O
time do Vasco da Gama vinha sendo o que o torcedor costuma chmar por máquina,
quando papa tudo. Ultimamente, havia papado o Brasileirão-1989 e da Taça
Guanabara-1990 (primeiro turno do Estadual-RJ). Nada mais normal do que a
Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro-FERJ marcar a primeira rodada
da Taça Rio (returno), com o Almirante nas águas da galera -
pra cartolada levantar uma graninha a mais.
Veio
a tarde do domingão 17 de março de 1990 e o Vasco tinha pela frente o
Botafogo, no Maracanã. Rola a bola e o que se via pelo gramado era uma máquina
enferrujada, lenta e sem criatividade. Níngém queria porra nenhuma com
a hora do brasil. Motivo para um agressivo Botafogo se
assanhar, marcando sob pressão e tirando espaços do seu contendor.
E se assanhou tanto que, aos oito minutos,. o zagueiro Gonçalves pintou na
rede. Grande festejo para a torcida alvinegra, comemorando continuidade de
invencibilidade de 37 partidas do chamado Cariocão. Comemoração de
gol que durou apenas seis minutos, tempo em que Robero Dinamite explodiu
a cidadela botafoguense e escreveu 1 x 1 no placar que ficou
assim até o apito final.
Jogo
acacbado, todos achavam, inclusive os atletas vascaínos (principalmente Bebeto,
que não fizera um chute ao gol), que o marcador havia sido injusto com a
rapaziada da Estrela Solitária. Tanto que Bismarck e Tita andaram
se estranhando feio, durante a contenda. De sua parte, o treinador
Alcir Portella não encontrava explicações para o desligamento de sua moçada -
Acácio; Luís Carlos Winck, Marco Aurélio, Quiñones e Mazinho; Adrade (Zé do
Carmo) Tita e Bismarck; Sorato, Bebeto e Roberto Dinamikte (Vivinho) -
e tentava atribuir as pisadas na bola ao desgaste físico por
estar disputando duas competições - a outra era a Taça Libertadores.
Explicação
parecendo mais correta tivera o treinador botafoguense, Edu Coimbra (ex-atleta
e ex-técnico do Almira), ao falar para o repórter Deni
Menezes, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro: "Virou
rotina rotina o Botafogo jogar melhor e não ganhar do Vasco".
K
entre nóiz: realmente, ficar em cima do muro, naquele dia,
quando nada, dera continuidade ao tabu, de quatro temporadas do
Estadual-RJ, com os vascaínos invictos diante do velho rival, daquela vez
em clássico no qual a torcida da Turma da Colina sacaneara
os seus campeões da Taça GB, pelo público de apenas 9.l16
pagantes. A cota pingada em São Januario não dava para o Almirante comprar
um óleo e deixar o metal do caneco brilhando.
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