04 de dezembro de 1957 - Vasco da Gama 1 x 1 DínamoMoscou-URSS - era tempos da “guerra fria” entre os blocos norte-americano e soviético, mexendo com as duas maiores potências terrestres que disputavam a supremacia militar e tecnológica. Os primeiros lideravam as Américas e a Europa Ocidental, enquanto o outro estendia a sua ideologia pelo que restava do continente europeu.
Capitão Bellini (D) era um cavalheiro |
Mesmo existindo um muro ideológico nesse jogo, os brazucas mantinham bon relacionamento com a também grafada CCCP (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) no campo da bola. Principalmente, o Club de Regatas Vasco da Gama, que já havia disputado algumas partidas contra soviéticos, poloneses, húngaros, iugoslavos.
Écio ofereceu flores aos moscovitas |
Embora a bola rolasse legal com a turma da Cortina de Ferro, só 12 temporadas após o final da II Guerra Mundial que dividiu o mundo, ideologicamente, um time soviético jogou no Maracanã: o Dínamo, de Moscou, amistosamente, com o Vasco da Gama.
ROLA A BOLA – A imprensa badalou muito o primeiro jogo de um time comunista no Maracanã, mas o torcedor não saiu do estádio impressionado com o que viu do visitante, futebol pouco técnico contra um Vasco da Gama que encerrra temporada carioca atrás dos seus maiores rivais – Botafogo, Fluminense e Flamengo – e não esteve em seus melhores dias.
A equipe do treinador Yakusin não mostrou uma escola russa, mas estilo baseado no WM inglês, com três zagueiros e dois médios (volantes), rigidamente postados. Tecnicamente, os brasileiros eram superiores, mas o Dínamo apresentava boa velocidade, virilidade e preparo físico, tornando-se difícil de ser batido nogiro sul-americano, para conhecer o estilo das seleções regionais que disputariam a Copa do Mundo-1958.
A "Sapoti" Ângela Maria rolou a "maricota" |
O amistoso foi precedido de gentilezas, como oferta de flores, pelos vascaínos, e pontapé inicial a cargo da cantora brasileira mais famosa da ocasião, Ângela Maria. No primeiro tempo, o Vasco ficou muito paradão, em gramado encharcado que favorecia ao visitante. E o Dínamo esteve melhor, coletivamente. Abriu a conta, depois de meia hora jogado, em lance pela esquerda. Rizhkin venceu Paulinho de Almeida e lançou Fedosov, na medida, para ester marcar: 1 x 0. O Vasco empatou no início da segunda etapa. Almir Albuquerque foi lançado, sobre a linha da área, ganhou de três zagueiros e chutou forte, sem apelação.
Alberto da Gama Malcher apitou a partida e o Vasco, do técnico Gradim, foi: Carlos Alberto Cavalheiro; Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel; Écio (Laerte) e Orlando (Barbosa); Lierte (Waldemar), Almir, Wilson Moreira, Rubens e Roberto. O Dínamo teve: Yashin “Aranha Negra”, Kesarev, Kryzhevsky, Sokolov, Ketznetsov, Tzariov, Shopovalov, Mamykin, Baniov, Fedosov, Ryzhkin e Urin. (Fotos reproduzidas de O Cruzeiro e Gazeta Esportiva).
Alberto da Gama Malcher apitou a partida e o Vasco, do técnico Gradim, foi: Carlos Alberto Cavalheiro; Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel; Écio (Laerte) e Orlando (Barbosa); Lierte (Waldemar), Almir, Wilson Moreira, Rubens e Roberto. O Dínamo teve: Yashin “Aranha Negra”, Kesarev, Kryzhevsky, Sokolov, Ketznetsov, Tzariov, Shopovalov, Mamykin, Baniov, Fedosov, Ryzhkin e Urin. (Fotos reproduzidas de O Cruzeiro e Gazeta Esportiva).
O "Aranha Negra" Yashin se vira para segurar a carga pesada do ataque cruzmaltino em noite de cancha pesada |
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