega, e escutar o nome Castelo Branco, quando o próximo saiu do telefonema, o “foca” disse-lh: “Tenho uma tia que é vizinha, amigona desse novo presidente. Ele toma café na casa dela, ela na dele, vão à missa juntos. Inclusive,  já deixei a tia na casa dele. E só não digo que ela anda beliscando a tia porque parece um véi muito bola murcha”.

Reprodução de https://imagohistoria.blogspot.com/ditadura-militar


 Imagine! O cara derruba um governo e um “foquinha” o considera bola-murcha.

 – O quêeêêêê! - exclamou o Felisberto, desvairado e ordenando: “Saia daqui, urgente, vá à casa da sua tia e arranque dela tudo o que ela sabe sobre o homem”.

  Rola o balanço das horas O fechamento do Jornal do Brasil caminhava para o final, com o editor-chefe - Alberto Dines - insatisfeito e considerando incompleto o noticiário do dia sobre o novo governo. Naquele instante, Murilo Felisberto chegou, entregando-lhe texto produzido com a ajuda do “foca”, contando quem era Castelo Branco – festa na redação. O JB iria furar o Supemeo Comando da Ditadura.

 OBS:  esta história me foi contada pelo jornalista Tarciso Holanda, que trabalhara no JB por aquela época revolucionária. Ele contou-me, também, ter negociado com os militares para não matarem o redator (do JB) Fernando Gabeira, preso como subversivo. Mas isso é assunto para uma outra coluna











 

 

domingo, 27 de outubro de 2013

ANIVERSARIANTE - PRESIDENTE LULA

Vários cronistas esportivos apaixonadamente cruzmaltinos tentam emplacar os presidentes (da república) Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck e João Goulart como torcedores da “Turma da Colina”, o que nunca foram.
Segundo o fiel escudeiro do JK, o coronel Heliodoro, seu amigo torcia pelo América Mineiro, mas, em público, dizia-se atleticano, por motivos políticos, isto é, queria aparecer do lado da maior torcida do futebol de sua terra. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, era torcedor botafoguense.
De sua parte, João Goulart, o gaúcho Jango não só torcia, como fora zagueiro no time juvenil do Internacional. No Rio, também era botafoguense. Quanto a Getúlio, este era malandro. Tirava o máximo proveito que pudesse da popularidade dos esportes. Embora o general Garrastazu Medici levasse a fama, o "Seu Gegê" foi muito mais fundo nessa. Segundo um sobrinho dele, o cartola/jornalista/poeta Vargas Neto, ele o tornara vascaíno. Pode até ter sido de fachada. Getúlio manteve um bom relacionamento com o pessoal do Vasco, e até compareceu a festa junina em São Januário. Mas jamais declarou-se torcedor.
De sua parte, Luiz Inácio Lula da Silva, 35º presidente canarinho – de 1º de janeiro de 2003 a 1º de janeiro de 2011 – sempre declarou-se vascaíno e corintiano. Em seu tempo de metalúrgico, ele pegava o ônibus e ia ao estádio, torcer das arquibancadas paulistas. Só não disse se já fez isso também no Rio. Lula nasceu em Caetés, distrito de Garanhuns-PE, em 27 de outubro de 1945.
O “Kike” viu esta interessante charge, de Jorge Braga, no jornal  “O Popular”, de Goiânia, e colou um escudo do glorioso Club de Regatas Vasco da Gama onde havia uma moeda, já que o desenho ligava-se à situação do “real”, o dinheiro brasileiro. Também, acrescentou na camisa a faixa diagonal com a cruz da Ordem de Cristo, para deixá-lo cruzmaltino. Agradecimentos pela reprodução ao cartunista, um dos mais famosos de Goiás, e ao diário mais lido da capital goiana.

sábado, 26 de outubro de 2013

A FOTO DO DIA - ADÃO E DINAMITE



Cláudio Adão e Roberto Dinamite pintaram e bordaram dentro da área dos adversários. Quando não balançavam as redes, tiravam o sossego dos zagueiros e goleiros, que preocupavam-se com a sua aproximação. Se não marcavam, davam uma de garçom, entregando a bola, de bandeja, para um companheiro sair pro abraço.
 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O GRANDE ESPETÁCULO DE IPOJUCAN


“Entrem todos; venham ver  o maior espetáculo da terra; venham assistir ao incrível; o grande mágico; o maior malabarista de todos os tempos; venham todos conhecer o filho dileto dos deuses; conheçam  de perto o famoso, o insuperável, o grande ‘globe-trotter’ Ipojucan”.
Um  meia que tem isso escrito sobre ele, precisa de quê mais no futebol? Foi assim que o repórter Geraldo Borges, pelo Nº 800 de “Esporte Ilustrado”, comparou a atuação de Ipojucan, durante a vitória do Vasco, por 3 x 0, sobre o São Cristóvão, no domingo dia 6 de agosto, pelo Campeonato Carioca de 1953, quando o homenageado marcou um gol, no casa do adversário – Pinga e Sabará completaram o placar.
O jornalista ficou tão impressionado com a atuação do avante, ao ponto de afirmar que “o espetáculo dominical exigia um desses arengadores, para lhe enaltecer as virtudes”. Arrengador? Sim! O cara que propagandeia o show na porta do circo, do parque de diversões, etc. Pois Ipojucan fez o escriba sentir de perto “a arte e a ciência de jogar futebol; ditar cátedra; ensinar futebol, douto, com toques de autêntica arte coreográfica”. 
“Vitória cômoda do Vasco” foi o título da matéria, com o subtítulo “Ipojucan foi um espetáculo à parte”. Está na página 13, acompanhada por quatro fotos clicadas por Alexandre Miranda, uma delas mostrando o time posado, no qual o craque que fez da bola uma vara mágica para as suas artes inacabáveis, é a figura central do agachado ataque.
Ipojucan está no centro do ataque e se destacava, também, pela altura
 Conta o texto que Ipojucan, aos 19 minutos, deixou Pinga na cara do gol, par abrir o placar.  Seis minutos depois, foi a sua vez de comparecer ao filo, batendo para o alto, da direita, do bico da grande área. “O couro subiu e, como que tocado por oculta mão, desceu, repentinamente, no ânulo direito do arco são-cristovense”, escreveu Geraldo Borges, descrevendo, ainda, que o terceiro tento saiu, aos 28 minutos da etapa final, quando Pinga lançou e Sabará finalizou.
Ao final da matéria, à página 18, o repórter sugeriu que Ipojucan fosse proibido de jogar futebol. Para ele, estava com adiantado no tempo. “Dez anos de adiantamento, no mínimo”.  


