Caso as pesquisas eleitorais se confirmem, a eleição, amanhã, em segundo turno, do
capitão Jair Bolsonaro à Presidência da República nos levará a rever semelhanças registradas
nas paredes do túnel do tempo.
Caso dos mais improváveis ocupantes de cargos máximos em determinadas quebradas.
Caso dos mais improváveis ocupantes de cargos máximos em determinadas quebradas.
O capitão tem 26 anos do que se poderia
classificar de improdutividade legislativa, não tendo contribuído em nada para
o avanço da sociedade brasileira. Você já leu em algum jornal notícia sobre uma
grande proposta dele?
Na verdade, Bolsonaro já apresento mais de 600 projetos legislativos, média de 23 por legislatura, mas propô-los não
significa aprovação. Podem até nem mesmo serem votados, pois tudo depende
da ideologia dominante naquele momento parlamentar. Anote três propostas do
capitão:
2015 – tornar obrigatória revista pessoal aos visitantes em estabelecimentos prisionais; 2016 – garantir 50% das vagas para deputados federais às populações negras e pardas. 2016 - emenda
constitucional para o ministro da
Defesa ser, sempre, oficial general
das Forças Armadas;
No segundo caso, certamente, o capitão não estava preocupado com os votos dos
loiros e dos ruivos. Confere?
Busto de Nero reproduzido de www.wikiedia |
Evidentemente, que o capitão não teria nenhuma chance de presidir estas bandas, se a Justiça canarinha não tivesse enjaulado o favoritíssimo ex-presidente Luís Lula da Silva. Não é, no entanto, a primeira das histórias de “surpreendências” no “rol dos milicão”, como diria aquele poeta subversivo, elemento ativo, nocivo ao bem-estar comum, como cantou o Chico.
Na época da ditadura dos generais-presidentes
– 1964 a 1985 -, o cargo máximo do governo nacional ficava muito com os
ministros do Exército. Até que “uzome” obrigaram o general Garrastazu Medici a
aceita-lo. Este, que não queria nada, mordia (mole), sua graninha como adido
militar na embaixada brasileira de Washington-EUA, terminou presidente sem
querer – e deu no que deu: a fase mais chumbada da ditadura.
Outros chefes mais do que improváveis surgiram
durante a Dinastia Júlio-Claudiana, entre 27 e 68 antes de Cristo, na Roma
antiga. Foram Tiberius Claudius Caesar Augustus Germanicus, o Cláudie, e Nero Claudius Cæsar Augustus Germanicus, nascido
Lucius Domitus Ahenobarbus.
O primeiro fora pegado no
laço, escondido atrás de uma cortina, temendo ser assinado pela guarda
pretoriana, como esta havia feito com o seu sobrinho Calígula. Por ser manco,
gago e sem experiência administrativa, achavam que o único adulto da família claudiana
poderia ser boneco de manipulação fácil. Eraram o alvo. Claudio mostrou-se
excelente governante, grande estrategista militar e amado pelo povo, sobretudo por
aumentar os limites geográficos do império romano.
Foto oficial - Palácio do Planalto |
Mais recentemente, um
caso parecido de chefe acidental aconteceu durante as eleições do Club de
Regatas Vasco da Gama. Após muitas brigas judiciais, houve uma nova corrida às
urnas. O candidato a vice de uma das chapas brigou com o cabeça da dita cuja,
armou com o “caudilho” Eurico Miranda, que deveria ter sido o grande derrotado, e
chegou ao poder na Colina. Até ali, ninguém sabia quem era Campelo, que não era
nem o quinto favorito.
Vai aqui uma previsão do Kike: por ter recebido um presente
do ex-presidente Luis Lula, o presidente eleito hoje vai devolver-lhe a coisa,
pela próximo indulto do Natal. Isso, se os seus 12% de frente para o candidato do PT, Fernando Hadad (considerado o "mais rúim" dos prefeitos que passaran por São Paulo) não forem cobertos no Ceará, onde Ciro Gomes o apoia e manda nas urnas –
coitado do Brasil. Candidatos piores nem em Petrulaskyiakaiseribriskimidvengenskhe.
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