Beleza é fundamental, como mostra a foto reproduzida do Buchman Institut |
Pelas
décadas-1950/60, era glamuroso ser
aeromoça. Não ficava-se presa ao escritório, conhecia-se vários lugares, as
mais diferentes pessoas e países. Hoje, a moçada prefere ser chamada
por comissária de bordo.
Por
uma, ou outra denominação, as aeromoças são responsáveis pela segurança e o
conforto dos passageiros. Recebem treinamento para atuar em casos emergenciais;
fazem orientações de segurança; servem refeições; atendem solicitações e
passam informações sobre o voo.
Para ser uma aeromoça, é necessário ter mais
de 18 anos, cursado o ensino médio completo; fazer curso específico; ter boa
aparência, simpatia e fácil comunicação.
Feito o curso para o exercício da profissão -
138 horas-aula - a pessoa precisará de um documento concedido pela Agência Nacional
de Aviação Civil, para começar a trabalhar. Gasta-se cerca de R$ 2 mil para
fazer o curso, o que leva cerca de seis meses. Falar inglês não é exigido, mas
quem fala leva vantagem, principalmente, por poder trabalhar em rotas aéreas
internacionais.
Como
quase tudo neste planeta tem o seu dia, o da aeromoça celebra-se no 31 de maio,
a data da criação, em 1973, da International Flight Attendants
Association – IFAA (Associação Internacional dos Comissários de Voo), entidade
oficializada em 1986.
Pelos
inícios da voos comerciais, os dirigíveis já levavam garçons, camareiros,
cozinheiros e comissários. Passada a bola para os aviões, na década-1920, como
o espaço era menor, o srviço de bordo passou para os pilotos.
Em 1922, as empresas norte-americanas Daimler
e Stout passaram a contratar adolescentes, ou homens baixinhos, para acalmar
passageiros nervosos, carregar bagagens e ajuda-los a se acomodarem nas
cadeiras. As vezes, o copiloto também fazia tal papel.
Na
década seguinte, Ellen Church, de 26 anos de idade,
enfermeira e piloto de aeronaves, convenceu Steve Simpson, diretor da Boeing
Air Transport da necessidade de uma enfermeira a bordo, para ajudar os
passageiros que passavam mal, pois os aviões da época não eram pressurizados,
voavam baixo, em ar turbulento, e eram muito barulhentos.
Ellen Chuch, a primeirona, reproduzida de www.wikipedia |
O primeiro voo delas foi em 15 de maio de 1930, de Oakland (Califórnia) a Chicago (Illinois), com duração de 20 horas e 13 escalas.
As primeiras aeromoças
não poderiam ter mais de 25 de idade, mais
de 1m62cm de altura, peso de até 52 quilos e exalar simpatia, isto é, ser um
tesão de mulher. No mais, ao atingir 31 de idade, recebiam cartão vermelho.
Em
seus trabalhos, cabia-lhes aferir pressão arterial dos passageiros, ajudar a
reabastecer a aeronave, conferir as passagens, consertar assentos quebrados
durante o voo e ajudar os pilotos a empurrar o avião para dentro do hangar, ao
final da jornada - nada mole.
A experiência emplacou legal e várias empresas aéreas foram
nessa e contrataram, também, homens, principalmente as europeias. O próximo
passo foi o fim da exigência para
qualificação de enfermagem para o exercício da profissão. Mas ser
baixinha e leve foi norma até os finalmente da década-1950.
Ellen Church, considerada a primeira aeromoça da história, esteve
comissária na Boeing por 18 meses. Parou, devido desastre de automóvel. Voltou
à enfermagem durante a II Guerra Mundial, atuando no Corpo Aéreo do Exército
dos Estados Unidos, como enfermeira de voo.
Terminada a guerra, Helen
seguiu enfermeira. Aos 60 de idade, casou-se, em 1964, com Leonard Briggs
Marshall, presidente do Terre Haute First National Bank. Em em 22 de agosto de
1965, o que a guerra e nenhum avião conseguiu, um a queda de cavalo o fez:
tirou-a desta vida.
No Brasil, as companhias
aéreas só tiveram aereomoças após a II Guerra Mundial, se bem que houve
experiências durante as décadas-1930/1940. VARIG, a Real e o Lóide Aéreo foam
as pioneiras, mas a primeira só o fez quando iniciou os seus voos para Nova
York, em 1954. Motivo: os aviões
Lockheed Super Constellation tinham leitos e não era conveniente que
comissários homens atendessem mulheres e crianças. Para ocargo, as candidatas
deviam falar dois idiomas.
Se viajar no 31 de maio, já sabe: flores para elas - reprodução cartaz publicitário |
DESARGOLADAS
– Muitas belas aeromoças não usam anéis. Motivo? Falta de tempo pra paquerar, pois o trabalho as faz passarem
muitos dias longe dos amigos, dos
passeios e das baldas. Mas não ache que é só chegar e arrastar. Elas ligam bloqueio
mental automático para enfrentar os bola
fora.
Entre as cantadas mais baratas estão, segundo
elas: 1- um avião dentro de outro avião; 2 –
você me leva às alturas; 3 -
estou nas nuvens, do lado de um
anjo. Mesmo diante dessas coisas horrorosas, elas devem manter o sorriso
ultrabright, a manter a simpatia.
Você
jamais verá uma aeromoça sem maquiagem. A aparência é importantíssima em seu
trabalho. Por isso, ela pode chorar durante o voo, para nada no rosto
derreter. Por isso, também, tem muita paciência, principalmente com os
passageiros bêbados e as véas que
acham que o avião está caindo. Principalmente, se rolar turbulência ou
despressurização a bordo.
As aeromoças são donas de pernas bonitas, bem
torneadas. Agradecimentos às muitas horas em pé. Logo, se disputassem campeonato
de paciência em filas de supermercado, ganhariam, facilmente.
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