  

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

VASCO DA GAMA 3 X 2 GOIÁS


Vasco priorizou a luta para sair da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e escalou um time recheado de reservas para encarar o Goiás, hoje à noite, no Maracanã. Mesmo valendo vaga às semifinais da Copa do Brasil. Venceu,a pro 3 x 2, mas não se classificou, porque adversário marcou mais gols fora de casa – venceu, por 2 x 1, no jogo de ida, em Goiânia.
Os gols vascaínos foram marcados por Thalles (2), no primeiro tempo, quando a rapaziada colocou dois tentos de frente, e por Willie, perto do final da segunda etapa. Na primeira fase, ao Vasco teve um gol legítimo, anulado pela arbitragem.
OS GOLS CRUZMALTINOS: aos dois minutos, em jogada pela lateral direita, Fagner cruzou na medida para Thalles dominar a bola e bater para a rede: Vasco 1 x 0; aos 16, Thalles recebeu a bola na entrada da área, pela esquerda, foi para o meio e  bateu colocado, à esquerda, pelo alto: Vasco 2 x 0; aos 34a do segundo tempo, Willie recebeu ótimo cruzamento de Yotún e fechou o placar: Vasco 3 x 2.
                                                            CONFIRA  A FICHA TÉCNICA:
24.10.2013 (quinta-feira) - Vasco 3 x 2 Goiás. Copa doa Brasil. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Luiz Flavio de Oliveira (SP).  Público: 29.937 pagantes (mais de 31 mil no total). .Renda: R$ 439.900,00. Gols: Thalles, aos 2 e aos 16a,  e Hugo, aos 18 min do 1º tempo; Amaral, aos 10, e; Willie, aos 34 min do 2º tempo. VASCO: Alessandro; Fagner, Renato Silva, Luan e Yotún; Sandro Silva (Willie), Fillipe Soutto (Pedro Ken), Juninho e Jhon Cley (Marlone); Reginaldo e Thalles. Técnico: Dorival Júnior. GOIÁS: Renan; Vítor, Ernando, Rodrigo e William Matheus; Amaral, David, Eduardo Sasha (Júnior Viçosa), Hugo e Roni (Thiago Mendes); Walter (Welinton Júnior. Técnico: Enderson Moreira.
O Vasco voltará ao gamado, no domingo, para encarar a Ponte Preta, na paulista Campínas, a partir das 16ha, pelo Campeonato Brasileiro.
Juninho lutou muito, teve a chance de uma cobrança de falta, da entrada da área, ao final da partida. Não deu. (imagens reproduzidas de www.crvascodagama.coam.br). Agradecimentos.






 

ANIVERSARIANTE - DONIZETE 'PANTERA'


A arquibancada homenageou  o "Pantera" com uma bandeira
Na pia batismal da cidade paulista de Prados, em 24 de outubro de 1968, ele recebeu o nome de Osmar Donizete Cândido. Nos gramados, era o “Pantera”,  o atacante que mordia a rede do goleiro chorão e saía comemorando como se fosse o animal feroz.
 A galera se amarrava.
O “Pantera chegou à Colina no segundo semestre de 1997.  O seu grande momento com a jaqueta cruzmaltina foi na final da  Taça Libertadores-1998, no centenário vascaíno, quando marcou o gol que deu a vitória, por 2 x 1 (e o maior título do clube), diante do Barcelona, de Guyaquil, no Equador.
Com futebol impetuso, Donizete foi muito importante para os vascaínos eliminarem times fortes, durante aquela campanha, como o Cruzeiro-MG (nas oitavas),   Grêmio Porto-Alegrensea-RS (nas quartas) e o argentino River Plate (nas semifinais. Na primeira partida das finais, em São Januário, o “Pantera” deixou a sua marca, durante os 2 x 0 sobre o "Barça" equatoriano. Por sinal, nos dois jogos, ele e Luizão foram os “matadores”.
O sucesso com a camisa cruzmaltina – 30 jogos e oito gols, entre 1997/1999 – levou Donizete a ser convocado, pelo treinador Mário Jorge Lobo Zazgallo, para os jogos  preparativos da Copa do Mundo de 1998, na França. Amado pela torcida, ele ganhou, dos "arquibandos", uma bandeira com o seu símbolo animal, o que foi divulgado, pela Internet, por www.globoesporte, ao qual agradecemos pela reprodução, que viz fazer a torcida vascaína manter acesa a lembrança do antigo ídolo
 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O VENENO DO ESCORPIÃO - ODAIR JOSÉ, O 'TERROR DAS EMPREGADAS DOMÉSTICAS'

 Em 1972, o Brasil apresentava estabilidade política, por conta de o presidente Emílio Garrastazu Médici permitir a direitistas radicais usar da repressão policial-militar contra opositores da Ditadura dos generais-presidentes, o que gerou a maior onda de repressão política da história do país.

  Tempo, também, do chamado milagre econômico, com o  Brasil apresentando índices de crescimento que chegavam 13% à virada do calendário. E época em que a indústria se expandia e as exportações agrícolas  geravam milhões de empregos, o que o Medici dizia serem conquistas do regime militar. Só que a tal prosperidade era muito mais causa da boa situação do quadro econômico externo, tanto que, quando a economia mundial desacelerou, o milagre brasileiro ruiu, deixando brutal concentração da renda nos bolsos dos ricos. Vieram pela frente grandiosas desigualdades sociais e aumento da pobreza, o que não permitia a nenhum pobretão sonhar - caso do cidadão Odair José.

