19 de julho de 1980 - A tabela da Taça Guanabara mandava o Vasco da
Gama para o Maracanã, onde o Fluminense o aguardaria - para apanhar. Apanhou diante
de 15.735 almas, por 3 x 1. Roberto Dinamite abriu os trabalhos, no
primeiro tempo e, não satisfeito com a pontaria do seu pé bom de rede, voltou a sua faina, na segunda etapa. Pelo fialzinho
da pugna, Edvaldo, liquidou aquela história "que entroua pelo bico do pato e saiu pelo do pinto". Aliás, do coelho, do apitador Arnaldo César
Coelho. Está antado no caderninho como
tendo sidofoi a primeira vitória vascaína sobre os tricolores na década de
1980, e o segundo jogo do período – 1 x 1 no primeiro, meses antes, pelo
Campeonato Brasileiro. A rapaziada etava treinada por Gílson Nunes,
ex-ponta-esquerda da casa e campeão carioca-1970, e formou assim: Mazaropi;
Orlando Lelé (Ivo), Juan, Léo e Marco
Antônio; Serginho (Zandonaide), Pintinho e Guina; Katinha, Roberto Dinamite e
Paulo César.
KÁ PRA ZNÓIZ! O Almirante fez o Flu de pinto, mas Pintinho estava vascasinadíssimo.
Irmão de Valdo, o maior artilheiro da história
do Fluminense, o também atacante Vanderlei começou com um bom futuro em São
Januário. Em 1960, ele foi convocado para a seleção canarinha
que disputaria os Jogos Olímpicos de Roma, na Itália. Todos os atletas
tinham a idade de juvenis. Mesmo assim, ao deixar aquele time, ele
passou a segundo reserva do ponta-direita Sabará, e chegou a disputar algumas
partidas do time A cruzmaltino. Ganhou prestígio, afinal jogar na vaga do
titular não era fácil. Sabará era o único ponteiro respeitado por Nílton
Santos, considerado o melhor lateral-esquerdo da história do futebol
brasileiro. Vanderlei, no entanto, não explodiu. O Vasco o mandou para a
Portuguesa Santista, em 1961. Ao encerrar o seu contrato, ele disse não ter se
adaptado ao novo clube e voltou para o Rio de Janeiro, pensando em encerrar a
carreira. Por sorte, o irmão Valdo tinha muito prestígio no futebol espanhol e
conseguiu encaminhá-lo ao Elche.
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