
Naquela tarde na Bahia, Pelé havia driblado o goleiro Jurandir e só tinha a rede à sua frente. Foi quando surgiu Nildo, que declarou, depois das vaias: "Se fosse gol, seria bom para o Bahia, mas eu não apareceria. Felizmente, Deus me ajudou a tirar aquela bola. E eu faria tudo novamente".
Conta-se que Nildo levou bronca até do presidente do Bahia, e que, no vestiário, os dirigentes do clube baiano ordenaram aos seus jogadores não abraçarem Pelé, "após o gol", para deixá-lo comemorar. E lhes proibiram de pedir a camisa 10 ao craque santista.
Registrado como Nildon Braga Veloso, o “Nildo” nasceu em Maragogipe-BA, foi criado em Ilhéus, surgiu no time do Colo-Colo local e viveu até 18 de outubro de 2008. Campeão baiano, em 1967, defendeu, ainda, os time do América de Rio Preto-SP e do Galícia-BA. Ao encerar a careira, trabalhou em supermercado, fábrica de água mineral, corretagem de imóveis e foi, também, funcionário público. Deixou seis filhos. Se tivesse colaborado com o "Rei", aquela não teria sobrado para o Vasco. Se bem que a torcida cruzmaltina (da qual também faz parte o próprio Pelé) comemorou o "Gol do Século", pois a "Turma da Colina", que abrira o placar, só cumpria tabela no jogo de 19 de novembro de 1969, válido pelo então chamado Campeonato Nacional.
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