Dos 147.302.357 eleitores habilitados ao voto, em 5.570 municípios, 77.337.918 são mulheres que, só a partir de 1932, quando o país era governado por Getúlio Vargas, passaram a ter o direito de votar – 69.901.035 eleitores que votam hoje são do sexo masculino.
Mas, em 1929,
Alzira Soriano já tornara-se a primeira mulher a tomar posse como prefeita de
um município “brasuca”. Fora eleita, em 1928, prefeita da cidade de Lages-RN.
Luísa
Alzira Teixeira Soriano, nasceu eu Jardim de Angicos, em 29 de abril de 18978 e
viveu até 28 de maio de 1963. Eleita
pelo Partido Republicano, com 60% dos votos, tornou-se,também, a primeira
mulher latino-americana a governar um município. No entanto, ficou só uma temporada
no cargo. Em 1930, descontente com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela
deixou a função. Ela chegou, também, a ser eleita em três oportunidades para
vereadora de Jardim de Angicos.
Dada a largada
para a mulher votar, quando 1933 rolou, Carlota Pereira de Queirós, paulistana
que viveu entre 13.02.1892 a 14.04.1982, foi eleita a primeira mulher deputada federal do
país. Médica, escritora e pedagoga, participou da Assembléia Nacional Constituinte-1934/1935. Filha de José
Pereira de Queiroz e de Maria Vicentina de Azevedo Pereira de Queiro,
graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em 1926, fez cursos
posteriores na Europa.
Corajosa, Carlota, durante a “Revolução
Constitucionalista-1932, organizou e liderou grupo de 700 mulheres para
garantir assistência médica aos feridos. Fundou a Academia Brasileira de
Mulheres Médicas, em 1950
Reprodução de www.tse.jus.br |
Nascida em
Florianópolis, viveu entre 11.07.1901 a 28.03.1952, tendo sido, também, jornalista - fundou e comandou o jornal “A
Semana”, entre 1922 e 1927, e,
ainda, dirigiu a a revista quinzenal “Vida Ilhoa”, em 1930. Mais:escreveu
artigos para jornais catarinenses. Em 1937, com o pseudônimo Maria da Ilha, escreveu o livro “Farrapos
de Ideias”, que o fez aderir a politica partidária. Como deputada estadual, foi
para a Assembleia Legislativa-SC como filiada (1935 a 1937) do Partido Liberal Catarinense.
Entre 1947 a 1951, esteve como suplente afiliada ao Partido Social Democrático-PSD. Em sua homenagem, a Assembleia Legislativa catarinense concede a “Medalha Antonieta de Barros” a mulheres com relevantes serviços em defesa dos diretos da mulher catarinense.
Entre 1947 a 1951, esteve como suplente afiliada ao Partido Social Democrático-PSD. Em sua homenagem, a Assembleia Legislativa catarinense concede a “Medalha Antonieta de Barros” a mulheres com relevantes serviços em defesa dos diretos da mulher catarinense.
ESTADUAL - No âmbito regional, Maria do Céu Fernandes foi a primeira mulher a
chegar a uma à Assembleia Legislativa estadual. Aconteceu, em 1935, no Rio Grande
do Norte que, além de ter a primeira prefeita eleita, tem, ainda a
primeira deputada estadual do país.
No Senado, a
primeira delas a chegar foi mais uma paulista, mas representando o Amazonas, em
1979. Por sinal, Eunice
Mafalda Berger Michiles só teve uma mulher antes dela atingindo cargo político
alto no Brasil, a Princesa Isabel.
Filha de imigrantes alemães, ela foi para o norte do
país por casar-se com um filho da região. Ao entrar para a política, foi a
vereadora mais votada do município de Maués, com 500 votos, pelo PTB. Mas um
adversário politico que comandava a Câmara de Vereadores local aproveitou-se do
golpe militar de 1964 e correu atrás da corte doo mandato dela em seu primeiro
dia de vigência.Eunice reproduzida de www. jornaldebrasilia.com.br |
Após ter sido deputada estadual, em 1974, Eunice chegou ao Senado por ter sido eleita primeira suplente do senador João Bosco de Lima. Passou de 1979 a 1987)
no cargo. Foi seguida, em 1990, pela mineira Júnia Marise e por Marluce Pinto,
de Roraima. Dizia, sempre, que "política era coisa de homem", e lembrava
não haver nem mesmo toalete feminino no Senado. Ela foi uma das integrantes
da Assembleia Nacional Constituinte que
grou a nossa atual Constituição-1988.
Fale ressaltar que Laélia de Alcântara foi a primeira senadora negra do Brasil, tendo sido colega de bancada de Eunice Michiles, em 1981. Lutou contra o aborto e o racismo - Benedita da Silva e Marina Silva, que não é bem negra, foram as outas senadoras negras do país.
Iolanda em foto do acervo do governo do Acre |
Inicialmente,
elegeu-se, pelo MDB (futuro PMDB) vereadora, por Rio Banco, capital acreana,
exercendo mandato entre 1972 e 1976, chegando à presidência da Câmara Municipal.
Em 1978, tornou-se deputada estadual. Em 1982,
atingiu a vice-governadoria do Acre, na chapa do governador Nabor Júnior, vindo a a assumir a governadoria quando o homem foi para o Senado, em 1986. Em 1988 passou a vice-prefeita de Rio Branco
No
entanto, a primeira governadora eleita como titular do cargo foi a
maranhense Roseana Sarney, em 1994. Filha de um presidente da República - José Sarney -, ela graduou-se em ciências
Sociais e já governou o seu Estado por quatro oportunidades,
sendo duas consecutivos. A terceiro devido a cassação do governador Jackson
Lago-PDT, que venceu-lhe no pleito-2006. Durante o último dos mandatos, ela renunciou ao cargo, perto do final, devido
problemas de saúde. Roseane Sarney foi, também, deputada federal, pelo
Maranhão, de 1991 – 1994.Livia, em foto do acervo do amigo Orlado Brito |
Quanto a candidaturas à presidência da República, a primeira
a tentar foi, em 1989, Lívia Maria Pio de Abreu, pelo Partido
Nacional-PN. A primeira a chegar lá, porém, foia Dilma Rousseff, do PT, em 31 de
outubro de 2010. Venceu o pleito, em segundo turno,e foi reeleita, em 2014.
Terminou sofrendo “impeachment”, em 2016.
Outras conquistas
femininas pelo voto foram a eleição, em 1986, de Maria Luiza Fontenele-PT, para a Prefeitura de Fortaleza-CE. Foi a primeira mulher a governar
uma capital estadual brasileira. Em 2006, Micarla de Sousa foi eleita, pelo Partido
Verde-PV, prefeita de Natal a capital potiguar.
Grandes conquistas, mas, ainda pequenas. Força Mulheres!
Grandes conquistas, mas, ainda pequenas. Força Mulheres!
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