1 - A revista sobre os 60 anos do “Almirante” é um tesouro disputadíssimo pelos colecionadores. Encontra-se nela fotos dos times campeões cariocas (invicto) de 1945 e 1947, bem como da equipe do título de 1949, com Heleno de Freitas ao lado de Ademir Menezes, e das duas últimas conquistas do “Expresso da Vitória”, em 1950 e em 1952. Lá está, também, a foto do “Troféu América del Sur”, o primeiro de um clube brasileiro no exterior, oferecido pelo presidente do Chile, Gabriel Gonzalez Videla. A publicação lista todos jogos internacionais, entre 31 de março de 1928 e 15 de junho de 1958 , e passa pelos demais esportes praticados pelo clube até aquele 1958, ou sejam, atletismo, basquete, esgrima, futebol de salão, natação, pugilismo, remo, saltos ornamentais e tênis de mesa. Surgido para dedicar-se ao remo, o Vasco conta a sua história nesta modalidade, em três páginas (com fotos) escritas pelo historiador José da Silva Rocha, que seria seu presidente, em 1963. Embarcando na baleeira “Volúvel”, em 19000, o leitor navegará pelas yoles em um texto muito agradável. O Vasco começou a ser grande por ali.
2 - Era véspera de Vasco x Náutico-PE, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro-1989. A rapaziada não fizera os pontos planejados nos jogos anteriores, e o presidente Antônio Calçada teria dito ver a comissão técnica trabalhando pouco. O treinador Nelsinho Rosa ficou uma fera, evidentemente. E a imprensa carioca não perdeu a chance de tocar mais fogo ainda na Colina. No dia da partida, o “Pai Santana” aproveitou a onda e disse aos radialistas que tinha um óleo milagroso, “trazido da cidade santa de Meca” (na Arábia Saudita), para massagear ao músculos do baianinho Bebeto, o seu escolhido para tirar de São Januário o título de “a casa onde mora o fuxico?”. Se o óleo fez milagre, ou não, Bebeto mandou duas pipocas nas redes e a rapaziada sapecou 4 x 2 nos pernambucanos, limpando a fumaça da crise. Naquele dia, o Vasco jogou com tanta raça que roubou 47 bolas dominadas pelo “Timbu”.
3 - O Vasco via-se ameaçado de não chegar à final do Brasileirão-1989. Isso por causa de manobras da cartolagem da Federação Paulista de Futebol, para ajudar o seu mais forte concorrente ao título, o Palmeiras. A entidade escondera estar a Inter, de Limeira, punida com a perda de um mando de campo, só fazendo um dia depois do empate (2 x 2) do seu filiado, em seu reduto, diante dos vascaínos. Com a revelação, os palmeirenses poderiam tirar de Limeira o seu jogo contra o time da casa, levando-o para um outro local. Então, Eurico Miranda, que era o diretor de futebol da Confederação Brasileira de Futebol-CBF, soltou os cachorros. Em resposta, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, pediu-lhe que se decidisse: se comportava como diretor de uma confederação, ou omo representante de clube. No dia 16 de novembro, uma quinta-feira, Eurico pediu dispensa do seu cargo na CBF, e voltou para a Colina.
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