O
jornalismo brasileiro é muito atento às datas importantíssimas, chamadas, hoje,
por pontuais. Neste ano, no entanto,
a rapaziada esqueceu do Tratado
de Versalhes, que assopra 100 velinhas.
www.setimistória.blogspot.com colocou na The Net esta charge que o Kike reproduz, sobre o momento em que a conta chegou para o alemão pagar |
O pacto vinha sendo negociado desde 18 de
janeiro e foi a continuação do Armistício de Compiègne, que
terminara com a guerra. Para os alemães, fora mais do que uma humilhante imposição.
Custara-lhes perder parte de seu território, todas as colônias e, ainda, ficar com a
obrigação de reduzir o seu exército.
Pela
Alemanha, assinou o documento o ministro do Exterior, Hermann Müller, enquanto
do outro lado estiveram as canetas dos primeiros-ministros italiano, britânico
e francês, respectivamente, Vitório Orlando, David Lloyd George e Georges
Clemenceau, e a do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson.
O
Japão, também considerado país vencedor da I Guerra Mundial, chegou a
participar das negociações, mas terminou deixando tudo por conta dos quatro grandes, que não foram cinco
porque a soviética Rússia negociara a paz, em separado, pelo Tratado de Brst-Litovsk, de 1918, cedendo à
Alemanha uma grana firme e grandes faixas de terras.
Herman Müller - reproduzido do Bundesarchiv Bild - deixou o jamegão no documento |
Republicano ter assumido o controle do Senado e achado excessivas as penas impostas aos alemães. Os caras ficaram com peninha deles e, em 1921, negociaram com os tais o Tratado de Berlim – hoje, são amiguinhos, aliadíssimos.
O Tratado de Versalhes ganhou tal nome por
alusão ao palácio xará, onde, a
partir do janeiro citado acima, os 70 delegados representantes de 27 nações iniciaram
discussões na Sala dos Relógios, do
Ministério dos Negócios Estrangeiros da Fança.
Documento fechado, a sua ratificação, pela Liga das Nações, só rolou no 10 de janeiro de 1920. Mas a conta das
idenizações só chegou à Alemanha em
1921: US$ 33 milhões de dólares, grana que, hoje, não paga uma rodada de cachaça.
Para historiadores alemães, la
plata teve desdobramentos trágicos. Eles
asseguram que a saída da dita cuja
do cofre de sua terra favoreceu a subida de Adolf Hitler ao poder, como chanceler, em 30 de
janeiro de 1933, e, por tabela, fez pipocar
a II Guerra Mundial, tempinho depois de os líderes mundiais terem deixado o seu
jamegão no Tratado de Versalhes.
Se estão certos, ou não, o certo é que, em 1938, a II Guerra Mundial poderia ter sido evitada, caso Adolf Hitler não tivesse sido tão neto da puta – a avó dele fora passada no saco pelo patrão.
Se estão certos, ou não, o certo é que, em 1938, a II Guerra Mundial poderia ter sido evitada, caso Adolf Hitler não tivesse sido tão neto da puta – a avó dele fora passada no saco pelo patrão.
O
seguinte é o seguinte: era 29 de setembro de 1938, quando Hitler convidou os
chefes de Estado britânico (Neville Chamberlain), francês (Édouard Daladier) e
o italiano Benito Mussolini, para darem um chego na alemã Munique. Levou apenas
20 minutos para passar a conversas nos três, prometendo não atacar países
vizinhos da Alemanha, em troca de uma parte da antiga Tchecoeslováquia, onde
viviam três milhões de almas. Como ele
já havia anexado a Áustria, com mais aquela terrinha, teria, então, espaço legal para cuidar de sua raça
germânica.
Os Estados Unidos, do presidente Wilson - reproduzido de capa de livro - não ratificaram documento da Liga das Nações |
O
caso fez Chamberlain virar bandido, ser considerado o pior primeiro-ministro
britânico da história e perder o emprego para Winston Churchil, que tinha
espírito beligerante. Assim, do ponto de vista de historiadores alemães, por
US$ 33 milhões de dólares estipulados pelo Pacto
de Versalhes, menos do que fatura, anualmente, um atual astro do futebol, o
planeta redondo como uma bola foi, novamente, à guerra – que bola fora!
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