Vários cronistas
esportivos apaixonadamente cruzmaltinos tentam emplacar os presidentes (da república)
Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck e João Goulart como torcedores da “Turma
da Colina”, o que nunca foram.
Segundo
o fiel escudeiro do JK, o coronel Heliodoro, seu amigo torcia pelo América
Mineiro, mas, em público, dizia-se atleticano, por motivos políticos, isto é, queria
aparecer do lado da maior torcida do futebol de sua terra. Enquanto isso, no Rio de
Janeiro, era torcedor botafoguense.
De sua
parte, João Goulart, o gaúcho Jango não só torcia, como fora zagueiro no time juvenil
do Internacional. No Rio, também era botafoguense. Quanto a Getúlio, este era
malandro. Tirava o máximo proveito que pudesse da popularidade dos esportes.
Embora o general Garrastazu Medici levasse a fama, o "Seu Gegê" foi muito mais
fundo nessa. Segundo um sobrinho dele, o cartola/jornalista/poeta Vargas Neto,
ele o tornara vascaíno. Pode até ter sido de
fachada. Getúlio manteve um bom relacionamento com o pessoal do Vasco, e até
compareceu a festa junina em São Januário. Mas jamais declarou-se torcedor.
De sua
parte, Luiz Inácio Lula da Silva, 35º presidente canarinho – de 1º de janeiro
de 2003 a 1º de janeiro de 2011 – sempre declarou-se vascaíno e corintiano. Em
seu tempo de metalúrgico, ele pegava o ônibus e ia ao estádio, torcer das
arquibancadas paulistas. Só não disse se já fez isso também no Rio. Lula nasceu
em Caetés, distrito de Garanhuns-PE, em 27 de outubro de 1945.
O “Kike” viu esta interessante charge, de Jorge Braga, no jornal “O Popular”, de Goiânia, e colou um escudo do
glorioso Club de Regatas Vasco da Gama onde havia uma moeda, já que o desenho
ligava-se à situação do “real”, o dinheiro brasileiro. Também, acrescentou na camisa a faixa diagonal com a cruz da Ordem de Cristo, para deixá-lo cruzmaltino. Agradecimentos pela
reprodução ao cartunista, um dos mais famosos de Goiás, e ao diário mais lido da capital goiana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário