Vasco

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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

VASCO DAS CAPAS - ALMIR ALBUQUERQUE

O atacante Almir Morais de Albuquerque começou a ficar marcado pelas torcidas adversárias do Vasco devido as confusões em que se envolvia, dentro dos gramados. A pior delas rolou em 9 de agosto daquele 59, pelo Campeonato Carioca, quando ele disputou um lance do qual o lateral-esquerdo Hélio, do América, saiu com uma das pernas fraturadas. Xingado pela torcida americana, Almir jurou à “RE” que não tivera a intenção de encerar a carreira do colega de profissão. “Nunca...tive o espírito de carrasco”, garantiu. E disse:” Os gritos de ‘assassino’ que me dirigiram, no Marcanã, foram como que setas me perfurando todo o corpo”.
Suspenso, pelo Tribunal de Justiça da Federação Carioca de Futebol, o “Pernambuquinho” – seu apelido – viu no castigo até uma ajuda. Segundo avaliou, poderia não render mais nada para o ataque vascaíno, caso saísse impune do acontecido, devido a tensão que passara a viver. Para ele, os que o atacaram poderiam raciocinar melhor e concluir que, sendo tão jovem, ele não poderia seria burro ao ponto de liquidar a sua carreira em apenas um jogo.
Almir disse, ainda, à "Revista do Esporte de Nº 30, de 3 de outubro de 1959, que o lateral Hélio era um dos seus “melhores amigos” no time do América e que vinha rezando pelo seu restabelecimento, pois não compreendia aquele “incidente”. E prometeu mostrar a sua classe, “sem precisar usar da deslealdade, já que todos me julgam um carrsco, coisa que nunca fui”, garantiu.
Naquele jogo em que Almir virou “bandidão”, o Vasco caiu, por 1 x 3, diante de 59.317 pagantes, e ele marcou o chamado “gol de honra” cruzmaltino. O juiz Cláudio Magalhães e a “Turma da Colina” do dia era dirigida pelo treinador Francisco de Sousa Ferreira, o Gradim, que escalou: Barbosa, Paulinho de Almeida, Bellini e Orlando; Écio e Coronel; Sabará, Almir, Roberto Pinto, Rubens e Pinga.

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