Durante
muito tempo, era comum aos brasileiros tornar mulheres e homens xarás.
Assim tivemos os e as Valmir, Valdecir,
Coaraci, Juraci, etc. Também, Maria José e José Maria. Mas é sobre um outro nome comum aos dois sexos que vai rolar
uma história interessante. Vamos lá!
Reprodução da Revista do Rádio |
Neste seu programa, de
meia-hora, patrocinado pelo Sabonete Gessy - no ar desde 1947 – Paulo Roberto (10.09.1903
a 13.12. 19730, na verdade, José Marques
Gomes, mineiro, de Dom Silvério, médico obstetra e orientador de jovens
colegas, abordava vários temas, a partir das 20h dos domingos, horário nobre da
emissora, pouco antes de as rainhas do rádio, Emilinha Borba e Marlene, se
apresentarem.
Pois bem! Nair José da
Silva não entendia nada quando lhe telefonavam perguntando pelo seu show de
sábado. Da mesma forma que Nair José da Silva, quando ligavam para avisar que o
treino da tarde mudara de local. Juntados por Paulo Roberto, divertiram
bastante pela Nacional. Tanto que a Revista do Rádio – disputava com a revista
O Cruzeiro e a própria Rádio Nacional a liderança do jornalismo de
entretenimento e fofocas do meio artístico – tratou, correndo, de fazer duas
páginas com os dois xarás, sob o título: “Jogador de futebol ou cantora?”.
Reprodução da Revista do Esporte |
Nair mulher, um dia, resolveu
usar o apelido da irmã Belinha (Isabel) e virou Belinha Silva. Começou a vida
artística pela Rádio Guanabra, passou por várias outras emissoras até chegar à
Rádio Nacional. Quanto ao Nair homem, as
suas últimas bolas rolaram pelo time amador do Esporte Clube Parames, de
Jacarepaguá.
Esta história, no entnto,
não termina por aqui. Há, ainda, um outro Nair José da Silva no lance e que
teve mais brilho do que o xará da bola, tendo sido considerado jogador de nível
de Seleção Brasileira.
Nascido, em
Itaperauna-RJ, em 20 de maio de 1937, Nair passsou pelo Madureira, Botafogo de
Ribeirão Preto-SP, Portuguesa de Desportos, Corinthnans e Atlético-PR. Embora
tenha-se revelado muito bom de bola, é mais lembrado por um bola fora: em 17 de
dezembro de 1966, aos 42 minutos do segundo tempo, perdeu o pênalti que poderia
ter encerrado o tabu, de nove temporadas sem vitórias do Corinthian sobre o
Santos de Pelé, por Campeonatos Paulistas – nessa, Nair não foi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário