Felipão sacaneou a mulher e se estrepou depois |
A história do sangue
dele era de fazer inveja a qualquer cristão. Sua família cedera à Santa Madre
Igreja Católica Apostólica Romana cinco papas, 40 cardeais e teve 15 alms dessa
patotas com processos de canonização
inicidos. Mas não deveria ser, seguramente, com ele, o príncipe Felipe Orsini,
que a santidade da sua galera começaria.
Rebelde, inimigo de
convenções e insubmisso ao formalismo da aristocracia, Orsini gostava de viver
como os príncipes da época do Renascimento,
nos gloriosos e dourados “1.500-e-pancadas”,
em que eferveceram na cena italianas figuras como os Medicis e os Borgia.
Por conta do seu
sangue nobre, Feliie Orsini beliscou, junto ao Vaticano, o belíssimo emprego de
Príncipe Assistente do Sólio Pontifice. Trabalhava de menos. De vez em quando,
se o “Santo Padre” decidisse pintar em público, ele vestia um ridículo calção curto, empunhava um
espadim e deixava o protocolo rolar diante do povão.
Certo dia, sem ter
compromissos com o chefe Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli, que
atendia, também, por Papa Pio 12, o
Felipão foi fazer um rolé com uns chegados pelo balneário Fregene. Por lá,
topou com a atriz Belinda Lee, sem saber quem seria a dita cuja e, durante as
apresentações, beijou-lhe uma das mãos, como mandava o figurino da
“pleboizada”. Pronto! Estava armada a “saca”.
Felipe Orsini, diante
daquele mulherão que conquistara milhares de tietes, pela sua atuação e 31
filmes rodados entre Inglaterra, Estados Unidos e Itália, de 1954 e 1961, ficou
perdidamente arriado pela moça nascida eme Davon (1935). Largou mulher e dois
filhos, e caiu na sacanagem com a inglesinha.
Ao saber do que o seu
pupilo andava aprontando, o glorioso “Pipiu-12” chamou-lhe no cantão e
passou-lhe caprichados pitos. Mas não adiantou. O sujeitim mandou o Vaticano
(sabe pra onde, né) e se mandou, com Belinda, para a Riviera francesa,
onde fez a festa dos escandalosos
repórteres de jornais sensacionalistas. Estava, arrebatadamente, enfeitiçado
pela moça, enquanto a aristocracia romana consolava a sua abandonada e
sacaneada esposa.
Belinda, mais do que linda, pulou fora |
Desempregado e sem dinheiro, o Felipão anunciou-se à
disposição dos editores para contar, em livro, as intimidades do casal. Não
comoveu, pois a a atriz estava pelas telas dos cinemas no papel de uma
imperatriz romana famosa pelo seu apetite sexual. Os leitores, pensavam os
“publishers”, deveriam preferir conferir as performanes da moça por imagens,
não por leitura.
Fazer o quê? Não deu
para o príncipe voltar para a sua mulher oficial. E qual “dona” com perspectivas
de muita farra iria encarar um cara sem grana? Ele dizia que ganharia 10 milhõs
de liras se vendesse os direitos do livro, mas o que rolava era a propaganda do
seu bolso furado. Não tinha mais como participar de escândalos à italiana, tipo
o de Wilma Montesi e das festas com nudismo,
em honra da Condessa Robillant, que faziam toda Roma invejar os convidados.
De uma hora para
outra, sem mulher, namorada e conquistas à vista, o Felipão foi obrigado,
também, a recolher o seu trepidante apetite sexual de príncipe renacentista que
não se contentava com uma só lebre para abater.
Seguramente, isso é o
que se pode chamar de príncipe desembucetado. Convenhamos!
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