Pintura de Pedro Américo reproduzida do acervo do paulistano Museu do Ipiranga - Agradecimento. |
Na história das artes plásticas dos
brasileiros, a tela Grito do Ipiranga,
do paraíba (como diria o presidente Jair Bolsonaro) Pedro Américo de Figueiredo e Melo –
viveu entre 1843 a 1905 -, equivale, em prestígio
brasuca, à gloriosa Gioconda, do italiano Leonardo da Vinci, exposta no parisiense
Museu do Louvre.
O quadro do nordestino é um óleo sobre tela, medindo 4m15cm x 7m60cm,
pertencente ao paulistano Museu do Ipiranga, tendo o seu criador sido aluno da Escola de Belas-Artes de Paris e encerrado o
trabalho na italiana Florença, em 1888, sob encomenda da Comissão de Construção
do Monumento do Ipiranga.
Reproduzida de Wikipedia, a tela Friedland, de Ernest Meissonier, tem a parte central muito parecida com a do "Grito". |
De acordo com pesquisadores, por razões estéticas, ele pegou um outro quadro e modificou personagens e cenário. Por exemplo, Dom Pedro I não poderia ser retratado
com fisionomia de quem enfrentava cólicas provocadas por alimentos estragados e
não montava um cavalo. Testemunhas afirmaram ter ele iniciado a viagem em lombo de mula.
Além disso, os soldados vestem traje de gala, criado para os Dragões da Independência, bem depois da
proclamação da independência brasileira. Para o paraíba, tela retratando tão grandioso momento não deveria conter uniforme brega. Já o curso do riacho Ipiranga ele o desviou para facilitar os seus traços, enquanto o
carreiro e o carro de bois foi para retratar a vida naquele local.
Pedro Américo reproduzido de professortadeupatricio.blogspot.com.br |
Antes, Pedro Américo fora acusado de plagiar o quadro "Batalha
de Montebelo", do italiano Andrea Appiani (1754 a 1817), quando
pintou "A Batalha de Avaí",
entre 1872 1877 – está no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Na tela “Grito do Ipiranga”,
o futuro Imperador Pedro I aparece cercado por seus oficiais, sobre uma
elevação do terreno, e pela soldadesca que desembainha espadas, saudando-o pelo seu
gesto libertador. Em Friedland, o imperador francês Napoleão Bonaparte é
mostrado no mesmo plano, retratado na vencida batalha de 1807.
GRITOU PORQUÊ? As cortes
portuguesas queriam obrigar Dom Pedro I a voltar para Lisboa. Ele tinha dois
caminhos: obedecia ou separava o Brasil de Portugal. No 9 de janeiro de 1822,
como príncipe regente, ele mandou a portugada pra onde você pensou e disse que, como era
para o bem de todos e felicidade geral dos brasileiros, ficava por aqui.
Dom Pedro I reproduzido de capa da revista 'O Cruzeiro' |
Quanto ao plágio da nossa tela número 1, bem como do nosso hino, como ninguém reclamou, ficou valendo como um dos melhores dos maus exemplos nacionais.
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