O 12 de outubro é dedicada ao "Dia da Criança". Então, digamos que a "infância" vascaína
no futebol foi nos seus primeiro tempos de bola rolando, pela Terceira Divisão
do Campeonato Carioca. Poderemos considerar a
"pré-adolescência" como tendo sido nos inícios da década-1920,
quando chegou à Primeira Divisão e foi bicampeão estadual, em 1923/1924. Foi quando
os rivais tentaram manobras malandras para segurá-lo. Mas não
conseguiram. Terminaram assistindo a uma história que virou referência
sociológica para própria história da formação social abrasileira. Afinal,
a criança de 1916 tornou-se um "adulto consciente" que não poderia
haver discriminação epidérmica, de saldo bancário, ou de histórico
familiar, para o praticante do “ludopédio” envergar a jaqueta de uma equipe.
Por isso, o Vasco chegou a, ancião, mais do que centenário, com alma de
criança.
Na "infançaça" vascaína o remo era o único esporte praticado pela "Turma da Colina" |
Em sua “infância”, o Vasco foi a
alegria dos adversários do Campeonato Carioca da Terceirona de 1916. Em nove
jogos, venceu só um e perdeu os outros oito. Não se considera o que ganhou do
Brasil-RJ, por W x O, pois este abandonou o a disputa antes do final. Assim, o
“Time da Colina” marcou 10 e sofreu 37 gols, sem ter nenhum atleta
expulso de campo. Um exemplo. Não desistiu com os primeiros insucessos e correu
atrás. Anote a vida do Vasco no “Jardim de Infância”: 03.05.1916 – Vasco 1 x 10
Paladino; 13.05 – 1 x 5 Brasil-RS; 28.05 – 0 x 4 Iacarhy; 14.06 – 2 x 4 Parc
Royal; 16.07 – 3 x 4 River; 03.09 – 0 x 2 Paladino; 07.09 – 0 x 0 Parc Royal;
22.10 – 1 x 4 Icarahy; 29.10 – 2 x 1 River; 05.11 – W x 0 Brasil-RJ.
Para marcar a data 12 de outubro, ainda
da "fase infantil vascaína", em 1918, a rapaziada de São Januário
venceu o Cattete (escudos), por 3 x 2, em um sábado, na Rua Paysandu, pela
13ª rodada do Carioca da Segunda Divisão. O Cattete Football Club, já extinto,
foi um dos filiados de menor expressão da Associação de Footeball do Rio de
Janeiro, que promoveu um dos dois Campeonatos Carioca de 1912 – o outro foi
pela Liga Metropolitana de Sports Athléticos-LMS –, em turno e returno, com
seis times e todos contra todos. Criado no bairro do mesmo nome,
adotou as cores azul e branco.
CALÇA CURTA -
Pulemos um pouquinho, para o que poderemos chamar de “pré-adolescência”, com
oito anos de futebol, temos, no 12 de outubro de 1924, Vasco
3 x 1 Palmeiras-RJ. Incrível! No Campeonato Carioca daquela temporada os
cruzmaltinos levaram a taça com 16 vitória em 16 jogos. Marcaram 46 e sofreram
nove gols. Na derrubada do também já inexistente Palmeiras, em um
domingo, na Rua Moraes e Silva, os gols foram de Gurkins (contra), Paschoal e
Russinho. Com arbitragem de Eduardo Pinto da Fonseca, o time treinado pelo
uruguaio Ramón Platero, alinhou: Nelson, Leitão e Mingote; Brilhante,
Claudionor e Arthur; Paschoal, Torterolli Rusinho, Cecy e Negrito.
VASCODAT: 12.10.1918 - Vasco 3 x 2
Cattete-RJ; 12.10.1924 - Vasco 3 x 1 Palmeiras-RJ;12.10.1930 - Vasco 3 x 2
Bonsucesso; 12.10.1937 - Vasco 2 x 2 Bangu; 12.10.1941 - Vasco 4 x 1 Madureira;
12.10.1947 - Vasco 2 x 1 Madureira; 12.10.1958 – Vasco 6 x 3 Canto do Rio;
12.10.1969 – Vasco 2 x 0 Botafogo; 12.10.1971 – Vasco 2 x 1 Rio Negro-AM;
12.10.1982 – Vasco 2 x 1 Bangu; 12.10.1991 – Vasco 3 x 0 Sogara-GAB; 12.10.1992
– Vasco 3 x 2 Campo Grande-RJ; 12.10.1993 – Vasco 3 x 1 Atlético-MG.
(foto dos remadores reproduzida do acervo da Fundação Biblioteca Nacional e dos futebolistas da contracapa do Volume-1 do livro "Club de Regatas Vasco das Gama, um Histórico", de José da Silva Rocha).
(foto dos remadores reproduzida do acervo da Fundação Biblioteca Nacional e dos futebolistas da contracapa do Volume-1 do livro "Club de Regatas Vasco das Gama, um Histórico", de José da Silva Rocha).
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