 Vivente do então atrasadão interior de Goiás, Odair, no entanto, decidiu desafiar os tempos difíceis e foi para o Rio de Janeiro, querendo ser cantor, pois compunha e cantava desde 17 de idade. Passou fome, frio, dormiu na rua e tocou em inferninhos da Praça Mauá, até conhecer o cantor/compositor/produtor de discos Rossini Pinto, que gostou do que ouviu dele e o levou para a gravadora CBS (atual Sony Music).   

 Naquele mesmo 1972, Odair gravou “Eu vou tirar você desse de lugar”, em homenagem ao cantor baiano  Waldick Soriano que, ao fazer um show em um cabaré de zona meretrícia de Belém do Pará, apaixonara-se por uma “prima” e prometera-lhe tirá-la daquele lugar, o que cumpriu, casando-se com ela.

 Com “Eu vou tirar você desse lugar” vendendo muito bem, Odair José pode sair do meio da turma castigada pelo modelo econômico do Governo Médici e até frequentar shows de cantores da linha de frente da Música Popular Brasileira-MPB, como Nana Caymmi. E foi por ali que ele teve grande surpresa. Reconhecido por Caetano Veloso, este disse-lhe que gostaria de gravar, em dueto com ele, “Eu vou tirar você deste lugar”. E o apresentou a Dorival Caymmi, que, também dissera-lhe ter gostado muito da canção e afirmado ser ele o compositor que melhorar expressara o sentimento pelas ‘meninas velhas de guerra”.      

 Beleza! Mas foi em 1973, Odair José compôs o seu maior sucesso (e dilema): letra em que o cara pede à parceira parar de tomar a pílula e terem um filho. Em dois dias no mercado, o disco esgotou-se, as rádios o tocavam insistentemente e os líderes das paradas de sucesso, Roberto Carlos e Agnaldo Timóteo, ficaram para trás.

 Sucesso chegado aos ouvidos da Ditadura, imediatamente, o disco foi proibido, pois o Governo apoiava um programa de controle de natalidade, pelo Nordeste e recebia pressões dos laboratórios multinacionais. De sua parte, Odair José enfrentava até amaças de acabarem com a sua vida. Com medo de cumprirem o que prometiam, fugiu do Brasil e escondeu-se na inglesa  Londres.

 Quando a coisa esfriou, Odair voltou às terras brazilis e soube que “La Pílula” fizera grande sucesso por toda a América Latina - até ser proibida, também, por pressões dos laboratórios multinacionais.

 Tempinho depois, por meio de um amigo do general Golbery do Couto e Silva, a chamada “Iminência Parda do Governo, Odair conseguiu ser recebido pelo homem, de quem esperava uma ajudinha para liberar o seu grande sucesso. Levou um chá de cadeira e foi despachado, em menos de 30 segundos, ao ouvir: “A sua música está proibida e assim vai continuar” – e mandou-o sair da sala.

 Odair José teve outros problemas com a Censura da Ditadura, pois ele era o cantor das empregadas, prostitutas, homossexuais, bissexuais, cornudos, lésbicas e afins, enquanto o Governo era o grande defensor do moral e dos bons costumes. Bem como a Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana.        

 Quando o regime militar dos generais-presidentes transitava pela “abertura lenta e gradual”, de Ernesto Geisel, e seu sucessor, João Figueiredo, avisava que mandaria “prender e arrebentar” quem fosse contra, sem que ninguém esperasse, o Governo liberou “Pare de tomar a pílula”, em 1979 - ainda bem (para Odair José), pois Sidney Magal já estava ali na esquina dizendo para Sandra Rosa Madalena: “O meu sangue ferve por você”.  

  

terça-feira, 22 de outubro de 2013

ANIVERSARIANTE - AUGUSTO

A data de hoje tem duas certidões de nascimento de quem viajou pelo “Expresso da Vitória”, a máquina vascaína que foi uma das mais fortes do mundo: Augusto. Jogava pelo lado-direito, uma lateral nos dias atuais, e foi o capitão da equipe. 
O coroão Augusto (E) junto a Oswaldo e o então novato Bellini
AUGUSTO DA COSTA foi um carioca que viveu entre 22.10.1920 e 01.03.2004. Esteve vascaíno de 1945 a 1953. Por fazer parte da Polícia Especial do Exército, gostava de comandar. Mas já era líder desde os seus inícios de carreira, no time do São Cristóvão, do qual o Vasco lhe tirou, graças ao seu grande espírito de luta, que o levou a capitão, também, da Seleção Brasileira das temporadas de 1948 a 1950, quando foi vice-campeão da Copa do Mundo.
Augusto não chegou a ser um “canarinho”, pois, em seu tempo de “scratch” nacional  as cores usadas eram o azul e o branco. Como alviazul, fez 20 jogos, vencendo 14, empatando três e perdendo outros três. Mesmo não sendo costume os defensores de sua época marcarem gol, ele deixou uma bola na rede, no jogo em que o selecionado brasileiro goleou o peruano, por 7 x 1, em 24 de abril de 1949, em São Januário, pelo Sul-Americano patrocinado pela então Confederação Brasileira de Desportos. Seu tento foi o segundo da partida, aos 16 minutos, e o time, dirigido por Flávio Costa, foi: Barbosa Augusto e Wilson (trio vascaíno); Ely, Danilo (também vascaínos) e Noronha; Tesourinha, Zizinho, Octávio (Ademir Menezes, outro cruzmaltino), Jair Rosa Pinto (Orlando) e Simão.   
Colecionador de faixas, entre outras, Augusto foi campeão carioca em 1945/47/50/52; sul-americano de clubes campeões-1948 e do Torneio Municipal-1945/1947. Pelo Brasil, levantou a Copa Rio Branco-1947 e o Sul-Americano-1949.
 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

