Pelos últimos períodos da década-1960, a
mineira Wanderléa era a indiscutível “sucessona” da música jovem brasileira,
carimbada por iê-iê-iê, na esteira do yeah-yeah-yeah dos ingleses Beatles e
tendo por guru “brasuca” o capixaba Roberto Carlos.
Por nuvens circulantes a da
“Wandeca” rolavam Waldirene, Maritza Fabiabni, Martinha, Denise Barreto, Vanusa,
Silvinha e Kátia Cilene, entre outras.
Uma das últimas cantoras do movimento a surgir
na década-60 foi Sandra. Amiga do empresário Ariston de Almeida, este a
apresentou a Bibi Ferreira (dispensa comentários), para quem cantou e encantou.
E foi parar no programa da mesma, na TV Tupi, indo ao ar usando uma roupa
azul-claro, com debrum rosa, cantando “Nossa Canção”, sucesso de Roberto
Carlos.
Além de cantar e ser entrevistada por Bibi, a
“estrelinha”, como a “estrelona” a definiu, Sandra agradou muito ao auditório e
aos diretores Péricles Leal (artístico da TV) Élcio Milito (de estúdio da
gravadora Phillips)). Pronto! Arrumou emprego, rápidão.
De inicio, em 1967, Sandra formou dupla com o
mineiro Márcio Greick e apresentava-se, aos sábados, no programa ‘Múisica
Jovem”, da Tupi de São Paulo. Pela mesma época, gravou o seu primeiro disco, um
compacto simples (uma músia de cada olado, nos tempos do vinil), lançado pela
Polydor, cantando “Uni-du-ni-tè”, musiquinha inocente, quase infantil, composta
por Nonato Buzzr/Chico Feitosa, e “Primeiro beijo”, de Márcio Greick/Carlos
Wallace/Fernando Adours.
Ainda, em 1967, participou do I Festival Internacional
da Canção, cantado composição “Vem comigo cantar”de Luiz Bonfá/Maria Helena
Toledo.
Sandra
e a sua voz suave haviam chegado para ficar. Tanto que, em 1968, a gravadora
RCA-Victor a levou. E ela gravou mais quatro compactos simples, até 1970.
Naquela década, no entanto, afastou-se do mundo artístico e pouco se soube
depois sobre a sua vida. Quem fizer um
rolé pelos sites de busca da Internet encontará poucos coisa dela.
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