Em Belo Horizonte, o torcedor não fala de Flamengo, Corinthians,
Vasco da Gama, Palmeiras, etc. E os jornais só divulgam notinhas sobre o que
rola nos gramados de outras plagas.
Pra galera da terra, o que importa é Atlético e Cruzeiro, principalmente
o primeiro, dono da maior torcida e muito mais chamado por “Galo”, do que pelo
seu nome de registro civil.
O pai do nome que não sai da boca da torcida é um cara que torcia
por um rival atleticano, o América-MG. Assinava as suas charges por Mangabeira,
mas fora batizado e registrado por Fernando Pierucetti.
Para compor o mascote do Clube Atlético Mineiro, o desenhista foi
na onda da torcida alvinegra belo-horizontina, de que a rapaziada era raçuda,
difícil de ser batida, fazendo o tipo galo de briga. Então, Mangabeira colocou
em campo um galo carijó, nas cores preta e branca, como as da camisa do clube.
O mascote do Cruzeiro foi uma outra criação dele. Uma raposa, por
ter o clube estrelado, à época em que pegara no lápis para defini-lo, cartolas
malandros, rápidos para atrapalhar e levar a melhor em negociações pretendidas
pelos rivais atleticanos. Para Mangabeira, a astúcia da raposa era o
bicho.
No caso do mascote do seu
time, Mangabeira foi convencido por um diretora do jornal 'Folha de Minas' de
que este deveria ser o Pato Donald, das histórias em quadradinhos
norte-americanas, personagem de Walt Disney. Ele não gostou e, por sorte dele,
o pato mal humorado não decolou. Em seu lugar, entrou um Coelho, que segue em
campo.
Mas não ficou por aí a fauna do
"Manga". Entraram para o seu zoológico o Leão, do Villa Nova; o Zebu,
do Uberaba, e o Ganso, do Araxá.
Fora das Minas Gerais, ele criou mascote (que não vingaram) como um leão marinho bigodudo, para o Vasco da Gama; um lobo flamenguista; o leopardo são-paulino e um papagaio palmeirenses.
Foram mais de 60 mascotes, tendo os de fora de Minas não pegado porque o jornal em que ele publicava as suas charges ficava restrito ao Estado. Fernando Pierucetti, nascido em 20.10.1910, em Belo Horizonte, viveu até novembro de 2004.
Fora das Minas Gerais, ele criou mascote (que não vingaram) como um leão marinho bigodudo, para o Vasco da Gama; um lobo flamenguista; o leopardo são-paulino e um papagaio palmeirenses.
Foram mais de 60 mascotes, tendo os de fora de Minas não pegado porque o jornal em que ele publicava as suas charges ficava restrito ao Estado. Fernando Pierucetti, nascido em 20.10.1910, em Belo Horizonte, viveu até novembro de 2004.
IMAGENS reproduzidas de www.blogdochicomaia.com.br - AGRADECIMENTO.
ZIRALDO
A partir da virada da década-1960 para a 1970, o mais famoso chargista brasileiro passou a ser Ziraldo Alves Pinto, que sempre gostou de futebol. Torcedor do Flamengo, ele diz só saber escalar um time pela formação que os “speakers” radiofônicos anunciavam na década-1950, o 3-3-5, que tinha, por exemplo, na Copa do Mundo-1958: Gilmar, De Sordi e Bellini; Nílton Santos, Zito e Orlando; Garrincha Didi, Vavá, Pelé e Zagallo.
ZIRALDO
A partir da virada da década-1960 para a 1970, o mais famoso chargista brasileiro passou a ser Ziraldo Alves Pinto, que sempre gostou de futebol. Torcedor do Flamengo, ele diz só saber escalar um time pela formação que os “speakers” radiofônicos anunciavam na década-1950, o 3-3-5, que tinha, por exemplo, na Copa do Mundo-1958: Gilmar, De Sordi e Bellini; Nílton Santos, Zito e Orlando; Garrincha Didi, Vavá, Pelé e Zagallo.
Reprodução de www.saraiva |
Nascido em 24 de outubro de 1932, na mineira Caratinga, Ziraldo começou a vida artística pela `Folha da Manhã`, atual `Folha de São Paulo`, em 1954, fazendo coluna humorística. Sua fama nacional ganhou mais vigor ao passar pela revista ”O Cruzeiro” e o “Jornal do Brasil”, ambos cariocas.
Entre os principais personagens de Ziraldo estão “Jeremias, o Bom”, que virou um luxuoso livro, ” Supermãe” e “Menino Maluquinho” que, além de livro, foi parar nas telas do cinema.
Do rol de suas charges esportivas, uma mexeu muito com a torcida do Vasco da Gama. O time cruzmaltino havia perdido para o pequeno Londrina, do Paraná, dentro de São Januário, durante a tarde em que o estádio do clube recebeu o seu maior público de sua história.
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