Flávio Costas era muito ligado ao Flamengo. Fora zagueiro rubro-negro, entre 1926 a 1936 e, ainda atleta, assumiu o cargo de treinador, em 1934, ficando nele até 1937. Em 1942, ele comandava a equipe carioca que disputava o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, iniciados em 1922.
Reprodução de capa da revista carioca Esporte Ilustrado |
Por ali, os representantes do então Distrito Federal só tinham apoio da torcida que comparecia ao estádio de São Januário, o maior do país, se Flávio escalasse vascaínos como titulares. E veio a partida decisiva, que era, sempre, cariocas x paulistas.
Anunciada a escalação do time do então Distrito Federal, o Rio de Janeiro, a torcida vaiou, estrepitosamente, o nome do paraguaio Bria, do Flamengo e que Flávio Costa considerava o melhor centro-médio (espécie de volante protetor da zaga) do futebol carioca. Diante do escutado, ele chamou Bria no canto e o avisou de que estava “desescalado”. O vascaíno Zarzaur jogaria em seu lugar.
- Se eu entrar com você, a torcida do Vasco vai estar toda contra a gente, apoiando os paulistas – justificou Flávio.
Bria foi compreensivo e, com aquilo, chamou Zizinho (Thomas Soares da Silva, o maior craque brasileiro da época) para uma outar conversa. E o avisou:
- Barrei o Bria e vou entrar com o Zarzur, para a torcida do Vasco não querer me esfolar. Então, já viu, né: jogue por você e por ele. Só isso!
- Só isso, seu Flávio? – cobrou Zizinho.- Só isso, Zizinho? - respondeu.
Flávio Costa foi para o Vasco da Gama, em 1947, e ficou até 1950, tendo conquistado os títulos de campeão carioca-1947/1949/1950; do Torneio Municipal-1947; do Torneio Início do Estadual-1948; do Sul-Americano de Clubes Campeões-1948.
Gentil Cardoso em reprodução de Museu da Imagem e do Som |
Em 1952, o time vascaíno estava comandado por Gentil Cardoso, que o tornou campeão carioca. Mesmo assim, o clube o demitiu e promoveu a volta de Flávio a São Januário. E ele conquistou o Torneio Octogonal Rivadávia Corrêa Meyer e o Torneio Internacional do Rio de Janeiro, ambos em 1953. Sacaneado, Gentil jogou a praga de que Flávio não seria campeão estadual dentro de 10 temporadass – levou 11, vencendo a de 1963, com o Flamengo.
Flávio Costa dirigiu, também, a Seleção Brasileira, tendo conquistado o Sul-Americano-1949; o Superclássico das Américas-1945 e a Taça do Atlântico-1956, além do vice da Copa do Mundo-1950. De sua parte, Gentil Cardoso comandou a equipe pernambucana que representou o Brasil e levantou o terceiro lguar do Sul-Americano-1959.
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