Disco que lançou a voz rouca de contralto |
O seu destino,
porém, estava marcado para as artes. Passou por grupo teatral e coral de
igreja. Aos 20 de idade, foi para o Rio de Janeiro, participar de trilha sonora
de filme cinematográfico. Ficou por lá, como secretária de uma produtora
musical. Em 1971, pela Chantecler, gravou o seu primeiro disco, canando Azeitonas Verdes e Mamãe, coragem”. Em
72, fez temporada de sucesso em boate de Copacabana e valeu convite par
participar do 7º Festival Internacional
da Canção da TV Globo. Emplacou, com “Fio Maravilha”, de Jore Ben
(atual Benjor).
Fio, de repente, Pelé, depois zé mané |
Além de Fio Maravilha, a mineirona Maria Alcina gavou outras músicas com temática futebol, entre elas “Camisa 10 da Gávea”, também, de Jorge Benjor, homenageando Zico; o hino Corinthians", de Lauro D’Avila; a marcha “Transplante corintiano”, de Manoel Ferreira, Ruth Amaral e Gentil Júnior, e uma música de de Pelé, “Acredita no véio”.
Este visual apavorava a Ditadura brasileira |
Só a Ditadura não gostou. A viu com postura libertina, “ameaçando
a moral e dos bons costumes brasileiros”.
Em 1974, Maria Alcina foi proibida de apresentar-se em público e teve vetadas as suas
gravações em rádio e TV. Mas ela sempre afirmou que à época não tinha
politização e nem pensava em contestar nada.
Se ditador brasuca abominava Maria
Alcina, os Estados Unidos a adoravam. Durante a década-1980, ela fez inúmeros shows
para o Tio Sam, desbundando, sobretudo, com músicas carnavalescas e repertório
de Carmem Miranda. O seu visual (veja foto abaixo) despertava a curiosidade do povão norte-americano, o que chegou a valer pedido de casamento.
Em 1995, o Tio Sam voltou a chama-la para cantar pra ele. Ela já gravou oito álbuns individuais, sendo
os últimos é De Normal Bastam os Outro-(2013, e Espírito de tudo-2017 - maravilha de artista.
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