
Leila
Roque Diniz usou os seus 27 anos de vida para lutar contra os jovens não
suportavam mais, as chamadas “caretices” da sociedade conservadora brasileira,
isto é, os tabus mantidas por uma ditadura militar que censurava até palavras.

Leila Diniz era mulher de personalidade forte, ousada. Derrubou vários tabus, pois não admitia ser refém de convenções, ditames de sociedades conservadoras. Pensando assim foi que declarou, em 1969, ao tabloide “O Pasquim”, feito por intelectuais cariocas: "Você pode amar muito uma pessoa e ir para a cama com outra. Já aconteceu comigo".
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Ao fundo, a cena original |
A entrevista de Leila ao jornal fez os militares instaurarem censura prévia à imprensa, o que os jornalistas passaram a chamar de “Decreto Leila Diniz”. Valeu-lhe, ainda, perseguição pela polícia política da ditadura, levando-a a esconder-se no sítio de um colega de trabalho. E o pior: perdeu o emprego na TV, por “razões morais”. Depois disso, não conseguia mais do que ser jurada de programas de auditório, pois os “homens” que a censuravam a acusavam de ter ajudado militantes de esquerda.
Hoje, assim como não escandaliza mais dizer,
pela imprensa, que transa pela manhã, tarde e noite, como Leila disse, também
não envergonha a nenhuma mulher ir à praia de biquíni, exibindo um tremendo
barrigão. Por sinal, esta é uma das cenas marcantes, interpretada pela atriz Louis Cardoso (foto divulgação), no filme "Leila Diniz", de 1987, dirigido por Luiz Carlos Lacerda, e que agradou muito à plateia brasileira.
ola. eu tenho esta edicção do pasquim. quanto deve valer?
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