Vasco

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sábado, 27 de outubro de 2018

O VENENO DO ESCORPIÃO – OS HOMENS IMPREVISTOS QUE DRIBLARAM O DESTINO


 Caso as pesquisas eleitorais se confirmem, a eleição, amanhã, em segundo turno, do capitão Jair Bolsonaro à Presidência da República nos levará a rever semelhanças registradas nas paredes do túnel do tempo. 
Caso dos mais improváveis ocupantes de cargos máximos em determinadas quebradas.
 O capitão tem 26 anos do que se poderia classificar de improdutividade legislativa, não tendo contribuído em nada para o avanço da sociedade brasileira. Você já leu em algum jornal notícia sobre uma grande proposta dele?
Na verdade, Bolsonaro já apresento mais de 600 projetos legislativos, média de 23 por legislatura, mas propô-los não significa aprovação. Podem até nem mesmo serem votados, pois tudo depende da ideologia dominante naquele momento parlamentar. Anote três propostas do capitão:    
 2015 – tornar obrigatória revista pessoal aos visitantes em estabelecimentos prisionais; 2016 – garantir 50% das vagas para deputados federais às populações negras e pardas. 2016 - emenda constitucional para o ministro da  Defesa ser, sempre,  oficial general das Forças Armadas; 
No segundo caso, certamente, o capitão não estava preocupado com os votos dos loiros e dos ruivos. Confere? 
Busto de Nero reproduzido de www.wikiedia
Pois bem! Em 2014, quando a Copa do Mundo rolava pelos gramados “brasucas”, só os jornalistas que cobriam o Congresso Nacional já o tinham  visto mais magro. O eleitorado só sabia da sua existência quando a TV o mostrava xingando “veados”, mulher feia e fazendo bravatas, para ser notícia, como homenagear um brilhante torturador. Ele excedeu quando, em entrevista a um programa pândego de TV, contou ter enfiado o “piru” em muito subilatório quente de galinha, em épocas de moleque adolescente - experiência genética, com bípedes avícolas, quem sabe?
 Evidentemente, que o capitão não teria nenhuma chance de presidir estas bandas, se a Justiça canarinha não tivesse enjaulado o favoritíssimo ex-presidente Luís Lula da Silva. Não é, no entanto, a primeira das histórias de “surpreendências” no “rol dos milicão”, como diria aquele poeta subversivo, elemento ativo, nocivo ao bem-estar comum, como cantou o Chico.
 Na época da ditadura dos generais-presidentes – 1964 a 1985 -, o cargo máximo do governo nacional ficava muito com os ministros do Exército. Até que “uzome” obrigaram o general Garrastazu Medici a aceita-lo. Este, que não queria nada, mordia (mole), sua graninha como adido militar na embaixada brasileira de Washington-EUA, terminou presidente sem querer – e deu no que deu: a fase mais chumbada da ditadura.
 Outros chefes mais do que improváveis surgiram durante a Dinastia Júlio-Claudiana, entre 27 e 68 antes de Cristo, na Roma antiga. Foram Tiberius Claudius Caesar Augustus Germanicus, o Cláudie, e Nero Claudius Cæsar Augustus Germanicus, nascido  Lucius Domitus Ahenobarbus.
 O primeiro fora pegado no laço, escondido atrás de uma cortina, temendo ser assinado pela guarda pretoriana, como esta havia feito com o seu sobrinho Calígula. Por ser manco, gago e sem experiência administrativa, achavam que o único adulto da família claudiana poderia ser boneco de manipulação fácil. Eraram o alvo. Claudio mostrou-se excelente governante, grande estrategista militar e amado pelo povo, sobretudo por aumentar os limites geográficos do império romano.
Foto oficial - Palácio do Planalto
  Nero, que não tinha nenhuma, mas nenhuma chance de ser imperador, tornou-se o tal por conta de sua mãe ter se casado com Cláudio e o envenenado. De sua parte, Nero envenenou o único herdeiro do imperador e os dois fecharam a conta. 
 Mais recentemente, um caso parecido de chefe acidental aconteceu durante as eleições do Club de Regatas Vasco da Gama. Após muitas brigas judiciais, houve uma nova corrida às urnas. O candidato a vice de uma das chapas brigou com o cabeça da dita cuja, armou com o “caudilho” Eurico Miranda, que deveria ter sido o grande derrotado, e chegou ao poder na Colina. Até ali, ninguém sabia quem era Campelo, que não era nem o quinto favorito.
Vai aqui uma previsão do Kike: por ter recebido um presente do ex-presidente Luis Lula, o presidente eleito hoje vai devolver-lhe a coisa, pela próximo indulto do Natal. Isso, se  os seus 12% de frente para o candidato do PT, Fernando Hadad (considerado o "mais rúim" dos prefeitos que passaran por São Paulo) não forem cobertos no Ceará, onde Ciro Gomes o apoia e manda nas urnas – coitado do Brasil. Candidatos piores nem em Petrulaskyiakaiseribriskimidvengenskhe.         


  
      

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