1 - O Vasco tentava devolver ao Santos os 1 x 5 do Torneio Rio-São Paulo-1961. Naquela década, era impossível, pois era o tempo do de um camisa 10 chamado Pelé.
O tempo passou e chegou o sábado 17 de outubro de 1970. O time santista, campeão paulista-1969, era fortíssimo. Nos últimos 11 anos, havia ganho nove títulos, inclusive um tri estadual. Que viesse o Vasco!
O pernambucano Sebastião Rufino, então, mandou rolar a bola, no Maracanã, e o destino, daquela vez, trocou o brilho da camisa fatal. O 10 cruzmaltino, Walter Machado Silva, compareceu às redes por duas vezes, enquanto o 10 santista ficou devendo naquele que fora o seu jogo nº 980, totalizando 1.053 gols.
Para derrubar o “Rei”, o “Almirante” foi malandro. Prometeu pagar o prêmio pelo título carioca-1970 e colocar os salários em dia. Com “doping financeiro” Luís Carlos Lemos abriu o placar, aos 6 minutos; Benetti aumentou, aos 20; Silva ampliou, aos 26, e fez 4 x 0, aos 34, tudo no primeiro tempo. No segundo, Douglas marcou par a “Turma do Rei”, aos 24 minutos. Aos 45, Gílson Nunes fechou a conta. Maior vitória do Vasco sobre Pelé.
Foto do arquivo do jornal Correio do Brasil-DF |
2 - Na tarde do domingo 14 de outubro de 1973, em Vasco 1 x 1 Santos, o torcedor carioca veria o "Rei Pelé" pela última vez diante dos cruzmaltinos. Do lado da "Turma da Colina", o técnico Mário Travaglini vinha apostando em um garoto, de 19 anos, que ainda jogara algumas vezes na temporada pelos juvenis. Chamava-se Roberto e tinha o apelido de “Dinamite”, por ter marcado um gol sobre o Internacional, em novembro de 1971, com uma pancada que o goleiro Gainete nem viu por onde a bola passou.
O Maracanã, que sempre aplaudira o “Camisa 10” e se tornara o palco predileto do time santista, onde sempre era aplaudido, iria assistir ao único jogo do “Garoto Dinamite” contra o “Atleta do Século”.
Quando rolou a bola, o Vasco destacou o volante Alcir Portella para ajudar ao zagueiro René a marcar Pelé. E só subia nos contra-ataques. Num deles, aos 34 minutos do primeiro tempo, o lateral-direito Paulo César venceu o lateral-esquerdo santista Zé Carlos e cruzou a bola para a área do "Peixe". Roberto penetrou entre Carlos Alberto e Vicente, aplicou o chamado “sem pulo”, pegando a pelota no ar. A gorduchinha passou pelo ângulo esquerdo das baliza defendida pelo argentino Cejas. Um golaço. Tanto que, depois de sair pro abraço de sua turma, Roberto recebeu os cumprimentos do “Rei Peé”, que declarou: “Foi o gol mais bonito que vi nesse Campeonato Brasileiro. Se este garoto for bem trabalhado será um craque” – acertou na mosca!
Quando rolou a bola, o Vasco destacou o volante Alcir Portella para ajudar ao zagueiro René a marcar Pelé. E só subia nos contra-ataques. Num deles, aos 34 minutos do primeiro tempo, o lateral-direito Paulo César venceu o lateral-esquerdo santista Zé Carlos e cruzou a bola para a área do "Peixe". Roberto penetrou entre Carlos Alberto e Vicente, aplicou o chamado “sem pulo”, pegando a pelota no ar. A gorduchinha passou pelo ângulo esquerdo das baliza defendida pelo argentino Cejas. Um golaço. Tanto que, depois de sair pro abraço de sua turma, Roberto recebeu os cumprimentos do “Rei Peé”, que declarou: “Foi o gol mais bonito que vi nesse Campeonato Brasileiro. Se este garoto for bem trabalhado será um craque” – acertou na mosca!
No segundo tempo, Eusébio empatou, aos 44 minutos, e o placar ficou no 1 x 1. O Vasco foi: Andrada; Paulo César, Miguel, Renê e Pedrinho; Alcir, Zanata (Gaúcho) e Ademir (Dé); Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luiz Carlos Lemos. O Santos, treinado por José Macia, o seu ex-ponta-esquerda Pepe, teve: Cejas; Hermes, Carlos Alberto Torres, Vicente e Zé Carlos; Clodoaldo e Léo (Brecha); Mazinho, Eusébio, Pelé e Ferreira (Cláudio Adão). Técnico: José Macia, o Pepe. O juiz foi José Luiz Barreto (S) o público de 44.590 pagantes e renda de Cr$ 97.328
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