ANIVERSARIANTE - EDSON BORRACHA

                 
  Edson Borracha ainda não era cruzmaltino quando foi convocado para disputar a posição com o botafoguense Manga e o palmeirense Valdir, na Seleção Brasileira. Edson Luiz de Carvalho, o Borracha, mineiro nascido em Tarumirim, em 21 de outubro de 1941, jogou, também, por Fluminense (1962/1966); Nacional (1972/1973), Paysandu (1973/1974) e Anapolina (1979/1980). Foi parar no Vasco, em 1966, após uma excursão do Fluminense ao Norte do país. Em um jogo em Belém, desentendeu-se com o zagueiro Valdez e foram aos tapas.  Na volta ao Rio, foi trocado pelo zagueiro Caxias, além de o Vasco pagar mais Cr$ 1 milhão de cruzeiros.
Edson Borracha começou a aparecer quando o lendário Carlos Castilho precisou fazer uma cirurgia de amídalas. Campeão carioca de aspirantes, em 1964, o substituiu e fez o nome, em um jogo do Torneio Rio-São Paulo, contra o Corinthians, defendendo um chute do goleador Flávio, da marca do pênalti, rumo a um dos ângulos da sua baliza. Ele pulou e foi buscar a bola, caindo com ela segura. Aplaudidíssimo, começou a armar o caminho da Seleção. Em um dos treinos canarinhos, Edson protagonizou defesa idêntica, em chute de Gerson.
No Vasco, Edson Borracha estreou com zaga formada por Ari, Brito, Ananias, e Mendez. Durante as suas duas temporadas em  São Januário,  jogou nestas formações-bases: 1966: Edson Borracha (Amauri), Ari (Joel/Mendez),Brito, Fontana (Ananias) e Oldair; Maranhão (Alcir) e Salomão (Danilo Menezes/Lorico); Nado (Luizinho Goiano/William), Célio (Acelino) Madureira (Picolé/Paulo Mata) e Zezinho (Tião). Em 1967:   Franz (Édson Borracha/Pedro Paulo), Jorge Luís, Brito (Sérgio), Fontana (Álvaro) e Oldair; Salomão (Paulo Dias) e Danilo Meneses; Nei (Nado, Zezinho), Valfrido (Paulo Mata), Adílson (Paulo Bim) e Silva (Tião/ Luisinho).
 

domingo, 20 de outubro de 2013

NA RAÇA: VASCO 2 X 2 BOTAFOGO

Quando não é o zagueiro Cris, é o goleiro errando. Hoje à noite, no Maracanã, Diogo Silva cometeu duas falhas imperdoáveis para um atleta profissional, tirando do Vasco a chance de vencer o Botafogo. No primeiro lance, deu um tapinha na bola para o miolo da área; no segundo, não a segurou, em um chute comum, oferecendo rebote para o adversário bater de frente para o gol e marcar. Isso tudo em  apenas cinco minutos de bola rolando.  
Com o empate, por 2 x 2 o Vasco foi a 33 pontos, ainda na zona de rebaixamento. Seus gols foram marcados por Jomar, durante cobrança de escanteio, batido por Juninho Pernambucano,  da direita do ataque, e por Pedro Ken, em novo lance iniciado com escanteio cobrado pelo "Reizinho".
CONFIRA A FICHA TECNICA - 20.10.2013 (domingo)  Vasco 2 x 2 Botafogo. Campeonato Brasileiro. Estádio:  Maracanã-RJ; Juiz: Wilton Pereira Sampaio (GO). Renda: R$ 518.430,00. Público: 15.152 presentes. Gols:Dankler, aos 5, e Lodeiro, aos 6 min do 1º tempo;: Jomar, aos 8, e Pedro Ken, aos 23 min do 2º  tempo. VASCO: Diogo Silva; Nei, Cris, Jomar e Yotún; Sandro Silva (Wendel), Fillipe Soutto (Thalles), Pedro Ken e Montoya (Juninho Pernambucano); Marlone e Willie
Técnico: Dorival Júnior. BOTAFOGO: Jefferson; Edilson, Dankler, André Bahia e Lima; Lucas Zen, Gegê, Lodeiro, Octávio (Renato) e Hyuri (Daniel); Sassá (Bruno Mendes). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
OBS; Vasco e Botafogo já se enfrentaram em 310 oportunidades, com 183 vitórias vascaínas e 93  empates. Os alvinegros ganharam  84. Na foto, antes do jogo, aquele abraço! Depois, rolou um clássico bem movimentado, mas pouco prestigiado pelos torcedores.

ANIVERASARIANTE –- FRIAÇA

 Albino Cardoso Friaça foi o autor do gol brasileiro na final da Copa do Mundo-1950, durante os desastrosos 1 x 2 de 16 de julho de 1950, no Maracanã, ante o Uruguai. Encerrada a maior tragédia nacional, o carinha ficou transtornado. Ele já era jogador do São Paulo, mas foi parar em São Januário. Não sabe como e nem porquê. “Não consigo atinar com quem me levou, ou como fui parar por lá. Meu carro ficou no Vasco, minhas coisas também. É um mistério que não consigo compreender”, contou à “Manchete Esportiva” Nº 157 de 22 de novembro de 1958.
Friaça tinha em Jair Rosa Pinto o seu protótipo de atleta profissional. “Ao Jair devo bastante do que sou. Procurei sempre guiar-me por ele, e ser como ele foi”, revelou ele, para quem esta seria a Seleção Brasileira de todos os tempos: Barbosa, Augusto e Domingos da Guia; Zito, Danilo Alvim e Nilton Santos; Tesourinha, Zizinho, Ademir Menezes Jair Rosa Pinto e Carrero
PELADEIRO - Friaça rolava a sua bolinha no futebol amador de Carangola, em Minas Gerais, sem sonhos nada mirabolantes. Como em toda cidade de interior, a vida corria tranquila para seus munícipes, em 1942, sem nenhum prenúncio de grandiosas novidades. Até 1943 chegar. Naquele ano, correu a notícia pela pacata cidade: o Vasco da Gama queria levar o melhor atacante da terra. E levou.
Friaça desembarcou em São Januário e mostrou que sabia muito mesmo daquele negócios de bola no pé . E na rede. Comprovou o que dele se falava. Tanto que o São Paulo, ao precisar de um sujeito que colocasse a pelota pra dentro, apresentou um checão polpudo aos cartolas da Colina e o carregaram, em 1949. Friaça, porém, era um vascaíno. Dois anos depois estava de volta. Ficou até 1952, quando foi emprestado a um outro time com uma camisa quase igual, a Ponte Preta, de Campinas. Passou três anos servindo à Macaca, até mudar de lado, o do maior rival dela, o Guarani.
Como vascaíno, Friaça serviu à Seleção Brasileira no Sul-Americano de 1947 e na Copa Rio Branco de 1948. Em 1949/50, vestiu a farda do selecionado paulista. De 1950, garantia: “Se, naquela época, eu estivesse melhor de finanças, se tivesse alguma coisa firme... teria deixado de jogar. Nunca mais entraria num campo de futebol”.
ÚLTIMA ENTREVISTAS - Foram 191 jogos e 106 gols com a camisa do Vasco. Porque tanto amor ao Vasco? "Porque é o meu time". Respondeu-me Friaça,  da última vez em que falou com um jornalista. Foi em 1º de julho de 2007, em sua casa de Porciúncula-RJ. Nascido naquela cidade, em 20 de outubro de 1924, Friaça viveu 84 anos, casou-se com Maria Helena e gerou os filhos Ronaldo, Rogério e Maria Inês.
Se dependesse da vontade dos pais fazendeiros – Albino Ferreira Cardoso e Ignez Friaça Cardoso – o garoto Albino teria sido médico, advogado ou engenheiro. Só que, o que ele queria mesmo era chutar uma bola, fosse de meia, bexiga de boi, ou até uma laranja. Matava aulas pra jogar. Não perdia os treinos do Fluminense, o melhor time de sua terra, no qual ingressou, como juvenil. Aos 10 anos, parrudinho,já jogava entre os meninos maiores.
E já que o garoto Albino não queria ser doutor, mas jogador de futebol, seus pais o internaram no ginásio de Carangola-MG. Chutaram pra fora, pois a escola tinha o seu time. Pouco depois, ele já vestia a camisa do Ipiranga carangolense, time no qual o Vasco o descobriu. Mas, como era época de provas, ele só pôde ir para São Januário após os exames escolares, tendo ele sido contratado, após um mês de testes, na categoria "não-amador", isso, em 1943. Jogou uma vez pelo quadro profissional.
Em 1945, Friaça esteve emprestado ao Botafogo, para uma excursão ao Chile. Tinha 21 anos e os alvinegros tentaram aliciá-lo. Preferiu, porém, profissionalizar-se pelo Vasco. .
CENTER-FORWARD - Foi jogando pela ponta-direita, na Copa do Mundo de 1950 que Friaça entrou para o imaginário nacional. Pelo "scratch nacional", entre 1948 e 50, fez 12 jogos um gol, este a um minuto do segundo tempo, na final, contra os uruguaios, que viraram o placar, para 2 x 1, no dia 16 de julho, o dia do "Maracanazo", como apelidaram os uruguaios. "E nem viu nada, depois, com tanta gente pulando em cima dele, pra comemorar", contam velhos amigos, como os artistas Ricardi de Paula (plástico) e Eponina Sanches (artesã), o mestre jongueiro Joaquim Raimundo, e os pediatras Leonardo Medeiros e Carlos Porto, nos papos com visitantes, no principal ponto de encontro de Porciúncula, a Praça Antônio Amado.
"Seu Friaça" era um eterno ídolo pra sua gente, nome de estádio, garoto-propaganda da terra, divulgado até em caixas de fósforos. Quando o visitei, Ronaldo me alertou de que seu pai sofrera um início de derrame, em 2005. Logo, poderia "variar" durante a conversa. E aconteceu, quando lhe indaguei sobre o lance do seu gol contra a Celeste. Por aquele tempo, pelas manhãs, ele fazia fisioterapia e voltava pra casa, cansado, para se esticar em uma cadeira-cama. Foi ao lado dela que conversamos, auxiliados pela sua mulher.
Com a ajuda dos filhos, Dona Helena, aos 76 anos, gerenciava três lojas de materiais de construção, que a família Friaça mantinha em Porciúncula, Itaperuna e Campos. Segundo ela, o ex-atacante vascaíno começou a se debilitar, a partir de 1990,quando perdera o filho Ricardo, aos 33 anos, durante um acidente de voo livre.
Nos momentos de lucidez, com voz forte, como era seu chute, Friaça fazia questão de ressaltar que gostava de ser "center-forward", o camisa 9 do passado, o homem-gol, como fora na sua primeira grande disputa, o Torneio do Atlântico, logo após se profissionalizar.
Em 1947, ele exibiu-se na Europa, quando o Vasco foi à Lisboa, participar dos jogos comemorativos da centenária capital portuguesa. No entanto, foi em 1948, durante o Tornei dos Campeões Sul-Americanos, no Chile, que veio a sua consagração. Voltou campeão, marcando quatro gols em seis jogos – contra Nacional (URU); Municipal (PER) e Colo Colo (CHI). Jogou ainda, contra Litoral (BOL), Emelec (EQU) e River Plate (ARG). Aquilo não apagava em sua memória.
PIPOCAS NO FLAMENGO - O prestígio dos gols e do título no Chile valeram ao rápido atacante vascaíno, que encantara o técnico Flávio Costa, a convocação para a Seleção Brasileira que disputou, logo em seguida, a Copa Rio Branco-1948, no Uruguai, que ficou com o título, pior causa de 1 x 1 e 4 x 1. Friaça atuou pela meia-direita, sem ter, do seu lado, Ademir Menezes e Zizinho, os principais jogadores brasileiros, que estavam machucados. Pior, porém, acontecera antes. Contundira-se, num jogo, contra o América, ficando três meses em tratamento. Mas, quando recuperou-se, mandou duas "pipocas" nas redes do Flamengo, dentro da Gávea, nos 5 x 2 de 30 de novembro de 1947, com mais dois gols de Maneca e um de Lelé.
Quem chegar no quiosque da praça central de Porciúncula e puxar papo sobre futebol, ouvirá, sempre, os amigos de Friaça contarem que o conterrâneo marcou dez gols em dez jogos, durante uma excursão do Vasco, ao México. No linguajar antigo deles, o ex-atleta vascaíno fora "um admirável dominador da pelota, com chute estudado, matemático, de efeito retardado, sempre surpreendendo a cidadela rival".
DOIS AMORES - Em março de 1949, o Vasco negociou Friaça, como São Paulo. Foi quando ele formou um ataque fantástico, com Ponce de Leon, Leônidas da Silva, Remo e Teixeirinha. Foi campeão paulista e artilheiro, com 24 gols. Dois anos depois já estava de volta à Colina. "Amor como aquele, só igual ao que tem pela Dona Helena", brincava Rosa, a empregada. "Ficamos noivos em 1948, relembrou Maria Helena. "Seu Friaça disse que gostava dela, desde 1936", entregava a empregada.
O amor por Maria Helena foi eterno. Já o casamento com o Vasco terminou em 1957, quando Friaça voltou ao futebol paulista, em final de carreira, para defender o Guarani, de Campinas, do qual foi, também, treinador. No entanto, o que valia mesmo para ele eram fatos como ter marcado o gol da vitória do Vasco, sobre o Madureira (2 x 1), fora de casa, na última rodada do Campeonato Carioca de 1947, garantindo o título, invicto. E ter sido passageiro do "Expresso da Vitória", a máquina cruzmaltina, da década-40, "que não tinha adversários", mandando lenha, com seu poder de fogo municiado por Lelé, Friaça, Maneca, Ademir, Ipojucan e Chico.
A CARREIRA - 1943 a 1949 – Vasco da Gama; 1949 a 1950 - São Paulo; 1950 – Ponte Preta; 1951 a 1952 – Vasco da Gama; 1953 - Ponte Preta; 1953 a 1954 - Vasco da Gama; 1957 a 1958 – Guarani de Campinas.
TÍTULOS CONQUISTADOS PELO VASCO:- 1945 - Campeonato Carioca; 1946 - Torneio Relâmpago; 1946 - Torneio Municipal; 1947 - Torneio Municipal; 1947 - Campeonato Carioca; 1948 - Campeonato Sul-Americano de Clubes.
TÍTULOS PELA SELEÇAO BRASIELIRA: 1947 - Copa Rio Branco; 1950 - Copa Rio Branco; 1950 - Taça Oswaldo Cruz; 1952 - Campeonato Pan-Americano.
PRIMEIRA SELEÇÃO BRASILEIRA, EM 1948: Barbosa (Luis Borracha); Augusto, Nilton (Nena) e Rui; Danilo, Noronha; Cláudio, Friaça (Carlyle), Heleno de Freitas (Adãozinho) e Jair Rosa Pinto, Chico (Canhotinho). Técnico: Flávio Costa.
Friaça  passou duas vezes por São Januário. De 1944 a 1949 e 1951 a 1954. No espaço em que esteve fora do Vasco, defendeu o São Paulo, entre 1949 e 1951. Nascido em 20 de outubro de 1924, em Porciúncula-RJ, depois de sua segunda saída da Colina, Friaça ainda jogou pela Ponte Preta-SP, de 1954 a 1955.
 Pela Seleção Brasileira, foi vice-campeão disputando dois jogos, com duas vitórias, um empate e uma derrota. No total, vestiu a camisa do escrete nacional em 13 jogos, com oito vitórias, três empates e duas derrotas. Só marcou um gol, o da final da Copa de 1950.
Dos seus jogos pela Seleção, 12 foram contra equipes nacionais - sete vitórias, três empates e duas derrotas - e um contra clubes e combinados, saindo vitorioso. 

