Vasco

Vasco

domingo, 7 de outubro de 2018

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - AS PRIMEIRÍSSIMAS DONAS DA BOCA DA URNA

Foto de Alzira reproduzida de divulgação da Academia Virtual de História - Agradecimento
  Hoje é dia de os brasileiros irem às urnas, eleger os seus representantes, de deputados estaduais a presidente da República.
 Dos 147.302.357 eleitores habilitados ao voto, em 5.570 municípios, 77.337.918 são mulheres que, só a partir de 1932, quando o país era governado por  Getúlio Vargas, passaram a ter o direito de votar – 69.901.035 eleitores que votam hoje são do sexo masculino.
Mas, em 1929, Alzira Soriano já tornara-se a primeira mulher a tomar posse como prefeita de um município “brasuca”. Fora eleita, em 1928, prefeita da cidade de Lages-RN.
Luísa Alzira Teixeira Soriano, nasceu eu Jardim de Angicos, em 29 de abril de 18978 e viveu até  28 de maio de 1963. Eleita pelo Partido Republicano, com 60% dos votos, tornou-se,também, a primeira mulher latino-americana a governar um município. No entanto, ficou só uma temporada no cargo. Em 1930, descontente com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela deixou a função. Ela chegou, também, a ser eleita em três oportunidades para vereadora de Jardim de Angicos. 
Dada a largada para a mulher votar, quando 1933 rolou, Carlota Pereira de Queirós, paulistana que viveu entre 13.02.1892 a 14.04.1982,  foi eleita a primeira mulher deputada federal do país. Médica, escritora e pedagoga,  participou da Assembléia Nacional Constituinte-1934/1935. Filha de José Pereira de Queiroz e de Maria Vicentina de Azevedo Pereira de Queiro, graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,  em 1926, fez cursos posteriores na Europa.
 Corajosa, Carlota, durante a “Revolução Constitucionalista-1932, organizou e liderou grupo de 700 mulheres para garantir assistência médica aos feridos. Fundou a Academia Brasileira de Mulheres Médicas, em 1950
Reprodução de www.tse.jus.br
Em 1934, era a vez de Antonieta de Barros, filha de uma escrava que trabalhou para Vidal Ramos, pai de Nereu Ramos, que foi vice-presidente do Senado e assumiu, por dois meses, a presidência da República, na década-1950, pela época da crise do afastamento do presidente Café Filho. Antonieta chegou à Assembleia de Santa Catarina e foi a primeira parlamentar negra destas terras. 
Nascida em Florianópolis, viveu entre 11.07.1901 a 28.03.1952, tendo sido, também,  jornalista - fundou e comandou o jornal “A Semana”, entre  1922 e 1927, e, ainda, dirigiu a a revista quinzenal “Vida Ilhoa”, em 1930. Mais:escreveu artigos para jornais catarinenses. Em 1937, com o pseudônimo  Maria da Ilha, escreveu o livro “Farrapos de Ideias”, que o fez aderir a politica partidária. Como deputada estadual, foi para a Assembleia Legislativa-SC como filiada (1935 a 1937) do Partido Liberal Catarinense. 
Entre 1947 a 1951, esteve como suplente afiliada ao Partido Social Democrático-PSD. Em sua homenagem, a Assembleia Legislativa catarinense concede a “Medalha Antonieta de Barros”  a mulheres com relevantes serviços em defesa dos diretos da mulher catarinense.
ESTADUAL - No âmbito regional, Maria do Céu Fernandes foi a primeira mulher a chegar a uma à Assembleia Legislativa estadual. Aconteceu, em 1935, no Rio Grande do Norte que, além de ter a primeira prefeita eleita, tem, ainda a primeira deputada estadual do país.
No Senado, a primeira delas a chegar foi mais uma paulista, mas representando o Amazonas, em 1979. Por sinal, Eunice Mafalda Berger Michiles só teve uma mulher antes dela atingindo cargo político alto no Brasil,  a Princesa Isabel.
Filha de  imigrantes alemães, ela foi para o norte do país por casar-se com um filho da região. Ao entrar para a política, foi a vereadora mais votada do município de Maués, com 500 votos, pelo PTB. Mas um adversário politico que comandava a Câmara de Vereadores local aproveitou-se do golpe militar de 1964 e correu atrás da corte doo mandato dela em seu primeiro dia de vigência.
Eunice reproduzida de www. jornaldebrasilia.com.br
Após ter sido deputada estadual, em 1974, Eunice chegou ao Senado por ter sido eleita primeira suplente do senador João Bosco de Lima. Passou de 1979 a 1987) no cargo. Foi seguida, em 1990, pela mineira Júnia Marise e por Marluce Pinto, de Roraima.  Dizia, sempre, que  "política era coisa de homem", e lembrava não haver nem mesmo toalete feminino no Senado.  Ela foi uma das integrantes  da Assembleia Nacional Constituinte que grou a nossa atual Constituição-1988.
Fale ressaltar que Laélia de Alcântara foi a primeira senadora negra do Brasil, tendo sido colega de bancada de Eunice Michiles, em 1981. Lutou contra o aborto e o racismo - Benedita da Silva e Marina Silva, que não é bem negra, foram as outas senadoras negras do país.

Iolanda em foto do acervo
do governo do Acre 
GOVERNADORAS -  Iolanda Fleming, nascida em em 20 de junho de 1936, filha de um seringueiro cearense, foi a  primeira a chefiar um estado brasileiro: em 1986. Batizada e registada por Iolanda Ferreira Lima, adotou o Flemnig por ter se cassado com o político Geraldo Fleming.
  Inicialmente, elegeu-se, pelo MDB (futuro PMDB) vereadora, por Rio Banco, capital acreana, exercendo mandato entre 1972 e 1976, chegando à presidência da Câmara Municipal. Em 1978, tornou-se deputada estadual. Em 1982, atingiu a vice-governadoria do Acre, na chapa do governador Nabor Júnior, vindo a a assumir a governadoria quando o homem foi para o Senado, em 1986. Em 1988 passou a vice-prefeita de Rio Branco
No entanto, a primeira governadora eleita como titular do cargo foi a maranhense Roseana Sarney, em 1994. Filha de um presidente da República - José Sarney -, ela graduou-se em ciências 
Sociais e  já governou o seu Estado por quatro oportunidades, sendo duas consecutivos. A terceiro devido a cassação do governador Jackson Lago-PDT, que venceu-lhe no pleito-2006. Durante o último dos mandatos, ela renunciou ao cargo, perto do final, devido problemas de saúde. Roseane Sarney foi, também, deputada federal, pelo Maranhão, de 1991 – 1994.
Livia, em foto do acervo do amigo  Orlado Brito
Quanto a candidaturas à presidência da República, a primeira a tentar foi, em 1989,  Lívia Maria Pio de Abreu, pelo Partido Nacional-PN. A primeira a chegar lá, porém, foia Dilma Rousseff, do PT, em 31 de outubro de 2010. Venceu o pleito, em segundo turno,e foi reeleita, em 2014. Terminou sofrendo “impeachment”, em 2016.
Outras conquistas femininas pelo voto foram a eleição, em 1986, de Maria Luiza Fontenele-PT, para a Prefeitura de Fortaleza-CE. Foi a primeira mulher a governar uma capital estadual brasileira. Em 2006, Micarla de Sousa foi eleita, pelo Partido Verde-PV, prefeita de Natal a capital potiguar.
Grandes conquistas, mas, ainda pequenas. Força Mulheres!

Nenhum comentário:

Postar um comentário