30 DE NOVEMBRO
Em 1947, o Vasco saía com o "Expresso da Vitória" soltando fumaça na cara de quem pintasse pelos trilhos. O Flamengo, que atreveu-se a encarar o seu gás, em um domingo, no estádio da Gávea, pelo Campeonato Carioca, arrependeu-se. Engoliu 5 x 2, com Friaça (2), Maneca (2) e Lelé tocando lenha na fogueira. O time escalado por Flávio Costa foi: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Friaça, Dimas, Maneca, Lelé e Chico.
Em 1947, o Vasco saía com o "Expresso da Vitória" soltando fumaça na cara de quem pintasse pelos trilhos. O Flamengo, que atreveu-se a encarar o seu gás, em um domingo, no estádio da Gávea, pelo Campeonato Carioca, arrependeu-se. Engoliu 5 x 2, com Friaça (2), Maneca (2) e Lelé tocando lenha na fogueira. O time escalado por Flávio Costa foi: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Friaça, Dimas, Maneca, Lelé e Chico.
Não tinha como o Flamengo chegar. Naquela temporada, o Vasco era tão superior aos adversários que terminou turno e returno do Etadual invicto, com sete pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Botafogo. Em 20 jogos, venceu 17 e empatou três.
Passados 21 anos, o “Time da Colina” voltou a bater no Flamengo na mesma data. Daquela vez, em 30 de novembro de 1968, pela última rodada do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão, um dos embriões do atual Brasileirão. Era um sábado e o Maracanã recebia 79 mil 894 torcedores ansiosos pela recuperação do Mané, que fracassara no Corinthians, onde chegara, no início de 1966, para disputar só 13 jogos e marcar apenas dois gols – 2 x 1 Cruzeiro e 2 x 0 São Paulo, em seis vitórias, dois empates e cinco derrotas.
Garrincha passara dois meses treinando forte para retomar o sucesso. Pisou no gramado, cercado por dezenas de repórteres e fotógrafos, e assanhou a galera quando tentou, por uma cinco vezes, a sua jogada tradicional sobre Eberval, o lateral-esquerdo vascaíno. Mas não passou daquilo. Ao final do primeiro tempo, estava esgotado. Foi substituído, por Zélio, e a festa termino Vasco 2 x 0, com Nado, aos 71, e Valfrido, “O Espanador da Lua”, aos 85 minutos, chegando às malhas e classificando o time para o quadrangular final.
Era a segunda vez que o Vasco estragava uma festa de Garrincha. Em sua estreia pelo Corinthians, em 2 de março de 1966, no Pacaembu, a rapaziada mandara 3 x 0. Garrincha, na verdade, sempre fora um freguês vascaíno. Desde o primeiro encontro, em 22 de agosto de 1953, quando era um botafoguense e já foi goleado, por 4 x 1. Em seu último duelo contra a “Turma da Colina”, foi anulado pelo marcador, Oldair Barchi, e o Vasco sagrou-se campeão da I Taça Guanabara, em 5 de setembro de 1965, com 2 x 0, no Maracanã. No total, foram 20 vitórias e sete empates sobre o Mané, que só conseguiu vencer os cruzmaltinos em 10 jogos, todos pelo Botafogo.
José Aldo Pereira apitou o jogo e o Vasco, treinado por seu ex-lateral-direito Paulinho de Almeida (década-1950), formou com: Pedro Paulo; Ferreira, Brito, Fontana e Eberval; Alcir e Bugleux (Benetti); Nado, Adílson, Bianchini e Danilo Meneses (Valfrido). O Fla teve: Dominguez (Marco Aurélio); Marcos, Onça, Moisés e Paulo Henrique; Rodrigues Neto e Liminha; Garrincha (Zélio), Silva, Dionísio e Luís Carlos. Técnico: Valter Miraglia.
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