sábado, 19 de outubro de 2013

CORREIO DA COLINA - PEIXE CIUMENTO


"Este blog vive dizendo que Pelé é vascaíno. Sou santista e nunca ouvi o "Rei" falar disso. Acho que é.  Invenção. Não tem nada a ver Pelé com vocês. Inventem outra”  Marcelo Oliveira, Taguatinga-DF.
Marcelo! Foi ele mesmo quem falou. E várias e várias vezes. Recentemente, posou para fotos, com uma camisa cruzmaltina, dizendo na TV que o primeiro título da sua carreira fora ganho com aquela jaqueta, o que, aliás, nem é muito verdade, pois o Torneio Morumbi, que ele disputou pelo Combinado Vasco-Santos, não chegou ao final, devido o prejuízos financeiros que os patrocinadores vinham tendo, entre maio e junho de 1957. Além disso, Marcelo, os filhos sempre torcem para o time do pai, e tudo indica que Dondinho (pai de Pelé), fosse vascaíno. Tanto que registrou o seu segundo filho com o nome de Jair, a graça de um meia-esquerda da “Turma da Colina”, Jair Rosa Pinto. Na época, os desportistas do interior brasileiro só sintonizavam a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, dotada dos transmissores mais potentes da América do Sul, para fazer a propaganda do governo Getúlio Vargas. Dono de um dos times mais fortes do planeta, entre 1944 e 1952, o Vasco tinha uma grande torcida nacional, principalmente no interior de Minas, onde Dondinho morava, antes de ir para Bauru-SP.   

