Não se vê fotos do treinador Martim Francisco bigodudo – como eram caracterizados os cartolas do futebol vascaíno da década-1950 – e nem usando chapéu. O que não impediu a semanária carioca “Esporte Ilustrado” de sacaneá-lo assim, pela edição de Nº 945, de 17 de maio de 1956.
Martim armava o time que disputaria o Campeonato Carioca, em amistosos pela Europa. E não vinha conseguindo bons resultados, motivo da caçoada da coluna “Pelada”, em que os produtores M. Salles e Vilmar avisavam: “Nesta bola de meia vale tudo”.
Já que era assim, os colunistas sacaneavam Martim Francisco, distorcendo a letra de uma músicas gravada pela torcedora vascaína Dóris Monteiro, “Vento soprando”. Eles brincavam: “...E o Martim perdeu o seu cartaz/Tá um horror o Vasco/Só faz papelão/Não parece aquele esquadrão....Vasco vagabundo/Vai jogar tão mal/Lá no fim do mundo...”
Por aquela mesma coluna, sob o título “Consôlo” (grafia da época), os “revististas” Salles e Vilmar brincavam mais: “Quando soube do resultado...Corinthians 5 x 1 Flamengo, aquele vascaíno deu um risinho marôto e disse: “...é um consolo para a campanha apagada que o Vasco está fazendo na Europa...”.
A excursão, no entanto, terminou com mais vitórias do que derrotas (10 x 9). E Martim Francisco voltou com o time armado para ganhar o campeonato estadual de 1956 – humor e futebol sempre estiveram junto no futebol carioca.
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