Vasco

Vasco

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

FUXICOS - NELSON 'SAKANDRIGUES'

Nélson Rodigues, considerado o maior teatrólogo brasileiro, quando contratado pela revista Manchete Esportiva, como primeiro redator, era um sujeito fuxiquento. Pracarvalho!
Reprodução de capa da Revista do Fluminense
 Certa vez, mais precisamente, pela edição  de Nº 125, de 12 de abril de 1958, terceira temporada da semanária carioca, ele chamou o treinador Gentil Cardoso pra junto de sua pena, a fim de descer a porrada no Vasco da Gama, do qual o seu Flu é um eterno  freguês. De caderneta!
 Está nas páginas 60 a 62, sob a manchete “Fui campeão no Vasco e levei um pontapé”!”.
 Torcedor tricolor, Nélson Rodrigues coloca na entrevista que o maior orgulho de Gentil fora "ter sido campeão carioca pelo Fluminense" (1946), quando  disse: “Tragam-me o Ademir (Menezes, que não acertava renovação de seu contrato com o Vasco) e eu lhes darei o título (estadual).”
 Papo furado. Ser campeão com o timaço do Vasco-1952 – Barbosa, Augusto e Haroldo: Ely, Danilo e Jorge; Sabará, Alfredo, Ipojucan, Ademir e Chico, base da Seleção Brasileira - era muito mais tranchan, como diriam os baianos. Gentil comenta sobre Ademir:
- Sempre acreditei em Ademir, como jogador decisivo. Ele estava na plenitude de suas condições física e técnica. Quantas partidas não decidiu num lance de estupenda clarividência?....
 Em seguida, Nélson o leva a esculhambar o Vasco. Gentil sapeca:
 - Fui posto no olho da rua, sumariamente,....para que, em meu lugar, entrasse um outro técnico (Flávio Costa )... Prefiro confessar que sofri a minha grande decepção esportiva.
  Nélson, a seguir, pergunta o treinador pernambucano se ele era um ressentido ex-vascaíno. E ouve:
 - ... Absolutamente! Afinal, os homem passam e o Vasco continua. ... no momento em que recebi o prêmio da demissão, fui consagrado pelo quadro social e por toda a torcida cruzmaltina..Não posso riscar da minha história individual do tempo que passei em São Januário.
Gentil reproduzido de Manchete Esportiva
 Com esta resposta, Gentil deu uma rasteira em Nélson Rodrigues, que queria fazê-lo só enaltecer o seu Fluminense - e afogar o ‘Almirante’.

KIKICIKLIPÉDIA -   O kiprocó  entre Gentil Cardoso e o Vasco da Gama foi logo após a conquista do título do futebol carioca de 1952. Ele sabia que a Turma da Colinha vinha negociando a sua substituição, por Flávio Costa, a quem chamava por Moço Branco – achava que só não dirigia a Seleção Brasileira por ser negro.
  Durante as comemorações pelo título, ao ser carregado por torcedores, Gentil disse que ele não cairia, pois estava com as massas, “e quem está com o povo não cai”.
 Enganou-se, vascainissimamente. No entanto, pela segunda metade da década-1960, voltou a treinar a rapaziada que, evidentemente, já era outra.


Nenhum comentário:

Postar um comentário