2 - "POR ONDE ANDA BISMARCK?" Pergunta Joaquim Sérgio dos Santos Filho, de Samambaia-DF.
 Pois bem, Quinca, este ex-meia-atacante que foi da “Casa” desde os tempos de infantil, quando entrou para o time de futebol de salão da Colina, atualmente trabalha como empresário de atletas, no Rio de Janeiro. De vez em quanto, pinta em São Januário, para matar a saudade dos velhos tempos.
Registrado como Bismarck Barreto Faria, o cara vestiu a jaqueta cruzmaltina, entre 1988 a 1993, tendo, antes disso, passado por todas as seleções nacionais de base. Promovido ao grupo principal vascaíno, em 1988, ajudou a rapaziada a buscar o caneco do bi estadual. Na temporada seguinte, colocou a faixa de campeão brasileiro, ao lado de Bebeto, no ataque que o levou à Seleção Brasileira da Copa de 1990, na Itália. Em 1992, voltou a ser ganhador das temporada estadual no "ErreJota", daquela vez, invicto.
Assim, convenhamos que ter sido o bom de sua terra, em 1987/88/92/93, e brasileiro, em 1989, foi até pouco para este garoto nascido em São Gonçalo-RJ e que balançou as redes em 112 vezes, em 319 jogos em nome da patota da Rua General Almério de Moura. Além de ter disputado 15 compromissos e marcado um tento pela seleção canarinha, em 23 de julho de 1989, em Brasil 1 x 0 Japão, amistosamente, em São Januário, perante 2.174 pagantes. Arnaldo César Coelho apitou e o treinador Sebastião Lazaroni escalou: Taffarel (Zé Carlos); Mazinho (Josimar), Mauro Galvão, Aldair, André Cruz e Branco (Edivaldo); Dunga (Alemão), Valdo (Silas) e Bebeto (Renato Gaúcho); Romário (Bismarck) e Careca (Tita/Cristóvão).   








2 - POR ONDE ANDA BISMARCK?
 
 

  

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A GRAÇA DA COLINA - VASCONCELOS

 Um dos chargistas que fizeram o Brasil sorrir, nos tempos em que a revista  “O Cruzeiro” era a que mais vendia no país, na década-1950, o paraibano Luzardo Alves fez a graça, também, nas páginas da “Revista do Esporte”. Foi perto do final da vida desta publicação carioca, quando ele assinava “bola ao quadrado”, titulada com letras minúsculas, por se tratar só de “bolas fora” da rapaziada que fazia o futebol brasileiro.
Nesta tirinha que você curte aqui no “Kike” e que circulou na “RE” Nº 533, de 24.05.1969, Luzardo apresenta dois personagens de nomes sugestivos, o gozador botafoguense “Zé Foguinho”, mexendo com os fios do bigode do “Vasconcelos” vascaíno, em um momento do Campeonato Carioca em que os goleiros Valdir Apple e Pedro Paulo estavam complicando a vida da “Turma da Colina”. Para quem não viveu o futebol do passado, vale contar que Valdir chegou a fazer um gol contra, em 16 de março de 1969, no jogo Vasco 1x 1 Bangu, diante de 50.443 pagantes, no  Maracanã.
Perto do final do primeiro tempo, o centroavante banguense Dé bateu forte para o gol. Valdir defendeu, rodopiou e atirou a bola para dentro de sua rede. Foi a primeira vez que o árbitro Arnaldo César Coelho validou gol de goleiro.

Naquele dia, a partida rendeu  NCr$ 87.618,00 (novos cruzeiros, a moeda da época) e o gol vascaíno foi marcado por Adílson, irmão do antigo ídolo Almir Albuquerque. O treinador era outro antigo ídolo, o atacante Pinga, campeão carioca em 1958. O time jogou assim:  Valdir; Fidélis, Brito, Fernando e Eberval; Alcir e Buglê (Benetti); Nado (Acelino), Adilson, Valfrido e Silvinho.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

HISTÓRIAS DO FUTEBOL CANDANGO. O BARBEIRO-BOLEIRO PRESIDENTE TIM

       “Amar a Deus sobre todas as coisas e, depois, o Gama, que já nasceu grande”


Esta era a frase que o presidente da Sociedade Esportiva do Gama, Herminio Fereira Neves, mais gostava de falar. Mas o Gama  nem sempre o amou. Um dia, o abandonou, o afastou por completo de sua vida, como veremos adiante.

 Mineiro, nascido (02.04.1926) em Rubim, a 784 quilômetros de Belo Horizonte, como todo garoto brazuca, ele foi mais um dos “tantos muitos” que jogavam futebol pelas ruas de sua cidade e de Almenara, por onde também passou, aos 15 de idade. O apelido surgiu porque diziam que ele queria ser o (driblador) Tim (Elba de Pádua Lima), que defendera a Seleção Brasileira da Copa do Mundo-1938. “Tim era, também, mais fácil para a molecada falar do que Hermínio”, achava.

 Nas peladas de rua e em seu primeiro time organizado, o Iguaçu, de Araçuaí, na região do Vale do Jequitionha, ele rolava a bola em qualquer posição do ataque, até que pintou em um time maior, o Atlético, de Teófilo Otoni. Depois, achou que tinha bola para encarar o Atlético Mineiro, e tentou. Mas uma forte pancada em um dos pés acabou com o seu sonho de ser um ídolo da torcida do Galo (apelido dos atleticanos) aos 25 de idade.       

Em 1961, o desiludido (com o futebol) Tim resolveu tentar a vida em Brasília, da qual muito ouvia falar, sobretudo das oportunidades de emprego. Como aprendera o ofício de barbeiro durante o tempo em que não podia rolar a bola, veio trabalhar na Cidade Livre (hoje, Núcleo Bandeirante). “Depois, na (SQS) 306 Sul (Salão Ceará) e no Supremo Tribunal Federal-STF, sempre cuidando de cabelos, barbas e bigodese”  - e só falando de futebol com os clientes, lembrava.

