Vasco

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sábado, 13 de outubro de 2018

O VENENO DO ESCORPIÃO - O PRÍNCIPE DESEMBUCETADO E DESENDINHEIRADO

Felipão sacaneou a mulher
 e se estrepou depois 
           LEVOU ESPORRO ATÉ DO PAPA
A história do sangue dele era de fazer inveja a qualquer cristão. Sua família cedera à Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana cinco papas, 40 cardeais e teve 15 alms dessa patotas  com processos de canonização inicidos. Mas não deveria ser, seguramente, com ele, o príncipe Felipe Orsini, que a santidade da sua galera começaria.
 Rebelde, inimigo de convenções e insubmisso ao formalismo da aristocracia, Orsini gostava de viver como os príncipes da época do Renascimento,  nos gloriosos e dourados  “1.500-e-pancadas”, em que eferveceram na cena italianas figuras como os Medicis e os Borgia.
 Por conta do seu sangue nobre, Feliie Orsini beliscou, junto ao Vaticano, o belíssimo emprego de Príncipe Assistente do Sólio Pontifice. Trabalhava de menos. De vez em quando, se o “Santo Padre” decidisse pintar em público, ele  vestia um ridículo calção curto, empunhava um espadim e deixava o protocolo rolar diante do povão.
  Certo dia, sem ter compromissos com o chefe  Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli,  que atendia, também,  por Papa Pio 12, o Felipão foi fazer um rolé com uns chegados pelo balneário Fregene. Por lá, topou com a atriz Belinda Lee, sem saber quem seria a dita cuja e, durante as apresentações, beijou-lhe uma das mãos, como mandava o figurino da “pleboizada”. Pronto! Estava armada a “saca”.
 Felipe Orsini, diante daquele mulherão que conquistara milhares de tietes, pela sua atuação e 31 filmes rodados entre Inglaterra, Estados Unidos e Itália, de 1954 e 1961, ficou perdidamente arriado pela moça nascida eme Davon (1935). Largou mulher e dois filhos, e caiu na sacanagem com a inglesinha.
 Ao saber do que o seu pupilo andava aprontando, o glorioso “Pipiu-12” chamou-lhe no cantão e passou-lhe caprichados pitos. Mas não adiantou. O sujeitim mandou o Vaticano (sabe pra onde, né) e se mandou, com Belinda, para a Riviera francesa, onde  fez a festa dos escandalosos repórteres de jornais sensacionalistas. Estava, arrebatadamente, enfeitiçado pela moça, enquanto a aristocracia romana consolava a sua abandonada e sacaneada esposa.
Belinda, mais do que linda, pulou fora
O príncipe a sua atriz viveram um romance  atribuladíssimo que incluiu até tentativas de suicídios recíprocos. Tudo por nada. Tempinho depois, o “Piupiu! o demitiu - a bem da moral e os bons costumes da cristandade -  e Melinda o mandou se picar.
Desempregado e sem dinheiro, o Felipão anunciou-se à disposição dos editores para contar, em livro, as intimidades do casal. Não comoveu, pois a a atriz estava pelas telas dos cinemas no papel de uma imperatriz romana famosa pelo seu apetite sexual. Os leitores, pensavam os “publishers”, deveriam preferir conferir as performanes da moça por imagens, não por leitura.
 Fazer o quê? Não deu para o príncipe voltar para a sua mulher oficial. E qual “dona” com perspectivas de muita farra iria encarar um cara sem grana? Ele dizia que ganharia 10 milhõs de liras se vendesse os direitos do livro, mas o que rolava era a propaganda do seu bolso furado. Não tinha mais como participar de escândalos à italiana, tipo o de Wilma Montesi  e das festas com nudismo, em honra da Condessa Robillant, que faziam toda Roma  invejar os convidados. 
 De uma hora para outra, sem mulher, namorada e conquistas à vista, o Felipão foi obrigado, também, a recolher o seu trepidante apetite sexual de príncipe renacentista que não se contentava com uma só lebre para abater.
  Seguramente, isso é o que se pode chamar de príncipe desembucetado. Convenhamos!


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