Vasco

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domingo, 9 de setembro de 2018

130 - DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - PRETENCIOSAS, MALDOSAS E VAMPIROSAS

Michelle, pronta para devorar - e ser devorada
Gostosérrimas! Isso ninguém pode negar. As vampiras dos quadrinhos brasucas sempre tiveram as suas estampas caprichadas pelos carinhas do lápis. 
Rubens Luchetti, Rodolfo Zalla, Nico Rosso, Flávio Colin e Jayme Cortez, entre outros, mandaram para os sonhos eróticos da galera mulheres, generosamente, quase nuas, tesudíssimas. 
Elas são Mirza, a Mulher Vampira; Naiara, a Filha de Drácula; Irina, a Bruxa; Silvana, a Baronesa; Nádia, a Mulher Lobo, Michelle e Angélica, a Filha de Satã, só para citar meia-dúzia delas, disputadíssimas por colecionadores.
As primeiras histórias em quadrinhos de terror chegaram ao Brasil pelos finalmente da década-1950. Mas, como a coluna aqui é só delas, deixemos os vampiros marmanjos de lado e vamos a algumas trerribilíssimas. Fechado?
Lembra-se de Mirza? Foi filha de Eugênio Colonnese, nascida em 1967, gerada para viver histórias horror-show, mas escancarando sensualidade, algo muito ousado para uma época em que ainda não havia, no Brasil, revistas com mulheres mostrando tudo o que Zeus lhe  emprestara.
Mirza,a irresistivel filha de Colonnese
 Linda, delirantemente, charmosa, Mirza ganhou edições especiais das editoras Escala Opera Graphical e Mythos e, ao se tornar uma  coroa ainda gostosíssima, foi brindada pela revista Wizman, da Panini Comics, com uma edição comemorativa dos “40taços”. Em 2009, ela posou para modelo do 21 Troféu HQ Mix. É mole?  
Mirza era Mirela Zamanova, sétima filha de um nobre polonês de linhagem amaldiçoada. Quase estuprada pelo namorado da irmã, após virar vampira, muda de nome, passa a zanzar por grandes cidades e a viver grandes emoções. As vezes, até fingia ser modelo profissional, contado com a ajuda do criado corcunda Brooks.
Mirza emplacava suspiros. Mas, se o cara gosta mesmo é de mulherões, daquelas de dois metros de altura, o personagem para a questão é Velta, que ultrapassa esta metragem e manda descarga elétrica por todo o corpo. Dá pra encarar? Só mesmo o paraibano Emir Ribeiro, que a criou, pela década-1970 -  e arrumou pra ela um emprego de detetive, na pele de uma moçetona de cabelos longos e fera em lutas marciais.    
Emir desenhou e parece que se apaixonou por Velta
Para os analistas, Velta é a musa das musas dos quadrinhos brasucas. Além de tremendo erotismo, Emir a fez viajar por paisagens brasileiras, com desenhos maneríssimos. 
Primeiramente, ela saiu em jornais. Até ganhar albuns de luxo, passou por revistas, fanzines e livros. E foi ganhando brasilidade para livrar-se do modelo das super-heroínas estrangeiras
A supergostosudérrima Michelle é uma outra criação de Emir. Mas não é muito alta como Velta, tem só 1m68cm de altura.  Mais precisamente Michèlle Bats, tem cabelos pretos, olhos verdes e, quando não é uma mulher normal, tem o poder de virar morcego, rato ou, loba. Residia na França e iria se casar, quando levou uma dentada de Drácula. 
Irina, muito maldosa - só?
Embora o seu ex-noivo a atinja com  uma faca de prata no coração,ela consegue se esconder no porão de um navio que vinha invadir o Maranhão. De quebra, toca o terror pra cima dos maranhenses, que são defendidos pelo médico Chico Palmeira.
 Enquanto isto, em 1967, o Edmundo Rodrigues criou Irina, a Bruxa, o seu personagem feminina mais + mais. Hoje é considerado um clássico dos quadrinhos de terror brasileiros, mas, inicialmente, só teve três edições, da editora Taika. 
Na década-1980, a editora Bloch a republicou, mas trocando a sua loirice por um tom avermelhado e pele mais dourada.
 Condenada ao desaparecimento, com castigo pelas suas maldades, antes de ser queimada, Irina jurou voltar e se vingar de quem lhe mandara para a fogueira.  Cumpre a promessa e volta! A única coisa que pode detê-la é o "Triângulo de Prata".
 Em 1999, Irina foi para o palco teatral, ecenada pela atriz e diretora Agatha Desmond, mulher de Edmundo Rodrigues.

                                          DETALHE
1 - Todas as imagens foram reproduzidas de revistas em quadrinhos com citação dos nomes dos autores no texto acima. 2 - Este blog não tem fins comerciais. É só de divulgação cultural e da história do Club de Regatas Vasco da Gama.




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