Nélson Rodigues, considerado o maior teatrólogo brasileiro,
quando contratado pela revista Manchete
Esportiva, como primeiro redator, era um sujeito fuxiquento. Pracarvalho!
Reprodução de capa da Revista do Fluminense |
Está nas páginas 60 a 62,
sob a manchete “Fui campeão no Vasco e levei um pontapé”!”.
Torcedor tricolor, Nélson Rodrigues coloca na entrevista que o maior orgulho de Gentil fora "ter sido campeão
carioca pelo Fluminense" (1946), quando
disse: “Tragam-me o Ademir (Menezes, que não acertava renovação de seu
contrato com o Vasco) e eu lhes darei o título (estadual).”
Papo furado. Ser campeão
com o timaço do Vasco-1952 – Barbosa, Augusto e Haroldo: Ely, Danilo e Jorge;
Sabará, Alfredo, Ipojucan, Ademir e Chico, base da Seleção Brasileira - era
muito mais tranchan, como diriam os baianos. Gentil comenta sobre Ademir:
- Sempre acreditei em Ademir, como jogador decisivo. Ele estava
na plenitude de suas condições física e técnica. Quantas partidas não decidiu
num lance de estupenda clarividência?....
Em seguida, Nélson o leva a esculhambar o Vasco. Gentil sapeca:
- Fui posto no olho da
rua, sumariamente,....para que, em meu lugar, entrasse um outro técnico (Flávio
Costa )... Prefiro confessar que sofri a minha grande decepção esportiva.
Nélson, a seguir, pergunta o treinador pernambucano se ele era um
ressentido ex-vascaíno. E ouve:
- ... Absolutamente!
Afinal, os homem passam e o Vasco continua. ... no momento em que recebi o prêmio da demissão, fui consagrado pelo
quadro social e por toda a torcida cruzmaltina..Não posso riscar da minha
história individual do tempo que passei em São Januário.
Gentil reproduzido de Manchete Esportiva |
KIKICIKLIPÉDIA - O kiprocó entre Gentil Cardoso e o Vasco da Gama foi
logo após a conquista do título do futebol carioca de 1952. Ele sabia que a Turma da Colinha vinha
negociando a sua substituição, por Flávio Costa, a quem chamava por Moço Branco –
achava que só não dirigia a Seleção Brasileira por ser negro.
Durante as comemorações
pelo título, ao ser carregado por torcedores, Gentil disse que ele não cairia,
pois estava com as massas, “e quem está com o povo não cai”.
Enganou-se, vascainissimamente. No entanto, pela segunda metade da década-1960, voltou a treinar a rapaziada que, evidentemente, já era outra.
Enganou-se, vascainissimamente. No entanto, pela segunda metade da década-1960, voltou a treinar a rapaziada que, evidentemente, já era outra.
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