O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva
disse ao juiz Sérgio Moro, durante depoimento, em Curitiba, na quarta-feira
(10.05), que por ser uma figura pública muito requisitada, só poderia ir à
praia na quarta-feira de cinzas.
Só
que a praia de Lula não é muito a "praia" praia, com areias beijadas por ondas
do mar e de frente para apartamentos tríplex, como ocorre em algumas cidades. A
praia dele – mandou dizer, quando presidia o país – é a megalomania política.
Lula esteve na cadeia, durante o regime
militar dos generais-presidentes, mas parece ter saído de lá com cabeça feita
pelos “zome”, em matéria de política externa. Tentou exercer liderança na
América Latina, brigou por cadeira no Conselho de Segurança das Nações Unidas e
até enviou tropas ao exterior, para mostrar que o seu Brasil tinha cara
“neoterceiro-mundista” – um “neobobismo”.
Reprodução de selo lançado pelos Coreios |
O que Lula não sabia era que, historiamente,
nenhum país partiu para pujança política externa sobre nações menores e de
médio porte sem estar com economia e modelo social arrumados. Os Estados Unidos
chegaram lá, porque fizeram isso.
É sabido que nacionalismos exarcebados vão
parar em autoritarismos ideológicos, uma característica do Partido dos
Trabalhadores-PT. Vide a sua tentativa de amordaçar a imprensa, que não deve
ser censurada, segundo a constituição desse país. O presidente Getúlo Vargas
fez muito isso durante o Estado Novo, e um dos esportes prediletos de Lula é se
comparar ao antigo ditador.
Lula
esqueceu, no entranto, de que, Vargas, ao criar as leis sociais, voltou-se para
os trablhadores sindicalizados. Formalmente! Da sua parte, ele priorizou a
economia informal, para garantir na história uma vaginha no time dos líderes
populistas que só podem ir à praia na quarta-feira de cinzas.
Alilás,
Lula deveria convidar o seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, para o seu
piquenique praiano de depois que o Carnaval passar. Como recordamos, o momento econômico
internacional complicado que jogou os juros para a estratosfera e esculhambou o
real, levou o governo da social-democracia do FHC a virar uma esculhambação muito
maior, em seu segundo mandato, para sorte de Lula. Ele pegou um voo sem áreas
de turbulências violentas, mas o seu primeir mandato não aterrissou o Brasil no desenvolvimento econômico. Taxas de crescimento econômico só a partir de 2007.
Por aí, com
um país crescendo, economicamente, nada melhor para um “neoestado-novistas” do
que exercitar megalomania política.
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