Vasco

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domingo, 14 de outubro de 2018

O DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - GERDA, ESPIÃ EM RITMO DE DISCOTECA

            CANADESES CONHECERAM JAMES BON DE SAIAS

   Parece história de livro de bolso. Uma loira alemã, de 34 de idade, obscura discotecária, em Munique, de repente, é denunciada, pelo Ministério da Justiça do Canadá, como sendo uma perigosa espiã internacional.
Reprodução de www.canadianencyclopedia
  O roteiro, escrito pelo ministro canadense Lucien Cardin, coloca a moça visitando a cama de vários membros do governo conservador do ex-primeiro-ministro John Diefenbaker, levantando informações para a antiga União Soviética e colocando em risco a segurança do Canadá.
 Até aí, nada de diferente dos filmes de espionagem que a gente assite tanto no cinema como pela TV. Parecido com o caso Cristine Keeler, que derrubou o ministro John Profumo, na Inglaterra, pela década-1960. Só que, naquele “remake”, o bandido chamava-se Pierre Sevigny, fora vice-secretário de Defesa do governo Diefenbaker e era respeitado como herói da II Guerra Mundial.   
 Talvez, por preguiça do roteirista, a trajetória da alemãzaça seguiu idêntica a de inglesinha, que teria caído na horizontal até com um adido militar da embaixada soviética em Londres. Além de Diefenbaker, ela teria traçado e levantado informações, também, junto ao ex-ministro dos Transportes canadenses, George Hass, casado, igualmente a Diefenbaker.
 Evidentemente, que os dois “abatedores de lebres” canadenses tentaram pular fora do escândalo, garantindo que só terem mantido “relações puramente sociais” com a gostosérrima Gerda Mussinger, o nome da fera, e jamais colocado a segurança do país em risco.
Reproduzido de www.headstuff.org
Diefenbaker chiou e desafiou o governo do sucessor, Lester Perarson, a apresentar provas do que o acusava. Mas não adiantou. O primeiro-ministro da ocasião mandou a Suprema Corte correr atrás da sacanagem, levando liberais e conservadores a travarem renhidos bate-bocas no Parlamento, em Ottawa, com ameaça da bancada majoritária destes  últimos, ameaçando derrubar Pearson. Este, inclusive, era acusado, por Diefenbaker, de proteger um traficante de drogas em ações que envolviam vários membros do seu gabinete.
 Segundo o Ministério da Justiça canadense, havia fotos clicadas por uma câmera escondida na casa de Gerda, mostrando-a em seus encontros com os dirigentes do governo anterior e com os quais ela transava e ouvia, atentamente, o que eles deixavam escapar. Em Munique, a moça negava ser ou já ter sido espiã. E, da noite para o dia, ficou famosa e passou a cobrar mil  dólares por entrevista e a negociar a sua história, pedindo US$ 50 mil dólares a uma editora de sua terra.
Reprodução de capa de livro
 Se a discotecária fora mesmo, ou era uma espião, o certo era ter ela atravessado o “Muro de Berlim”, deixando a zona de ocupação soviética na então Alemanha Oriental, em 1948, e sido detida pelo serviço de inteligência dos Estados Unidos, que suspeitava estar diante de uma espiã pro pessoal do outro lado do muro.
 Passadas cinco temporadas passadas, ela casou-se com o soldado norte-americano Micehael Mussinger, mas não obteve autorização do governo de Washington para entrara nos “Iztêitis”.
 Após separar-se do marido, a moça pegou o rumo do Canadá, conseguiu emprego como manequim – hoje, modelo -, ficou amiguinha das mais altas autoridades do pedaço e arrumou este rolo todo.                 

    

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