Vasco

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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O DIA DO TREINADOR DE FUTEBOL

O “professor” também tem o seu dia. As vezes, até dá pra comemorar. Se bem que lhe falta tempo, pois ele trabalha quase todos os dias. Quando está empregado. E o pior é que ele é, sempre, o culpado. Se ganhar por 10 x 0 e perder, amanhã, por 1 x 0, começa a cair. Mas, já que hoje é o seu dia (14 de janeiro) enntão, parabéns!
Em São Januário, são muitas as “histórias lendárias” sobre tais figuras. Na década de 1920, por exemplo, teve o uruguaio Ramón Platero (foto acima), que matava a rapaziada nos exercícios físicos. No jogo, porém, o Vasco mudava qualquer placar, no segundo, quando o adversário colocava a língua pra fora. Por isso, surgiu o "Time da Virada”, campeão carioca em 1923/1924.
Uruguaio que também fez história na Colina foi Ondino Vieira, na década de 1940. Colocou nos trilhos o “Expresso da Vitória”, uma máquina poderosíssima, das melhores do planeta, quase imbatível. Depois de ser campeão carioca, em 1945, ele achou ter cumpriddo o seu papel de maquinista e abriu vaga par Flávio Costa, que tirou o que podia da caldeira, inclusive o primeiro título de um time brasileiro no exterior, o Sul-Americano de Clubes Campeões-1948, no Chile, além dos cariocas de 1947/1949/1950.
Flávio Costa, por sinal, foi o criador do centroavante no futebol brasileiro. Não aceitava Ademir Menezes jogando recuado. Tornou-o um “ponta-de-lança” e mandou a escanteio os rígidos princípios táticos ingleses que rolavam pelos nossos gramados. Ademir, com as suas terríveis arrancadas, no rumo da área, foi um dos maiores goleadores desse país. Por sua causa, os treinadores criaram o quarto-zagueiro, recuando um homem da antiga linha média, o hoje o meio-de-campo.
Na mesma década de 1950, o Vasco teve um treinador folclórico: Gentil Cardoso. Conta-se que lhe fuxicaram que a sua moçada fugia da concentração, em um hotel, perto de um cinema, e não perdia um filme, nas vésperas de jogo. Sargentão, Gentil foi à caça dos fujões. Chegando à bilheteria, quem viu? O maior astro do futebol brasileiro, Ademir Menezes. Malandro, Seu Gentil sacou: "Só vim assistir este filme, tão comentado, porque lhe vi saindo e sabia que você pagaria o meu ingresso". Como o “Queixada” "esquecera" a carteira no hotel, os dois voltaram juntos.
VENCEU E CAIU - Gentil Cardoso foi protagonista, também, de duas outras histórias raras. Em 1952, ao ser campeão carioca e carregado pela galera, declarou que estava com as massas e não haveria cartola capaz de derrubá-lo. No dia seguinte, foi demitido. Mas, em 1964, ele deu o troco. Treinava a Portuguesa-RJ, que encararia os vascaínos, no domingo. “Vai dar zebra!”, avisou, escalando um bicho que não tem no “Jogo do Bicho”. E foi o que deu. Mandou 2 x 1.
Os cruzmaltinos já tiveram treinador demitido por ser muito chato: o do argentino Abel Picabéa, na décadas de 1960. Também, mandado embora por falar demais. Depois dele, muitos passaram pela Colina, falando (e vencendo) de menos. Só teve um assim (falava inglês) que se deu bem: Harry Welfare, que dirigiu o time na primeira conquista de um torneio internacional em gramados brasileiros, em 1940. Antes, fora campeão carioca em 1929/1934/1936.
De tudo o Vasco já viveu com os seus treinadores. Houve até fujões. Martim Francisco (foto), campeão carioca, em 1956 (em 1957 colocou na roda o melhor time do mundo, o Real Madrid, e ganhou o Torneio de Paris, espécie de Mundial da época). Sem mais nem menos, trocou São Januário, pelo Corinthians, em 1957. O mesmo fez Celso Roth, em 2010, se bandeando para o Internacional, mas sem título na sacola.
BANCÁRIOS - Vários ex-atletas vascaínos já se sentaram no banco dos reservas e comandaram o time: Ademir Menezes, Abel Braga, Alcir Portella, Carlos Alberto Zanata, Edu Coimbra, Ely do Amparo, Gradim (Francisco de Sousa Ferreira), Gílson Nunes, Yustrich (Dorival Knipell) Jair Pereira, Joel Santana, Mauro Galvão, Orlando ‘Lelé’, Orlando Fantoni, Paulinho de Almeida, Pinga (José Lázaro Robles), Tita (Milton Queiroz da Paixão) e até Roberto Dinamite e Romário.
Dos citados ascima, levaram taças para a Colina: Gradim (Campeonato Carioca e Torneio Rio-São Paulo-1958); Orlando Fantoni. (Carioca-1977/1978 e Taça Guanabara-1978); Edu Coimbra (Taça Rio-1984); Carlos Alberto Zanata (Tornei Ramón de Carranza-1988/1989); Alcir Portella (Taça Guanabara-1990); Joel Santana (Carioca-1992/1993; Taça Guanabara-1992; Taça e Rio-1993/2001 e Copa Mercosul-2000; Jair Pereira (Carioca-1994 e Taça Guanabara-1994) e Abel Braga (Taça Guanabara-2000).


 
   

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