Rolava o Torneio Rio-São Paulo-1961. O Vasco estreara goleado (1 x 5), pelo Santos, no Pacaembu, e sem Pelé marcar gol. Recuperou-se, oito dias depois, mandando 2 x 0 no Corinthians, no Maracanã. Passados mais quatro dias, voltou ao Pacaembu e sapecou 3 x 2 na Portuguesa. Em 18 de março, de novo, caiu por 1 x 5. Do Botafogo, de Mané Garrincha. Mais cinco dias se passaram e a recuperação vascaína foi goleando o América- 4 x 1. Tremenda irregularidade.
Em 27 de março, nova promessa de estabilização nos resultados positivos: 2 x 0 sobre o São Paulo, no Maracanã. E o melhor: no dia 30, aplicou 4 x 1 sobre o Fluminense. Três vitórias seguidas, com duas goleadas. Um bom cartel para enfrentar o Flamengo, em 3 de abril. Com quatro triunfos e duas quedas, o Vasco pegaria um adversário igualado a ele. E abriu o placar do Clássico dos Milhões”, aos 24 minutos do primeiro tempo, por intermédio do centroavante Delém. Mas deixou Gérson empatar, aos 42.
Veio segundo tempo e um ponta-esquerda rubro-negro baixinho, Babá, que travava duelos memoráveis com o grandalhão Ely do Amparo, aprontou. Aos 15 minutos da segunda etapa, o carinha, de apenas 1m54cm, burlou a vigilância do zagueirão Hideraldo Luís Bellini, de 1m82cm, e deu a vitória aos flamenguistas.
Abatido, pela virada, ao Vasco perdeu o jogo seguinte, 1 x 3 Palmeiras. Quando nada, passou à fase final e venceu seus dois jogos iniciais: 2 x 1 Santos (com Pelé)e 2 x 0 Corinthians, no Pacaembu. Foi para a rodada final igualado ao Flamengo, mais uma vez igualado a ele. O Vasco, porém, perdeu do Palmeiras, 0 x 1, enquanto Fla passou pelo Corinthians: 2 x 0, sagrando-se campeão.
Aquela foi demais. Perdeu do maior rival, com gol do jogador mais baixinho já surgido no futebol brasileiro; no último jogo, marcou um gol contra, que lhe tirou o título – do zagueiro Russo, aos 5 minutos do primeiro tempo – e ainda vi o maior rival carregar o caneco, do seu primeiro titulo nacional.
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