Tim reproduzido do Jornal de Brasília

Como a grana que ganhava era curta, o sempre durão Tim foi residir na cidade satélite do Gama, onde, curado da lesão em um dos pés, chegou a jogar pelo time do Gaminha. Tempinho depois, embora bem enturmado no ambiente futebolístico da cidade satélite, ele desentendeu-se com os diretores do Gaminha e, em 14 de fevereiro de 1965, juntou-se a outros dissidentes para formar o Minas Atlético Clube, que disputou vários torneios da cidade sem nunca carregar um caneco.    

 Após juntar algumas economias, para ficar mais perto do emprego, o cansado (de pegar ônibus lotado) Tim mudou-se para o Cruzeiro, em 1966, mas não se desligou dos ares boleiros do Gama dos finais de semana. Nove temporadas se passaram e, quando a FMF se mexeu para promover o seu primeiro campeonato de futebol profissional, um animado Tim reuniu a diretoria do gamense Minas e propôs criar o primeiro clube do setor em uma cidade satélite de Brasília. Proposta aceita, ele pediu audiência ao administrador regional da cidade, Walmir Bezerra, para pedir apoio, o que lhe foi prometido, desde que mudasse o nome do Minas Atlético Clube, para Sociedade Esportiva do Gama, ficando com a sigla SEG, a do  órgão ao qual o administrador era lotado-Secretaria de Governo.

 Saído do gabinete do administrador do Gama, um mais do que animado Tim marcou com os amigos Antônio José Gonçalves, Antônio Domingos de Aguiar, José Rafael de Aguiar, Luiz Alberto Brasil de Carvalho, Palmiro Bueno Nogueira Barros, Esmerindo Valeriano da Silva e Otacílio Nascimento de Freitas fundarem a Sociedade Esportiva do Gama, no 15 de novembro de 1975 – e fundaram.

Clube na praça, a segunda ideia do Tim foi ter por escudo o desenho de uma coluna do Palácio da Alvorada, a residência do presidente da república. “O meu pensamento era homenagear Brasília por um símbolo da (arquitetuar) da cidade”, explicou ele, que havia tirado empréstimo bancário para os gastos inicais de regularização do clube no profisisonalismo. 

Tim foi sincero com os primeiros atletas a assinarem contrato com o Gama, em um prédio sobre a loja dos Móveis Guará – prometido um salário-minimo mensal (Cr$ 800 cruzeiros, a moeda da época): “O clube não tem condições de pagar nada. Se conseguir alguma renda em seu jogos, divido tudo  com vocês, e dividi, afirmou ele que disse mais: “Algumaas vezes, para não deixar a moçada tão decepcionda, eu e os outros diretores tiramos o pouco que tínhamos nos bolsos e passamos para eles. Fizemos o que pudemos”.  

Bola rolando no nascente futebol profissional candango, o Gama foi o pior time das primeiras disputas. Levou goleadas durante uma competição experimental –Torneio Imprensa – e só venceu uma partida do I Campeonato Brasiliense de Futebol Profissional.

Por ter nível cultural baixo, o Tim foi pressionado a deixar a presidência do Gama, como contou: “O doutor Walmir (Bezerra, administrador regional da cidade do Gama) para  nos dar apoio, pediu mudança no nome (do clube, de Minas Atlético Clube para Gama). Depois, pra eu deixar o comando (do time) e indicou o seu principal assessor (Márcio Tanus de Almeida) para o meu cargo (de presidente do Minas AC). Fiquei chocado, porque eu havia me sacrificado muito para o Minas representar a cidade (do Gama) no campeonato (de profissionais). Havia deixado um cheque, com o doutor Wilson de Andrade (presidente da FMF), para garantir a filiação (do Minas), e tirei empréstimos, de Cr$ 7,5 mil cruzeiros, na Caixa Econômica Federal, na CAPEMI (caixa de pecúlio de militare) e no IPASE (instituto pensionista de servidores públicos). Levei mais de um ano pagando tudo, do meu bolso, com desconto em folha salarial (no Supremo Tribunal Federal”.

Tudo isso aconteceu porque o Tim foi uma festa no clube gamense Opromeso e ouvido do Sargento Walter (como era conhecido nos meios futebolísticos do Gama) que o seu time, o Flamenguinho, iria representar a cidade no campeonato de profissionais da FMF (em 1976). “Não aceitei aquilo, pois o time dele era recente, enquanto o meu rolava a bola há 13 anos. Me apressei, para o Minas, que eu havia fundado, em 1962, não perder aquela chance, pois tinha história, desde que consegui autorização da administração regional  para fazer o camp onde a moçada treinaria, atrás de um supermercado no Gaminha (setor assim chamado n cidade do Gama). Com a nossa primeira rapaziada, disputamos vários torneios do Departamento Autônomo da Federação. Tinha de ser a gente”, defendeu.       

                   Tim deixou a Sociedade Esportiva do  Gama em 20 de junho de 1976. Em 1978, o símbolo que ele havia criado para a camisa alviverde foi trocado por um desenho riscado pelo arquiteto da Administração Regional, o baiano Alberto Farah, que bolou algo que lembrasse uma mão segurando uma bola, parodiando com o símbolo do Brasília Esporte Clube (pé em movimento chutando uma bola) e o da Copa do Mundo da Argentina-78. Enfim, nada que que lembrasse o fundador, ficou no clube que ele fundou e do qual lembrava: “Deus tem quatro letras e o Gama, também”. 

Tim reproduzido do Jornal de Brasília

Passado dos 70 de vida, o Tim residia em Sobradinho, tendo dificuldades para pagar o seu aluguel. Então, mordia uns trocos em uma barbearia da Quadra 8, ‘também, para espantar a solidão”, dizia, acrescentando que não tirava o ouvidos do rádio nos dias de jogos do Gama. Sentia saudades do volante Santana, jogador de chute forte, que sabia cadenciar o jogo e fazia gol, cobrando faltas, de longa distância.

 Longe do Gama, o fundador Tim só recebeu dois convites para voltar ao clube: dos presidentes Osvando Lima (em 1980), “para presidir (simbolicamente) uma reunião de diretoria” e de Wagner Marques (em 2000) para participar das comemorações dos 25 anos do clube’, lembrava.