Vasco

Vasco

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

HISTÓRIAS DO KIKE - DIA DO TREINADOR

O time dele pode dominar o jogo todo, chutar dez bolas batendo nas traves, desperdiçar 20 gols imperdíveis. Se perder, só ele é o culpado. Não adiante o estádio lotado aplaudir. Se ganhou, ontem, por 10 x 0,  e perder, amanhã,  por 1 x 0, começa a perder o emprego. Este é o treinador. E, hoje, 14 de janeiro, é o seu dia. Parabéns, então!

 Na história do futebol brasileiro, são muitas as histórias que se tornaram lendas, concatenadas pela tabelinha cartola-teinador. Uma das mais contadas é a de Zezé Moreira, que armou um flagra pra Garrincha, em um bordel. Ao vê-lo, o Mané sapecou: "Ô Seu Zezé,o senhor tmbém gosta da Casa da Maroca, hem!" Fazer o quê? Sem jeito, o Seu Zezé despistou e saiu sorrindo.

Reproduzido de anúncio publicitário da revistsa O Cruzeiro

Zezé Moreira era sujeito corretíssimo, austero até no trajar. Uma santa pessoa. Certa vez, vendo que o seu feeling não batia com o do craque do time, chamou a diretoria, devolveu o dinheiro que recebera por luvas, recomendou manter o atleta e dispensá-lo. "O craque é mais útil", disse.

História parecida viveu Gentil Cardoso. Um dia, lhe contaram que os jogadores do Vasco fugiam da concentração, em um hotel, perto de um cinema. Não perdiam um filme, nas vésperas de jogo. Sargentão que era, Gentil, numa das concentrações, decidiu ir à caça dos fujões. Quando chegava à cinema, quem viu? O maior astro do futebol brasileiro, o goelador Ademir Menezes. Malandro,  sacou: "Só vim assssitir este filme tão comentado, porque lhe vi saindo e sabia que você pagaria o meu ingresso". O restante da história, já sabe né? Ademir "esquecera" a carteira no hotel e os dois voltaram juntos.

 Gentil Cardoso foi protagonista, também, de duas outras histórias muito contadas. Em 1952, ao conquistar o título de campeão carioca e ser carregado pela galera, declarou que ele estava com as massas e, naquela situação, desconhecia cartola capaz de derrubá-lo. No dia seguinte, foi demitido pelo Vasco. Mas, em 1964, ele deu o troco. Treinava a Portuguesa-RJ, que encararia os vascaínos, na rodada que viria. Indagado sobre o que daria no jogo, respondeu: "Vai dar zebra!" (não existe no jogo do bicho. Favorito absoluto, o Vasco perdeu, por 2 x 1.

O futebol brasileiro já teve treinador demitido por ser muito chato. Caso do argentino Abel Picabéa, na década de 1950. Foi outro que o Vasco mandou embora por falar demais. Meio século depois, a história se repetiu, no Cruzeiro, que não suportou mais Wanderlei Luxemburgo. Na Toca da Raposa, o cara se metia em tdo o que não era da sua conta. Até que, um dia, o então presidente Zezé Perrella encheu o saco das suas chatices. Telê Santana era outro cohecido pela chatura. Chegava a dormir nos alojamentos que o São Paulo oferecia aos atletas, só para pentelhá-los. Mas falava de menos. 

Uma grande contribuião dos treinadores ao futebol brasileiro foi trazida pelo húngaro Dori Krueschner. Importado pelo Flamengo, nos anos 40, ele tirou a bola canarinha do atraso tático, mas prendeu a rapaziada em rígidos conceitos ingleses. Foi preciso surgir Ademir Menezes, com seus rushes impressionantes em direção ao gol, para Flávio Costa criar a figura do centroavante (ponta-de-lança) e derrubar toda a esquematização tática inglesa. Com o ponta-de-lança, os treinadores brazucas contra-atacaram, inventando o quarto-zagueiro, recuando um  homem do meio-de-campo, ou da linha média, como havia no passado.

O treinador brasileiro mais duradouro em um time foi Luis Alonso, o Lula, no Santos. Comandou o time da Vila Belmiro por 11 anos, conquistando 21 títulos, sendo oito de campeão paulista; cinco de brasileiro; duas sul-americano (Libertadores de América) e duas do Mundial Interclubes.Em outros o números:  totalizou, em 945 partidas, 619 vitórias, e 155 empates (182 escorregada), com seu time marcando 2.858 gols

Lula (em pé C) reprodzido de https://www.santosfc.com.br/luiz-alonso-perez

 Um dos mais criticados foi Vicente Feola, campeão mundial, na Suécia. Diziam que ele dormia no banco dos reservas e que só escalou Garrincha e Pelé, durante a Copa do Mundo de 1958, por pressãso de líderes do time (Bellini, Nílton Santos e Didi). Realment: Nílton Santos confirmou, como, também, naquela lenda do "Volta, Nílton, volta", quando eler atacoue, trocou passes com Mazona e marcou um gol sobre a Áustria. "Se gritou, não ouvi nada", afirmou o Enciclolédia a este repórter, para o Jornal de Brasília, em 2006.

 Um dos treinadores mais elogiados foi Martim Francisco, a quem se atribuiu a invenção do 4-2-4 mas que o húngaro Puskas afirmou, por seu livro de memórias, afirma que a sua galera já usava isso bem antes do atribuído ao Martim. 

Também, cheio de glórias, ficou o Otto, o abridor do mercado português aos brasileiros e que, dirigindo os lusitanos, nos eliminou da Copa do Mundo de 1966.  Já esquecido, Sílvio Pirilo, foi quem primeiro convocou Pelé para a Seleção Brasileira, em 1956. O então presidente da Confederação Basileira de Desportos (CBD), antecessora da CBF,João Havelange, diz que ele mandou convocar. Não consta em nenhuma revista, ou jornal de junho de 1956, que o Havelange tivesse ido ao Maracanã assistir aos jogos do torneio em que Pelé despontou pelo Combinado Vasco-Santos. Pirilo, sim. Foi, viu, gostou e convocou.

 Enfim, são muitas as histórias. Não caberiam nesta coluna. Tem muitas sobre o ponteiro-esquerdo Mário Jorge Lobo Zagallo, que  armava seus times à sua semelhança nos tempos de atleta, recuando da ponta para a lateral defensiva, pra ajudar a defesa. Também, sobre Elba de Pádua Lima  (Tim), O Estrategista, que mudava os rumos de um jogo durante o intervalo. Mais recentemente, tivemos Cláudio Coutinho, com overlaping e ponto futuro, linguagem que não colou em campo. E Luis Felipe Scolari, adepto do futebol força. E campeão mundialo, como Feola e Aimoré Moreira, irmão de Seu Zezé.

Nenhum comentário:

Postar um comentário