Vasco

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terça-feira, 11 de setembro de 2018

PRAGA DE GENTIL CONTRA FLÁVIO

 Flávio Costas era muito ligado ao Flamengo. Fora zagueiro rubro-negro, entre 1926 a 1936 e, ainda atleta, assumiu o cargo de treinador, em 1934, ficando nele até 1937. Em 1942, ele comandava a equipe carioca que disputava o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, iniciados em 1922.
Reprodução de capa da revista
carioca Esporte Ilustrado
 Por ali, os representantes do então Distrito Federal só tinham apoio da torcida que comparecia ao estádio de São Januário, o maior do país, se Flávio escalasse vascaínos como titulares. E veio  a partida decisiva, que era, sempre, cariocas x paulistas.
 Anunciada a escalação do time do então Distrito Federal, o Rio de Janeiro, a torcida vaiou, estrepitosamente, o nome do paraguaio Bria, do Flamengo e que Flávio Costa considerava o melhor centro-médio (espécie de volante protetor da zaga) do futebol carioca. Diante do escutado, ele chamou Bria no canto e o avisou de que estava “desescalado”. O vascaíno Zarzaur jogaria em seu lugar.
 - Se eu entrar com você, a torcida do Vasco vai estar toda contra a gente, apoiando os paulistas – justificou Flávio.
 Bria foi compreensivo e, com aquilo, chamou Zizinho (Thomas Soares da Silva, o maior craque brasileiro da época) para uma outar conversa. E o avisou:
 - Barrei o Bria e vou entrar com o Zarzur, para a torcida do Vasco não querer me esfolar. Então, já viu, né: jogue por você e por ele. Só isso!
- Só isso, seu Flávio? – cobrou Zizinho.
- Só isso, Zizinho? - respondeu.
Flávio Costa foi para o Vasco da Gama, em 1947, e ficou até  1950, tendo conquistado os títulos de campeão carioca-1947/1949/1950; do Torneio Municipal-1947; do Torneio Início do Estadual-1948; do Sul-Americano de Clubes Campeões-1948.
Gentil Cardoso em reprodução de Museu da Imagem e do Som
Em 1952, o time vascaíno estava comandado por Gentil Cardoso, que o tornou campeão carioca. Mesmo assim, o clube o demitiu e promoveu a volta de Flávio a São Januário. E ele conquistou o Torneio Octogonal Rivadávia Corrêa Meyer e o Torneio Internacional do Rio de Janeiro, ambos em 1953. Sacaneado, Gentil jogou a praga de que Flávio não seria campeão estadual dentro de 10 temporadass – levou 11, vencendo a de 1963, com o Flamengo.
 Flávio Costa dirigiu, também, a Seleção Brasileira, tendo conquistado  o Sul-Americano-1949; o Superclássico das Américas-1945 e a Taça do Atlântico-1956, além do vice da Copa do Mundo-1950. De sua parte, Gentil Cardoso comandou a equipe pernambucana que representou o Brasil e levantou o terceiro lguar do Sul-Americano-1959. 

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